O Brasil e o Tribunal do Santo Ofício português: réus, cartas e agentes em circulação no mundo atlântico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Calainho,Daniela
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Tempo (Niterói. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-77042022000200225
Resumo: Resumo: Este artigo pretende fazer algumas reflexões em relação ao tribunal inquisitorial português, criado em 1536 e extinto em 1821, no que diz respeito às múltiplas dimensões de uma circulação que esta instituição possibilitou: primeiramente, de vasta correspondência e de seus agentes no Império colonial português no Atlântico, uma vez que no Brasil não se criou um tribunal local. Além disso, a própria dinâmica de funcionamento do Santo Ofício, ao transferir os acusados no Brasil para o Tribunal de Lisboa, para lá aguardarem o desfecho de seus processos, fez circular indivíduos acusados de ideias e práticas heréticas, que acabaram por se difundir também no Reino. Enfatizaremos aqui alguns exemplos ligados aos cristãos-novos e aos feiticeiros. Além disso, o sistema punitivo inquisitorial, ao incluir a pena do degredo no rol de penitências que sofreram os réus, foi também promotor da proliferação de condutas heréticas que o Santo Ofício queria extirpar.
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