Caracterizaçâo fenotípica e genotípica de Staphylococcus aureus isolados de queijo minas frescal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Leila Márcia Peres
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3305
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo caracterizar fenotípica e genotipicamente cepas de S. aureus isoladas de queijo Minas frescal (QMF), quanto a qualidade microbiológica, perfil de resistência a diferentes antimicrobianos, presença do gene de resistência a meticilina (mecA), presença de genes que codificam para enterotoxinas estafilocócicas (SE) clássicas; e para cepas resistentes a meticilina, pesquisa dos genes que codificam para a citotoxina panton valentine leukocidin (PVL) e o perfil de diversidade genética, através da tipificação dos tipos SCCmec, Eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE) e do sequenciamento da proteína estafilococócica A (SpA). Estafilococos coagulase-positivos (CoPS) foram isolados a partir de 4 amostras (13,3%) de QMF, sendo que 3 (10%) amostras estavam impróprias para consumo segundo a legislação (acima de 5,0.10² UFC/g). As 31 cepas de CoPS isoladas apresentaram a sequência gênica 16S rRNA e o gene nuc, sendo confirmadas como S. aureus. As 31 cepas S. aureus apresentaram resistência a penicilina, 21 (67,74%) a eritromicina, 12 (38,71 %) a ciprofloxacina, 4 (12,9%) a clindamicina, 4 (12,9%) a oxacilina e cefoxitina, 2 (6,45%) a rifampicina, 1 (3,23%) ao cloranfenicol e a tetraciclina. Todas as 31 cepas foram sensíveis ao trimetoprim-sulfametoxazole, gentamicina e a linezolida. Sete cepas (22,58%) carreavam o gene mecA, destas, 4 apresentaram fenótipo de resistência a meticilina, sendo classificadas como S. aureus resistentes a meticilina (MRSA), sendo todos sensíveis a vancomicina e com resistência constitutiva a clindamicina. Cinco cepas (16,1%) apresentaram resistência induzida a clindamicina. Os genes que codificam para as SE clássicas (sea/seb e seb/sec) foram encontrados em 2 isolados (6,45%) MRSA. Através da PFGE e da tipificação SpA, as cepas MRSA isoladas, apresentaram 3 diferentes perfis genotípicos. Essas cepas MRSA não apresentaram os tipos SCCmec I a V, nem os genes que codificam para PVL. Os resultados obtidos neste trabalho indicam que cepas MRSA estão sendo veiculadas através do QMF, provavelmente por manipulação humana inadequada e/ou condições higiênico-sanitárias precárias. O potencial enterotoxigênico destas bactérias indica que o QMF pode causar intoxicação alimentar, sendo um risco para a saúde pública
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Estafilococos coagulase-positivos (CoPS) foram isolados a partir de 4 amostras (13,3%) de QMF, sendo que 3 (10%) amostras estavam impróprias para consumo segundo a legislação (acima de 5,0.10² UFC/g). As 31 cepas de CoPS isoladas apresentaram a sequência gênica 16S rRNA e o gene nuc, sendo confirmadas como S. aureus. As 31 cepas S. aureus apresentaram resistência a penicilina, 21 (67,74%) a eritromicina, 12 (38,71 %) a ciprofloxacina, 4 (12,9%) a clindamicina, 4 (12,9%) a oxacilina e cefoxitina, 2 (6,45%) a rifampicina, 1 (3,23%) ao cloranfenicol e a tetraciclina. Todas as 31 cepas foram sensíveis ao trimetoprim-sulfametoxazole, gentamicina e a linezolida. Sete cepas (22,58%) carreavam o gene mecA, destas, 4 apresentaram fenótipo de resistência a meticilina, sendo classificadas como S. aureus resistentes a meticilina (MRSA), sendo todos sensíveis a vancomicina e com resistência constitutiva a clindamicina. Cinco cepas (16,1%) apresentaram resistência induzida a clindamicina. Os genes que codificam para as SE clássicas (sea/seb e seb/sec) foram encontrados em 2 isolados (6,45%) MRSA. Através da PFGE e da tipificação SpA, as cepas MRSA isoladas, apresentaram 3 diferentes perfis genotípicos. Essas cepas MRSA não apresentaram os tipos SCCmec I a V, nem os genes que codificam para PVL. Os resultados obtidos neste trabalho indicam que cepas MRSA estão sendo veiculadas através do QMF, provavelmente por manipulação humana inadequada e/ou condições higiênico-sanitárias precárias. O potencial enterotoxigênico destas bactérias indica que o QMF pode causar intoxicação alimentar, sendo um risco para a saúde públicaThis study aimed to characterize genotypic and phenotypically S. aureus strains isolated from Minas frescal cheese (MFC) to evaluate the microbiological quality, resistance profile to diferent antimicrobials, the presence of methicillin resistance (mecA) gene and the presence of genes encoding classical staphylococcal enterotoxins (SE). Only for methicillin resistant S. aureus (MRSA) strains were performed the gene encoding Panton Valentine Leukocidin cytotoxin (PVL) and the genetic diversity profile through Pulsed-field gel electrophoresis (PFGE), typing of SCCmec and SpA typing. Coagulase-positive staphylococci (CoPS) were identified in four MFC samples (13.3%), and three (10%) samples showed the number of colony forming units (CFU) higher than allowed to MFC by Brazilian legislation (5,0x10² UFC/g). All the 31 CoPS strains carried the gene sequence 16S rRNA and nuc gene, and were confirmed as S. aureus. All 31 strains of S. aureus were resistant to penicillin, 21 (67.74%) to erythromycin, 12 (38.71%) to ciprofloxacin, 4 (12.9%) to clindamycin, 4 (12.9%) to oxacillin and cefoxitin, 2 (6.45%) to rifampicin, 1 (3.23%) to chloramphenicol and tetracycline. All the 31 CoPS strains were susceptible to trimethoprim-sulfamethoxazole, gentamicin and linezolid. Seven strains (22.58%) encoded mecA gene, four of them showed the methicillin resistance phenotypic, been classified as methycilin resistant S. aureus (MRSA). All MRSA isolates were susceptible to vancomycin and showed constitutive clindamycin resistance. Five strains (16.1%) showed induced clindamycin resistance. The gene encoding the classical SE (sea/seb and seb/sec) were detected in two isolates (6.45%) MRSA. Genetic analysis of MRSA strains was performed by PFGE and SpA typing showed three different profiles. The strains that showed mecA gene, did not show PVL genes coding, neither the types of SCCmec typing. The results obtained in this study showed that MRSA strains are being transmitted by MFC samples, probably due to inadequate human manipulation and/or poor and inefficient hygienic-sanitary conditions. The enterotoxigenic potential of these strains is a concern for public health due to the risk of food poisoning among the MFC consumers107 f.Gonzalez, Alice Gonçalves MartinsAlves, Fábio AguiarMangia, Adriana Hamond ReguaHirata Junior, RaphaelEsper, Luciana Maria RamiresMarques, Leila Márcia Peres2017-04-10T17:58:31Z2017-04-10T17:58:31Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/3305Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilopenAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-09-06T02:39:28Zoai:app.uff.br:1/3305Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-09-06T02:39:28Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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