Reconhecimento de padrões de ingestão de vitamina k em pacientes ambulatoriais portadores de fibrilação atrial e seu impacto sobre a anticoagulação por varfarina: contribuições à consulta de enfermagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vidigal, Paula Dias
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/4312
Resumo: Objetivo geral: Verificar a relação entre a estimativa da ingesta de vitamina K e a Razão Normatizada Internacional (INR) da coagulação de pacientes ambulatoriais portadores de fibrilação atrial (FA) em uso de varfarina. Objetivos específicos: Correlacionar a ingesta estimada de vitamina K a partir da alimentação por livre demanda com o INR de pacientes portadores de FA em uso de varfarina; Comparar os valores de INR dos diferentes estratos de estimativa de ingesta de vitamina K; Identificar a chance de desenvolver sangramento ou evento tromboembólico entre os grupos; Estabelecer um catálogo com recomendações alimentares para a manutenção do INR terapêutico desses pacientes. Metodologia: Estudo causal-comparativo com pacientes com FA em uso de varfarina, acompanhados por seis meses. A coleta de dados foi através de inquérito recordatório de consumo alimentar e de base de dados com registro da dose de varfarina utilizada e valor do INR na consulta. Os dados foram submetidos às análises estatísticas: Correlação de Pearson, Teste T-Student, Análise de Variância, Teste de Tuckey e Risco Relativo. Resultados: Não houve correlação negativa entre o INR e a ingesta estimada de vitamina K, conforme era esperado. Verificou-se que pacientes com INR estável tinham um consumo médio de vitamina K menor (p=0,008) e estes variavam menos o consumo do que os pacientes com padrão de ingestão de vitamina K alto (p=0,008). Porém, ao comparar a variabilidade da ingesta de vitamina K com a estabilidade do INR, não foram encontradas diferenças significativas (p=0,188). Acredita-se, portanto, que a variabilidade do consumo de vitamina K em três ou quatro dias não é determinante para alterar a terapia anticoagulante oral, tanto em relação ao INR quanto em relação a dosagem de varfarina utilizada. O fator mais importante para manter a estabilidade da terapia é o consumo baixo de vitamina K que, em geral, não precisa ser restritiva mas também pode estar associada a pequenas alterações de consumo. Entretanto, o consumo de vitamina K em quantidades constantes foi um fator de proteção importante para evitar sangramentos menores na amostra. Os sujeitos do sexo masculino e idosos apresentaram consumo de vitamina K mais instável (p=0,068), INR instável (p=0,023) e anticoagulação em excesso (p=0,001). Conclusão: Sugere-se que os pacientes sejam orientados a consumir pequenas quantidades de vitamina k diariamente, não ultrapassando 40,0μg/dia. Através dos resultados obtidos, acredita-se que seja possível realizar orientações sobre a alimentação na consulta de enfermagem embasada em evidências científicas, buscando melhorar a estabilidade do INR e diminuir o risco de sangramento ou trombose.
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