Facilitação e nucleação aplicada na restauração ecológica de restingas

• Autor(a) principal: Silva, Anna Beatriz Rodrigues da
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33459
• topic: Ecossistemas costeiros;; Extremos abióticos;; Interações interespecíficas;; Interações positivas;; Sucessão ecológica.; Ecosistema;; Coastal environments;; Extreme abiotics;; Interspecific interactions;; Positive interactions;; Ecological succession .

A ONU declarou em 2021 o início da Década da Restauração dos Ecossistemas, com objetivo de estimular entidades civis e governamentais a investir em iniciativas de restauração em escala global. Frente a urgência das mudanças climáticas entendemos a importância da proteção, conservação e recuperação dos nossos ecossistemas. Um bom plano de restauração deve recuperar os processos de uma comunidade da forma mais natural, tornando-a mais independente possível do manejo humano. O presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão de literatura para avaliar o uso da facilitação em projetos de restauração de ambientes estressantes, com foco no ecossistema de restinga. Os resultados mostram uma grande lacuna de estudos específicos de restinga e de respostas a longo prazo. A maioria dos estudos apresentam resultados com menos de cinco anos após o início das ações de restauração, um prazo muito curto para se determinar com clareza a eficácia das técnicas aplicadas. As respostas preliminares sugerem que o uso da facilitação e da nucleação podem ser estratégias adequadas para a restauração desses ambientes. O plantio associado a nurse plants e o plantio adensado em ilhas de vegetação parecem ser as propostas com maior êxito e a implantação de poleiros artificiais, transposição de solo e galharia devem ser consideradas como estratégias complementares e, portanto, ineficazes quando utilizadas isoladamente. Na restinga, as maiores dificuldades para regeneração estão associadas com o efeito deletério dos ventos, a movimentação do substrato, as altas temperaturas e a invasão de exóticas, fatores estressantes que podem ser, de certa forma, amenizados através da facilitação. Estudos futuros devem investir em monitoramentos de longo prazo, avaliações simultâneas de todos os processos ecológicos ligados com a sucessão ecológica e no desenvolvimento de protocolos de avaliação que permitam interpretar com mais clareza as respostas iniciais quando não for possível um monitoramento prolongado.