Respostas cardiorrespiratórias durante o ortostatismo em hipóxia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Resende, Julia Melo
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30996
Resumo: A pressão parcial de O2 dissolvida no sangue arterial (pO2) decai com o aumento de altitude e, assim, ocorre um fenômeno denominado hipóxia em indivíduos não aclimatizados. Essa queda induz um estímulo aos quimiorreceptores periféricos que ativam mecanismos compensatórios, existindo tendência a respostas variadas. Sabe-se que a manobra ortostática faz parte do cotidiano, o que induz alterações hemodinâmicas. Com isso, no que se refere à compreensão das adaptações fisiológicas a uma mudança postural, associadas aos efeitos causados pela altitude, faz-se necessário o estudo do comportamento cardiorrespiratório, além de compreender se existe uma associação entre a resposta neural provocada pelo ortostatismo com o nível de saturação de oxigênio (SpO2) induzido pela hipóxia e também investigar as características individuais. Foram avaliados dez indivíduos adultos que foram submetidos a dois protocolos de manobra supino-ortostática (SUP-ORT), em normóxia e em hipóxia. Os participantes tiveram a pressão arterial (PA) registrada através de um monitor automático de braço, a frequência cardíaca (FC) por eletrocardiograma, a frequência respiratória (FR) por faixa respiratória e SpO2 por oxímetro no dedo indicador. Os dados de FC e FR foram adquiridos continuamente e analisados offline. Os indivíduos respiraram uma mistura de gás hipóxico a uma fração de O2 inspirada (FiO2) de 13% para a condição de Hipóxia e uma FiO2 de 21% para a condição de Normóxia. Para as análises, os valores foram apresentados como média ± desvio padrão e os valores de FC e frequência respiratória considerados foram as médias dos três minutos finais em ambas posições corporais, enquanto os de PAS, PAD e SpO2 foram os do minuto final. ANOVA two-way foi utilizada para as medidas repetidas em ambos os fatores além de correlações individuais entre a variação de FC e de SpO2 no SUP e no ORT. No repouso, não foram encontradas diferenças significativas de FC, PAS, PAD, e FR, mas a SpO2 reduziu em hipóxia comparada à normóxia. Em resposta ao ORT, não foram encontradas interações, mas houve elevação expressiva na PAD tanto em normóxia quanto em hipóxia. A FC foi maior em hipóxia no ORT comparada à normóxia na mesma posição corporal. Houve uma correlação forte negativa entre a variação da SpO2 e a variação de FC em SUP e quando comparadas as variações de SpO2 e da FC ao ORT não foi observada correlação. Assim, pode-se concluir que o controle autonômico cardiovascular e respiratório são influenciados pelo ambiente hipóxico e também deve-se considerar as variações individuais
id UFF-2_f7a3cff7896a7b913df936318c585f6d
oai_identifier_str oai:app.uff.br:1/30996
network_acronym_str UFF-2
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository_id_str 2120
spelling Respostas cardiorrespiratórias durante o ortostatismo em hipóxiaHipóxiaOrtostatismoOxigênioBarorreflexoQuimiorreceptoresHipóxiaOxigênioBarorreflexoPosição ortostáticaHypoxiaOrthostatismBaroreflexChemoreceptorsA pressão parcial de O2 dissolvida no sangue arterial (pO2) decai com o aumento de altitude e, assim, ocorre um fenômeno denominado hipóxia em indivíduos não aclimatizados. Essa queda induz um estímulo aos quimiorreceptores periféricos que ativam mecanismos compensatórios, existindo tendência a respostas variadas. Sabe-se que a manobra ortostática faz parte do cotidiano, o que induz alterações hemodinâmicas. Com isso, no que se refere à compreensão das adaptações fisiológicas a uma mudança postural, associadas aos efeitos causados pela altitude, faz-se necessário o estudo do comportamento cardiorrespiratório, além de compreender se existe uma associação entre a resposta neural provocada pelo ortostatismo com o nível de saturação de oxigênio (SpO2) induzido pela hipóxia e também investigar as características individuais. Foram avaliados dez indivíduos adultos que foram submetidos a dois protocolos de manobra supino-ortostática (SUP-ORT), em normóxia e em hipóxia. Os participantes tiveram a pressão arterial (PA) registrada através de um monitor automático de braço, a frequência cardíaca (FC) por eletrocardiograma, a frequência respiratória (FR) por faixa respiratória e SpO2 por oxímetro no dedo indicador. Os dados de FC e FR foram adquiridos continuamente e analisados offline. Os indivíduos respiraram uma mistura de gás hipóxico a uma fração