As experiências de microcrédito no Brasil: estratégia de gestão da pobreza
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/11061 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo analisar os programas de microcrédito nos governos Lula da Silva (2002-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014) apontados como “porta de saída para a pobreza”. Nossa discussão parte da crise internacional dos anos 1970 e as principais estratégias burguesas para recuperação das taxas de lucratividade do capital: a mundialização financeira, a reestruturação produtiva e o neoliberalismo. O lugar privilegiado que o combate à pobreza alcança no debate internacional refere-se ao quadro que se forma nos anos de 1980 e 1990 em que os índices de pobreza e desemprego em escala mundial se agravam como resultantes da crise e da própria estratégia criada para a saída desta. É no lastro das reformas liberalizantes que a natureza e o papel das políticas sociais são redefinidos e os esquemas de alívio imediato à pobreza orientam a lógica perversa de fortalecer a capacidade dos pobres lutarem contra a pobreza. A partir dos anos 2000 uma nova leitura da realidade social está presente nas formulações do Banco Mundial para enfrentamento à pobreza tendo por princípio orientadora concepção de pobreza pautada ausência de capacidades. De forma que as políticas sociais passaram a servir de instrumento para a geração de oportunidade e aumento de capacidade através do estímulo ao empreendedorismo dos sujeitos para inseri-los no padrão de sociabilidade capitalista. Neste texto destacamos o papel conferido ao microcrédito no cenário internacional e nacional como possível saída da pobreza via atuação individualizada no mercado. No Brasil, a expansão dos programas de microcrédito Programa Nacional de Microcrédito Orientado (PNMPO) e o Programa Crescer estão associados a uma política de redução da pobreza, marcada pela gestão da pobreza que viabiliza a manutenção do atual padrão de acumulação. |
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As experiências de microcrédito no Brasil: estratégia de gestão da pobrezaMicrocréditoEmpreendedorismoGestão da pobrezaServiço Social e desenvolvimento regionalMicrocreditEntrepreneurshipPoverty managementO presente trabalho tem como objetivo analisar os programas de microcrédito nos governos Lula da Silva (2002-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014) apontados como “porta de saída para a pobreza”. Nossa discussão parte da crise internacional dos anos 1970 e as principais estratégias burguesas para recuperação das taxas de lucratividade do capital: a mundialização financeira, a reestruturação produtiva e o neoliberalismo. O lugar privilegiado que o combate à pobreza alcança no debate internacional refere-se ao quadro que se forma nos anos de 1980 e 1990 em que os índices de pobreza e desemprego em escala mundial se agravam como resultantes da crise e da própria estratégia criada para a saída desta. É no lastro das reformas liberalizantes que a natureza e o papel das políticas sociais são redefinidos e os esquemas de alívio imediato à pobreza orientam a lógica perversa de fortalecer a capacidade dos pobres lutarem contra a pobreza. A partir dos anos 2000 uma nova leitura da realidade social está presente nas formulações do Banco Mundial para enfrentamento à pobreza tendo por princípio orientadora concepção de pobreza pautada ausência de capacidades. De forma que as políticas sociais passaram a servir de instrumento para a geração de oportunidade e aumento de capacidade através do estímulo ao empreendedorismo dos sujeitos para inseri-los no padrão de sociabilidade capitalista. Neste texto destacamos o papel conferido ao microcrédito no cenário internacional e nacional como possível saída da pobreza via atuação individualizada no mercado. No Brasil, a expansão dos programas de microcrédito Programa Nacional de Microcrédito Orientado (PNMPO) e o Programa Crescer estão associados a uma política de redução da pobreza, marcada pela gestão da pobreza que viabiliza a manutenção do atual padrão de acumulação.This paper aims to analyze the micro-credit programs in Lula ad Silva (2002-2010) and Dilma Rousseff (2011-2014) identified as "gateway to poverty." Our discussion of the international crisis of the 1970s and the main bourgeois strategies for recovery of capital profitability rates: financial globalization, productive restructuring and neoliberalism. The privileged place that the fight against poverty reaches the international debate refers to the framework that forms in 1980 and 1990 when the rates of poverty and unemployment worldwide worsen as a result of the crisis and of the strategy itself created for the output of this. It is in the ballast of liberalizing reforms that the nature and the role of social policies are redefined and immediate relief schemes poverty guide the perverse logic of strengthening the capacity of poor fight poverty . From the 2000s a new reading of social reality is present in Bank formulations for coping with poverty by guiding principle guided the design of poverty absence capabilities. So that social policies have become useful tool for generating opportunity and increase capacity by encouraging entrepreneurship subjects to insert them in the pattern of capitalist sociability. In this paper we highlight the role given to microcredit in the international and national scene as a possible way out of poverty via individual performance in the market. In Brazil, the expansion of microcredit programs National Microcredit Program (PNMPO) and the Growing Program are associated with poverty reduction policy, marked by the management of poverty which enables maintenance of the current pattern of accumulation.Mauriel, Ana Paula OrnellasMauriel, Ana Paula OrnellasBranco, Rodrigo CasteloSantos, Francine Helfreich Coutinho dosSocorro, Giselle Dantas De Macedo do2019-08-30T15:07:24Z2019-08-30T15:07:24Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/11061Aluno de MestradoopenAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-08-10T23:48:46Zoai:app.uff.br:1/11061Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:06:00.666789Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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O presente trabalho tem como objetivo analisar os programas de microcrédito nos governos Lula da Silva (2002-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014) apontados como “porta de saída para a pobreza”. Nossa discussão parte da crise internacional dos anos 1970 e as principais estratégias burguesas para recuperação das taxas de lucratividade do capital: a mundialização financeira, a reestruturação produtiva e o neoliberalismo. O lugar privilegiado que o combate à pobreza alcança no debate internacional refere-se ao quadro que se forma nos anos de 1980 e 1990 em que os índices de pobreza e desemprego em escala mundial se agravam como resultantes da crise e da própria estratégia criada para a saída desta. É no lastro das reformas liberalizantes que a natureza e o papel das políticas sociais são redefinidos e os esquemas de alívio imediato à pobreza orientam a lógica perversa de fortalecer a capacidade dos pobres lutarem contra a pobreza. A partir dos anos 2000 uma nova leitura da realidade social está presente nas formulações do Banco Mundial para enfrentamento à pobreza tendo por princípio orientadora concepção de pobreza pautada ausência de capacidades. De forma que as políticas sociais passaram a servir de instrumento para a geração de oportunidade e aumento de capacidade através do estímulo ao empreendedorismo dos sujeitos para inseri-los no padrão de sociabilidade capitalista. Neste texto destacamos o papel conferido ao microcrédito no cenário internacional e nacional como possível saída da pobreza via atuação individualizada no mercado. No Brasil, a expansão dos programas de microcrédito Programa Nacional de Microcrédito Orientado (PNMPO) e o Programa Crescer estão associados a uma política de redução da pobreza, marcada pela gestão da pobreza que viabiliza a manutenção do atual padrão de acumulação. |
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