Sobre homens, cavalos e corações selvagens: a "civilização" e a masculinidade hegemônica na identidade dos Estados Unidos na guerra do Iraque.
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Gênero |
DOI: | 10.22409/rg.v12i2.421 |
Texto Completo: | https://periodicos.uff.br/revistagenero/article/view/31156 |
Resumo: | O objetivo é examinar como os conceitos de “civilização” e de masculinidadehegemônica atuaram no processo de construção da identidadenorte-americana por ocasião da guerra do Iraque de 2003. O argumentocentral é o de que ambos os conceitos operaram como mecanismos discursivoshistoricamente contingentes que localizaram espaço-temporalmentea diferença para a preservação da integridade do Eu e o seu autoconhecimentona relação com seu próprio entendimento do que a objetividadedeve ser. No caso da guerra do Iraque, a consolidação das noções deprogresso e “bom governo” no conceito de “civilização”, em contraposiçãoà “barbárie”, à “selvageria”, à “tirania” e ao “radicalismo” de “Estados-pária”,como o Iraque, resultou da necessidade de fortalecimento da coesão daidentidade norte-americana.Legitimou-se, assim, a intervenção visandoà proteção de cidadãos em relação a governos opressores. A masculinidadehegemônica ligada à violência e ao heroísmo – personificada naimagem de força e de bravura do cowboy– operou interativamente em talconceito,simbolizando o poder da “civilização” contra forças “selvagens” e“fora da lei” que trariam desordem. Representações alternativas à masculinidadehegemônica personificada na imagem do cowboy – como as masculinidadeseuropeias baseadas na diplomacia e na moderação – foramdepreciadas e associadas à fraqueza e à feminilidade. |
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