de O2 inspirada (FiO2) de 13% para a condição de Hipóxia e uma FiO2 de 21% para a condição de Normóxia. Para as análises, os valores foram apresentados como média ± desvio padrão e os valores de FC e frequência respiratória considerados foram as médias dos três minutos finais em ambas posições corporais, enquanto os de PAS, PAD e SpO2 foram os do minuto final. ANOVA two-way foi utilizada para as medidas repetidas em ambos os fatores além de correlações individuais entre a variação de FC e de SpO2 no SUP e no ORT. No repouso, não foram encontradas diferenças significativas de FC, PAS, PAD, e FR, mas a SpO2 reduziu em hipóxia comparada à normóxia. Em resposta ao ORT, não foram encontradas interações, mas houve elevação expressiva na PAD tanto em normóxia quanto em hipóxia. A FC foi maior em hipóxia no ORT comparada à normóxia na mesma posição corporal. Houve uma correlação forte negativa entre a variação da SpO2 e a variação de FC em SUP e quando comparadas as variações de SpO2 e da FC ao ORT não foi observada correlação. Assim, pode-se concluir que o controle autonômico cardiovascular e respiratório são influenciados pelo ambiente hipóxico e também deve-se considerar as variações individuaisThe partial pressure of O2 dissolved in arterial blood (pO2) decreases with increasing altitude and, therefore, a phenomenon called hypoxia occurs in non-acclimatized individuals. This drop induces a stimulus to peripheral chemoreceptors that activate compensatory mechanisms, with a tendency to varied responses. It is known that the orthostatic maneuver is part of life, which induces hemodynamic changes. Therefore, with regard to the understanding of the physiological adaptations to a postural change, associated with the effects caused by altitude, it is necessary to study the cardiorespiratory behavior, in addition to understanding whether there is an association between the neural response caused by orthostatism and the oxygen saturation level (SpO2) induced by hypoxia and also to investigate individual characteristics. Ten adult individuals who underwent two protocols of supine-orthostatic maneuver (SUP-ORT), in normoxia and in hypoxia, were evaluated. Participants had blood pressure (BP) recorded using an automatic arm monitor, heart rate (HR) using an electrocardiogram, respiratory rate (RR) using a respiratory band, and SpO2 using an oximeter on the index finger. HR and RR data were acquired continuously and analyzed offline. Subjects breathed a hypoxic gas mixture at an inspired O2 fraction (FiO2) of 13% for the Hypoxia condition and a FiO2 of 21% for the Normoxia condition. For the analyses, the values were presented as mean ± standard deviation and the HR and respiratory rate values considered were the means of the final three minutes in both body positions, while the SBP, DBP and SpO2 were the final minute. Two-way ANOVA was used for repeated measures in both factors, in addition to individual correlations between HR and SpO2 variation in SUP and ORT. At rest, no significant differences were found in HR, SAP, DBP, and RR, but SpO2 was reduced in hypoxia compared to normoxia. In response to ORT, no interactions were found, but there was a significant increase in DBP both in normoxia and hypoxia. HR was higher in hypoxia in ORT compared to normoxia in the same body position. There was a strong negative correlation between the variation in SpO2 and the variation in HR in SUP and when comparing the variations in SpO2 and HR in ORT, no correlation was observed. Thus, it can be concluded that cardiovascular and respiratory autonomic control are influenced by the hypoxic environment and individual variations must also be considered39 f.Soares, Pedro Paulo da Silvahttp://lattes.cnpq.br/8849008666380358Rabelo, Aline Araujo dos Santoshttp://lattes.cnpq.br/7040586499391982Frantz, Eliete Dalla Cortehttp://lattes.cnpq.br/9014043960167068Ayres, Natália Galito Rochahttp://lattes.cnpq.br/1549684866735323http://lattes.cnpq.br/6431535632500690Resende, Julia Melo2023-10-27T19:03:03Z2023-10-27T19:03:03Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttp://app.uff.br/riuff/handle/1/30996CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-10-27T19:10:15Zoai:app.uff.br:1/30996Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202023-10-27T19:10:15Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv Respostas cardiorrespiratórias durante o ortostatismo em hipóxia
title Respostas cardiorrespiratórias durante o ortostatismo em hipóxia
