Favela Metrô-Mangueira: remoções, permanências, lutas e ressignificações no espaço
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/28011 |
Resumo: | O Rio de Janeiro, assim como outras cidades globais, convive historicamente com reformas arbitrárias e padronização do sistema de planejamento urbano, pois a produção do espaço está associada à mercadoria, distanciando do seu uso principal: o habitar. Deste modo, propaga-se na cidade um cenário de fragilidades e incertezas no que tange aos serviços essenciais e ao acesso à moradia digna. Logo, as favelas surgem como espaços de refúgio para apropriação do espaço vivido e reconstrução de memórias. Nesse contexto, desde o seu surgimento, no século XIX, as favelas têm atravessado um percurso histórico de significativas transformações e de construção de visões estereotipadas a seu respeito. A favela passou a ser classificada por meio de suas ausências, sendo ignorados os sujeitos sociais em suas práticas de construção de sociabilidade. Visto isso, surge um apelo social para calar a voz do morro, o que contribuiu diretamente para o discurso remocionista, principalmente no contexto dos megaeventos esportivos, em que a justificativa era o embelezamento da cidade. Assim, essa pesquisa busca compreender as remoções ocorridas na favela Metrô-Mangueira, em Vila Isabel, suas consequências materiais e simbólicas, junto as estratégias de reinvenções na cidade. Além disso, torna-se essencial avaliar a interação do homem “favelado” na sociedade a partir da luta por direito à cidade. Dessa forma, estabelece-se que este homem está presente em várias situações reais de lutas, ressignificações e resistência, buscando construir a cidade como obra, espaço dos afetos, usos, experiências e eternas reconstruções do habitar. |
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O Rio de Janeiro, assim como outras cidades globais, convive historicamente com reformas arbitrárias e padronização do sistema de planejamento urbano, pois a produção do espaço está associada à mercadoria, distanciando do seu uso principal: o habitar. Deste modo, propaga-se na cidade um cenário de fragilidades e incertezas no que tange aos serviços essenciais e ao acesso à moradia digna. Logo, as favelas surgem como espaços de refúgio para apropriação do espaço vivido e reconstrução de memórias. Nesse contexto, desde o seu surgimento, no século XIX, as favelas têm atravessado um percurso histórico de significativas transformações e de construção de visões estereotipadas a seu respeito. A favela passou a ser classificada por meio de suas ausências, sendo ignorados os sujeitos sociais em suas práticas de construção de sociabilidade. Visto isso, surge um apelo social para calar a voz do morro, o que contribuiu diretamente para o discurso remocionista, principalmente no contexto dos megaeventos esportivos, em que a justificativa era o embelezamento da cidade. Assim, essa pesquisa busca compreender as remoções ocorridas na favela Metrô-Mangueira, em Vila Isabel, suas consequências materiais e simbólicas, junto as estratégias de reinvenções na cidade. Além disso, torna-se essencial avaliar a interação do homem “favelado” na sociedade a partir da luta por direito à cidade. Dessa forma, estabelece-se que este homem está presente em várias situações reais de lutas, ressignificações e resistência, buscando construir a cidade como obra, espaço dos afetos, usos, experiências e eternas reconstruções do habitar. |
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