Romances agualusianos e a construção do jogo no/do texto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/9544 |
Resumo: | Ao lermos os romances publicados por José Eduardo Agualusa desde sua obra inaugural, A conjura, de 1989, até Teoria geral do esquecimento, romance publicado em 2012, verificamos a possibilidade de o autor poder ser tomado como um peculiar “escritor em série”, cujas obras, produções independentes, não “funcionam” isoladamente, mas antes podem ser lidas como capítulos de um conjunto maior – capítulos de um singular “macrorromance”, o que possibilita que uma obra não se feche em si, mas dialogue com publicação posterior, o que faz com que o que é iniciado anteriormente continue no romance seguinte. Por Agualusa não nos direcionar para esta leitura, em que nada termina quando uma obra acaba, podemos pensar, também, na hipótese de o escritor ser um excêntrico escritor-jogador (ou jogador-escritor), que se utiliza de determinadas estratégias literárias para a composição do tabuleiro do jogo – as obras em si – e dos jogadores envolvidos na partida do texto, caracterizados pelos leitores e pelo próprio autor. Desse modo, faz-se necessário analisar a construção de determinados narradores agualusianos que se aproximam, mais intimamente, da figura do autor implícito José, evidenciando como o autor real se auto referencia a partir do seu alter ego e de sua inserção na narrativa. Semelhantemente, é de suma importância investigar a retomada, adaptação e reinserção de personagens que transitam por entre as obras do autor, trânsito tomado como uma das estratégias empregadas por Agualusa para composição do jogo do texto. Outro mecanismo posto em prática a fim de que o jogo seja inserido na e a partir da narrativa é a construção de alegorias de modo a abordar temas específicos e recorrentes na produção agualusiana, aspecto que também é investigado no presente estudo, evidenciando o jogo proposto pelo escritor ao tecer sua trama textual com fios que se repetem, se entrecruzam e se misturam, dando origem ao todo |
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Romances agualusianos e a construção do jogo no/do textoLiteratura comparadaLiteratura angolanaJogo textualMacroromanceProdução IntelectualLiteratura comparadaLiteratura angolanaAo lermos os romances publicados por José Eduardo Agualusa desde sua obra inaugural, A conjura, de 1989, até Teoria geral do esquecimento, romance publicado em 2012, verificamos a possibilidade de o autor poder ser tomado como um peculiar “escritor em série”, cujas obras, produções independentes, não “funcionam” isoladamente, mas antes podem ser lidas como capítulos de um conjunto maior – capítulos de um singular “macrorromance”, o que possibilita que uma obra não se feche em si, mas dialogue com publicação posterior, o que faz com que o que é iniciado anteriormente continue no romance seguinte. Por Agualusa não nos direcionar para esta leitura, em que nada termina quando uma obra acaba, podemos pensar, também, na hipótese de o escritor ser um excêntrico escritor-jogador (ou jogador-escritor), que se utiliza de determinadas estratégias literárias para a composição do tabuleiro do jogo – as obras em si – e dos jogadores envolvidos na partida do texto, caracterizados pelos leitores e pelo próprio autor. Desse modo, faz-se necessário analisar a construção de determinados narradores agualusianos que se aproximam, mais intimamente, da figura do autor implícito José, evidenciando como o autor real se auto referencia a partir do seu alter ego e de sua inserção na narrativa. Semelhantemente, é de suma importância investigar a retomada, adaptação e reinserção de personagens que transitam por entre as obras do autor, trânsito tomado como uma das estratégias empregadas por Agualusa para composição do jogo do texto. Outro mecanismo posto em prática a fim de que o jogo seja inserido na e a partir da narrativa é a construção de alegorias de modo a abordar temas específicos e recorrentes na produção agualusiana, aspecto que também é investigado no presente estudo, evidenciando o jogo proposto pelo escritor ao tecer sua trama textual com fios que se repetem, se entrecruzam e se misturam, dando origem ao todoWhen we read the novels published by José Eduardo Agualusa, from his debut work, A conjura, in 1989 to the novel published in 2012, Teoria geral do esquecimento, we verify the possibility of the author been thought as a “serial writer”, whose works, independent productions, can be read as chapters of a larger production rather than “working” isolated – chapters of a particular kind of “macrorromance”, in which a work is not concluded in itself, but dialogues with the following publications, in a way that what has started previously will continue in the next novel. Once Agualusa does not lead us to this kind of reading, in which nothing is over at the end of his works, we can also think in the hypothesis of the writer as an eccentric player-writer (or writer-player), that uses specific literary strategies to make the game board – the works themselves – and the players involved in the text match; characterized by the reader and the writer himself. Based on that, it is necessary to analyses the way some Agualusa’s narrators, who are intimately closer to the figure of the implicit author José, are constructed, demonstrating how the real author references himself through his alter ego and weaves himself into the narrative. Similarly, it is very important to investigate the recapture, adaptation and reintegration of characters that transit through the authors works; a transit taken as one of the strategies implemented by Agualusa while creating his text games. Another scheme which is put into practice, so that the game is inserted in the narrative and from it, is the creation of allegories in order to approach specific and recurring themes in the work of Agualusa, an aspect also investigated in this research, in order to demonstrate the game the writer presents while he weaves his textual weft with strings that repeat, intertwine and mingle themselves, originating the whole191 f.Silva, Renata Flavia daSecco, Carmen Lucia Tindó RibeiroQuelhas, Iza Terezinha GonçalvesAssis, Roberta Guimarães Franco Faria deJorge, Silvio RenatoCarvalho, Mariana Aparecida De2019-05-21T15:20:21Z2019-05-21T15:20:21Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/9544CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-01-27T18:51:14Zoai:app.uff.br:1/9544Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:15:45.264209Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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