Vlado (no) presente: atualizações narrativas e estratégias de memória sobre Vladimir Herzog nas redes sociais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/8142 |
Resumo: | Diante das comemorações pelo aniversário de 40 anos da morte de Vladimir Herzog, em outubro de 2015, o Instituto que leva o nome do jornalista publicou, em suas páginas nos sites de rede social Facebook, Instagram e Twitter, uma série de imagens, documentos, arquivos e informações em homenagem a Herzog. Sua morte foi uma das mais simbólicas entre os muitos presos, torturados e assassinados pelas forças de repressão da ditadura civil-militar no Brasil. Essas publicações podem ser, porém, mais do que meras homenagens. Elas dão pistas de serem também formas possivelmente mais organizadas de estratégias de memória e atualizações narrativas sobre o personagem emblemático que foi Vladimir Herzog. Foi essa a investigação que fizemos ao longo da pesquisa, que se propõe a refletir, a partir de estudos do que entendemos como uma cultura da memória, sobre essas atualizações, que marcam uma permanência continua de Herzog nas redes, articulando informações de passado, presente e futuro em fluxo constante. Para isso, analisamos como o Instituto faz circular nessas redes as efemérides ligadas ao acontecimento da morte de Herzog, sendo que, neste trabalho, damos destaque às postagens do órgão que contêm a hashtag #vlado40anos, presente em várias publicações de 2015. Avaliamos, nessas mesmas postagens, como se dão as reconstruções de lembranças pelo Instituto Vladimir Herzog, que acabam por constituir marcos comemorativos relacionados ao episódio. A partir dessas atualizações narrativas, percebemos que a “presença” de Herzog nas redes sociais, de forma mais institucionalizada e chancelada por uma organização da sociedade civil, pode gerar inúmeros debates entre memórias que, antes subterrâneas, tornam-se, a partir do processo de redemocratização, mais organizadas, mesclando lembranças individuais e familiares, pessoais e coletivas, e desencadeando também uma série de camadas de esquecimento. |
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Vlado (no) presente: atualizações narrativas e estratégias de memória sobre Vladimir Herzog nas redes sociaisMemóriaAcontecimentoCotidianoRedes SociaisVladimir HerzogMemóriaRede SocialHerzog, Wladimir, 1937-1975MemoryEventEveryday lifeSocial NetworksVladimir HerzogDiante das comemorações pelo aniversário de 40 anos da morte de Vladimir Herzog, em outubro de 2015, o Instituto que leva o nome do jornalista publicou, em suas páginas nos sites de rede social Facebook, Instagram e Twitter, uma série de imagens, documentos, arquivos e informações em homenagem a Herzog. Sua morte foi uma das mais simbólicas entre os muitos presos, torturados e assassinados pelas forças de repressão da ditadura civil-militar no Brasil. Essas publicações podem ser, porém, mais do que meras homenagens. Elas dão pistas de serem também formas possivelmente mais organizadas de estratégias de memória e atualizações narrativas sobre o personagem emblemático que foi Vladimir Herzog. Foi essa a investigação que fizemos ao longo da pesquisa, que se propõe a refletir, a partir de estudos do que entendemos como uma cultura da memória, sobre essas atualizações, que marcam uma permanência continua de Herzog nas redes, articulando informações de passado, presente e futuro em fluxo constante. Para isso, analisamos como o Instituto faz circular nessas redes as efemérides ligadas ao acontecimento da morte de Herzog, sendo que, neste trabalho, damos destaque às postagens do órgão que contêm a hashtag #vlado40anos, presente em várias publicações de 2015. Avaliamos, nessas mesmas postagens, como se dão as reconstruções de lembranças pelo Instituto Vladimir Herzog, que acabam por constituir marcos comemorativos relacionados ao episódio. A partir dessas atualizações narrativas, percebemos que a “presença” de Herzog nas redes sociais, de forma mais institucionalizada e chancelada por uma organização da sociedade civil, pode gerar inúmeros debates entre memórias que, antes subterrâneas, tornam-se, a partir do processo de redemocratização, mais organizadas, mesclando lembranças individuais e familiares, pessoais e coletivas, e desencadeando também uma série de camadas de esquecimento.In front of the celebrations for the 40th anniversary of Vladimir Herzog's death in October 2015, the Institute that bears the name of the journalist has published in its pages on the social networking sites Facebook, Instagram and Twitter, a series of images, documents, archives and information in honor of Herzog, whose death was one of the most symbolic among the many prisoners, tortured and murdered by the forces of repression of the civil-military dictatorship in Brazil. These publications, however, may be more than mere tributes. They give clues that they are also possibly more organized forms of work and memory strategies and narrative updates on the emblematic character Vladimir Herzog. This was the research we carried out during the research, which proposes to reflect, from studies of what we understand as a culture of memory, about these updates, which mark a continuous permanence of Herzog in the networks, articulating information of past, present and future in constant flux. To this end, we analyze how the Institute circulates in these networks the ephemeris associated with the event of Herzog's death, and in this work we highlight the postings of the organ containing the hashtag # vlado40anos, present in several publications of 2015. In these same postings, we evaluate the reconstruction of memories by the Vladimir Herzog Institute, which eventually constitute commemorative landmarks related to the episode. From these narrative updates, we realize that Herzog's "presence" in social networks, in a more institutionalized and chancelled way by an organization of civil society, can generate countless debates between memories that, before underground, became, from the process of redemocratization, more organized, mixing individual and family memories, personal and collective, and also triggering a series of layers of forgetfulness.Ribeiro, Renata de RezendeBedran, Laura MartiniBarbosa, Marialva CarlosVieira, Marcella Maria Monteiro2019-01-11T11:55:11Z2019-01-11T11:55:11Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/8142Aluno de Mestradohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-08-10T03:07:32Zoai:app.uff.br:1/8142Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:57:44.590620Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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