spellingShingle Respostas cardiorrespiratórias durante o ortostatismo em hipóxia
Resende, Julia Melo
Hipóxia
Ortostatismo
Oxigênio
Barorreflexo
Quimiorreceptores
Hipóxia
Oxigênio
Barorreflexo
Posição ortostática
Hypoxia
Orthostatism
Baroreflex
Chemoreceptors
title_short Respostas cardiorrespiratórias durante o ortostatismo em hipóxia
title_full Respostas cardiorrespiratórias durante o ortostatismo em hipóxia
title_fullStr Respostas cardiorrespiratórias durante o ortostatismo em hipóxia
title_full_unstemmed Respostas cardiorrespiratórias durante o ortostatismo em hipóxia
title_sort Respostas cardiorrespiratórias durante o ortostatismo em hipóxia
author Resende, Julia Melo
author_facet Resende, Julia Melo
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Soares, Pedro Paulo da Silva
http://lattes.cnpq.br/8849008666380358
Rabelo, Aline Araujo dos Santos
http://lattes.cnpq.br/7040586499391982
Frantz, Eliete Dalla Corte
http://lattes.cnpq.br/9014043960167068
Ayres, Natália Galito Rocha
http://lattes.cnpq.br/1549684866735323
http://lattes.cnpq.br/6431535632500690
dc.contributor.author.fl_str_mv Resende, Julia Melo
dc.subject.por.fl_str_mv Hipóxia
Ortostatismo
Oxigênio
Barorreflexo
Quimiorreceptores
Hipóxia
Oxigênio
Barorreflexo
Posição ortostática
Hypoxia
Orthostatism
Baroreflex
Chemoreceptors
topic Hipóxia
Ortostatismo
Oxigênio
Barorreflexo
Quimiorreceptores
Hipóxia
Oxigênio
Barorreflexo
Posição ortostática
Hypoxia
Orthostatism
Baroreflex
Chemoreceptors
description A pressão parcial de O2 dissolvida no sangue arterial (pO2) decai com o aumento de altitude e, assim, ocorre um fenômeno denominado hipóxia em indivíduos não aclimatizados. Essa queda induz um estímulo aos quimiorreceptores periféricos que ativam mecanismos compensatórios, existindo tendência a respostas variadas. Sabe-se que a manobra ortostática faz parte do cotidiano, o que induz alterações hemodinâmicas. Com isso, no que se refere à compreensão das adaptações fisiológicas a uma mudança postural, associadas aos efeitos causados pela altitude, faz-se necessário o estudo do comportamento cardiorrespiratório, além de compreender se existe uma associação entre a resposta neural provocada pelo ortostatismo com o nível de saturação de oxigênio (SpO2) induzido pela hipóxia e também investigar as características individuais. Foram avaliados dez indivíduos adultos que foram submetidos a dois protocolos de manobra supino-ortostática (SUP-ORT), em normóxia e em hipóxia. Os participantes tiveram a pressão arterial (PA) registrada através de um monitor automático de braço, a frequência cardíaca (FC) por eletrocardiograma, a frequência respiratória (FR) por faixa respiratória e SpO2 por oxímetro no dedo indicador. Os dados de FC e FR foram adquiridos continuamente e analisados offline. Os indivíduos respiraram uma mistura de gás hipóxico a uma fração de O2 inspirada (FiO2) de 13% para a condição de Hipóxia e uma FiO2 de 21% para a condição de Normóxia. Para as análises, os valores foram apresentados como média ± desvio padrão e os valores de FC e frequência respiratória considerados foram as médias dos três minutos finais em ambas posições corporais, enquanto os de PAS, PAD e SpO2 foram os do minuto final. ANOVA two-way foi utilizada para as medidas repetidas em ambos os fatores além de correlações individuais entre a variação de FC e de SpO2 no SUP e no ORT. No repouso, não foram encontradas diferenças significativas de FC, PAS, PAD, e FR, mas a SpO2 reduziu em hipóxia comparada à normóxia. Em resposta ao ORT, não foram encontradas interações, mas houve elevação expressiva na PAD tanto em normóxia quanto em hipóxia. A FC foi maior em hipóxia no ORT comparada à normóxia na mesma posição corporal. Houve uma correlação forte negativa entre a variação da SpO2 e a variação de FC em SUP e quando comparadas as variações de SpO2 e da FC ao ORT não foi observada correlação. Assim, pode-se concluir que o controle autonômico cardiovascular e respiratório são influenciados pelo ambiente hipóxico e também deve-se considerar as variações individuais
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-10-27T19:03:03Z
2023-10-27T19:03:03Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://app.uff.br/riuff/handle/1/30996
url http://app.uff.br/riuff/handle/1/30996
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv CC-BY-SA
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv CC-BY-SA
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
collection Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv riuff@id.uff.br
_version_ 1807838699121016832