Renda agrícola do morango (Fragaria x ananassa DUCH) convencional e viabilidade da produção semi-hidropônica em uma unidade de produção agrícola familiar, no município de Gramado dos Loureiros-RS

• Autor(a) principal: Osmarin, Rafael
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
• Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4477
• topic: Agricultura familiar; Morango; Produção agrícola; Produção (economia)

A agricultura familiar ainda é responsável por cerca de 60% dos alimentos que chegam nas mesas dos brasileiros. Um dos principais obstáculos dos pequenos produtores rurais está na escassez de sucessores e falta de informação (escolaridade + assistência técnica), sendo este, o problema de central interesse a este estudo. A partir desta problemática, o trabalho propõe a análise e diagnóstico de uma unidade de produção agrícola familiar no município de Gramado dos Loureiros-RS. A coleta de dados foi realizada com o suporte de questionário com questões referentes as atividades desenvolvidas na propriedade, benfeitorias, maquinários, produção e comercialização do morango, as respectivas despesas (mudas, fertilizantes, combustível, agrotóxicos, eletricidade, implantação das estufas etc.), e a demanda/disponibilidade de mão de obra. Após realizada a coleta dos dados foi possível calcular a renda agrícola no ano de 2018 e 2019 na atividade do morangueiro em cultivo convencional (em solo). No primeiro ano analisado, a renda agrícola foi de R$ 83.856,50, o que corresponde a uma renda mensal durante o ciclo produtivo de R$ 2.329,35 por pessoa (quatro pessoas e nove meses de safra, de abril a dezembro). Já no ano de 2019 a renda agrícola foi de R$ 124.588,99, o que corresponde a uma renda mensal durante o ciclo produtivo de R$ 3.406,80 por pessoa. Apesar de produtivo, a produção de morangos no sistema convencional (em solo) é excessivamente penosa, pois exige da família trabalho em condições desconfortáveis e insalubres (muito tempo abaixado), principalmente durante a colheita. A produção de morangos no sistema semi-hidropônico (10 mil mudas) foi explorada neste trabalho como uma alternativa ao cultivo em solo. O projeto demostrou ser economicamente atrativo, uma vez que os indicadores utilizados para a análise de viabilidade apresentaram resultados positivos, VPL R$ 382.081,77, TIR 696% e Payback no primeiro ano. Adicionalmente, o cultivo do morango no sistema semi-hidropônico apresenta uma demanda de mão de obra similar ao sistema de cultivo em solo, 290 DTH e 284,8 DTH respectivamente. A principal diferença está na penosidade do trabalho. No cultivo semi-hidropônico o manejo do morango pode ser feito em pé, não havendo desgaste excessivo pela posição em atividades como colheita e podas, o que vai ao encontro dos objetivos da família de reduzir a penosidade do trabalho e ampliar as possibilidades de sucessão familiar