Associativismo, desigualdade e políticas públicas: uma revisão da literatura

• Autor(a) principal: Teixeira, Leonardo Silvestre Pena
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7364
• topic: Associativismo; Desigualdade; Estado; Interesses organizados; Estado; Desigualdade social; Política pública

Este trabalho se apresenta como uma revisão bibliográfica que busca demonstrar as relações existentes entre o que se conceitua como fenômeno da desigualdade social. Busca compreender o amálgama resultante das relações de poder estabelecidas entre interesses organizados, Estado e mecanismos associativos, e qual a sua influência no processo de produção de políticas públicas. A ideia central do trabalho é construída a partir do conceito de mobilização de viés inserido por Bachrach e Baratz, da caracterização dos mecanismos associativos por Kertenetzky e da capacidade do Estado na mitigação de desigualdades duráveis apontada por Tilly. Os primeiros autores estudam a denominada face oculta do poder, que se mostra uma via imperceptível, trazendo crítica ao argumento pluralista. A segunda autora destaca a funcionalidade dos mecanismos associativos dentro do processo político em uma sociedade democrática e sua atribuição enquanto ferramenta de expressão das demandas da sociedade civil, salientando aqui os efeitos que repercutem nos meios de participação política. O terceiro autor elenca alguns pontos que são fundamentais na promoção da democracia e ressalta o dilema entre a capacidade do Estado, no que tange as políticas públicas, e as variações no regime democrático. O trabalho pretende evidenciar dois atores principais, os interesses organizados e o Estado. Os primeiros com seus mecanismos de penetração e influência, e o segundo trazendo sua figura como um agente potencial redutor de desigualdades categóricas. O resultado esperado é demonstrar como as relações de poder estabelecidas entre os interesses organizados e o Estado, direcionam o processo de produção de políticas públicas.