De roupa branca às sextas-feiras: reflexões sobre prática docente, diálogo e afetividade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/21858 |
Resumo: | Para além dos muros dos terreiros de candomblé, em que as roupas rituais são bem específicas e diferenciadas, é comum que os adeptos façam uso de roupas brancas às sextas-feiras em respeito ao orixá Oxalá em seu dia consagrado. Atuar como docente em uma escola privada da zona norte do Rio de Janeiro às sextas-feiras, vestindo branco, suscitou questões acerca dos entendimentos elaborados sobre a religiosidade de matriz africana e a maneira com que podem ser reelaborados a partir das relações estabelecidas no cotidiano escolar. A reflexão que proponho no presente artigo se inicia com a construção de um sentido específico de educação e prática pedagógica prezando a dialogicidade e a atenção amorosamente interessada. Ao caracterizar as relações construídas em sala de aula a partir dessa perspectiva é possível compreender como mobilizam o grau de comunicação, vínculos afetivos e a própria convivência. Acionar em meu corpo, através do vestuário, o pertencimento ao candomblé, permite que os estudantes contestem representações sobre as religiões de matriz africana e as reelaborem em um processo viabilizado a partir de uma relação que desperta não só curiosidade pelo outro, mas também interesse |
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De roupa branca às sextas-feiras: reflexões sobre prática docente, diálogo e afetividadeEducaçãoCandombléPrática pedagógicaDialogicidadeAfetividadeEducação básicaCultura afro-brasileiraPrática pedagógicaReligiosidadeEducationCandombléPedagogical practiceDialogicityAffectionPara além dos muros dos terreiros de candomblé, em que as roupas rituais são bem específicas e diferenciadas, é comum que os adeptos façam uso de roupas brancas às sextas-feiras em respeito ao orixá Oxalá em seu dia consagrado. Atuar como docente em uma escola privada da zona norte do Rio de Janeiro às sextas-feiras, vestindo branco, suscitou questões acerca dos entendimentos elaborados sobre a religiosidade de matriz africana e a maneira com que podem ser reelaborados a partir das relações estabelecidas no cotidiano escolar. A reflexão que proponho no presente artigo se inicia com a construção de um sentido específico de educação e prática pedagógica prezando a dialogicidade e a atenção amorosamente interessada. Ao caracterizar as relações construídas em sala de aula a partir dessa perspectiva é possível compreender como mobilizam o grau de comunicação, vínculos afetivos e a própria convivência. Acionar em meu corpo, através do vestuário, o pertencimento ao candomblé, permite que os estudantes contestem representações sobre as religiões de matriz africana e as reelaborem em um processo viabilizado a partir de uma relação que desperta não só curiosidade pelo outro, mas também interesseBeyond the walls of the Candomblé terreiros, where the ritual clothes are very specific and differentiated, it is common for adepts to wear white clothes on Fridays with respect to the orisha Oxalá on his related day. Acting as a teacher in a private school of Rio de Janeiro on Fridays, wearing white, raised questions about the understandings of the African religiosity and the way they can be these understandings can be changed from the relationships established in school daily life. The reflection that I propose in this article begins with the construction of a specific sense of education and pedagogical practice, valuing dialogicity and lovingly interested attention. By characterizing the relationships built in the classroom from this perspective, it is possible to understand how they mobilize communication, affective bonds and their own coexistence. Triggering candomblé in my body through clothing allows students to challenge representations about African-based religions and rework them in a process made possible by a relationship that arouses not only curiosity for the other, but also interestUniversidade Federal FluminenseNiteróiVeiga, Felipe BerocanMiranda, Ana Paula Mendes deRios, Flavia MateusIendrick, Diogo Coutinho2021-05-04T16:34:21Z2021-05-04T16:34:21Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfIENDRICK, Diogo Coutinho. De roupa branca às sextas-feiras: reflexões sobre prática docente, diálogo e afetividade. 2019. 27f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Sociais)-Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019.https://app.uff.br/riuff/handle/1/21858Aluno de Graduaçãohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-08-27T16:55:40Zoai:app.uff.br:1/21858Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:06:22.026421Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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