Arte, antropoceno e educação ambiental: algumas possibilidades de entrelaçamentos

• Autor(a) principal: Nunes, Daniella Alves de Melo
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/31857
• topic: Arte; Antropoceno; Docência; Educação ambiental; Meio ambiente (Arte); Prática de ensino; Ambiente escolar; Cotidiano; Terra (Planeta); História contemporânea; Mudança global; Art; Anthropocene; Teaching; Environmental education

Nessa pesquisa, busquei estabelecer algumas relações possíveis que podem ocorrer entre arte, Antropoceno e educação ambiental. Inicialmente trazendo um panorama geral sobre a situação de colapso ambiental em que estamos inseridos, que marcam fortemente a atual época geológica do Antropoceno. Em seguida mostrando um pouco do papel que a educação ambiental pode ter frente às mutações ecológicas que estão ocorrendo, priorizando práticas educacionais que fujam de discursos tradicionais marcados por certezas e verdades absolutas. Trago ainda atravessamentos interessantes entre arte e docência, mostrando a importância de se trabalhar práticas artísticas com os alunos a fim de estimular a reflexão e a crítica da nossa realidade. A partir disso, trabalhei na tentativa de evidenciar, trazer para a superfície algumas das possibilidades de atravessamentos arte, Antropoceno e educação ambiental, de maneira a expor o que tem sido trabalhado sobre as relações entre esses temas, evidenciando como obras de arte contemporâneas podem trazer questões importantes sobre o colapso ecológico e outras maneiras de ver e se pensar nossas relações com a natureza no Antropoceno. Para isso, trouxe duas obras de arte contemporâneas que retratam temáticas conectadas ao tema da pesquisa junto com reflexões sobre as mesmas, além de uma breve discussão com autores sobre aspectos que considerei pertinentes. A primeira obra que escolhi é intitulada “Coexistir”, da artista visual Maíra Velho, em que trago alguns pensamentos e relações, principalmente, com o texto "Margens Indomáveis: cogumelos como espécies companheiras" de Anna Tsing. E a segunda. intitulada “Lenço para o Apocalipse” de Maggie Puckett, levou-me a tecer relações com a capacidade que a arte tem de dramatizar e desdramatizar as problemáticas que nos cercam, chamando a atenção do público para o colapso ambiental através da sensibilização e do exagero, mas também nos mostrando a realidade através de dados e pesquisas. Assim, penso que obras como essas, que se relacionam com questões do Antropoceno, podem tocar significativamente na vida das pessoas, tanto em ambientes comuns, quanto no ambiente escolar e, por isso, podem compor com a educação ambiental.