Avaliação da expressão de PD-L1 e MECA-79 em melanomas cutâneos primários: estudo de acometimento de linfonodo sentinela e análise de sobrevida

• Autor(a) principal: Delazeri, Ana Julia
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
• Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3095
• topic: Melanoma; Linfonodos; Endotélio

Objetivos: Muitos estudos têm destacado o papel imunogênico do melanoma, da presença de linfócitos infiltrantes tumorais (LITs), bem como a importância dos mecanismos de escape tumoral do sistema imune, como a hiperexpressão do ligante 1 de morte celular programada (PD-L1) pelas células tumorais. Vênulas de Endotélio Alto (VEA) são vasos especializados que facilitam a migração de linfócitos ao tumor, reconhecidos pelo marcador MECA-79. O objetivo do presente estudo foi verificar a associação da densidade de VEA e a expressão de PD-L1 em melanomas cutâneos primários com o status do linfonodo sentinela (LS), e com demais parâmetros clínicopatológicos, como idade, sexo, localização da lesão, tipo do melanoma, espessura de Breslow, presença de mitoses e de ulceração. Material e Métodos: Nos arquivos do biobanco de dados do laboratório de patologia, foram pesquisados casos de melanoma cutâneo primário dos tipos extensivo superficial (MES), nodular (MN), lentigo maligno melanoma (LMM) e melanoma acral lentiginoso (MAL), que tinham pesquisa de linfonodo sentinela. Nas 39 amostras selecionadas, a densidade de VEA MECA79+ e expressão de PD-L1 foram avaliadas por imuno-histoquímica com anticorpos específicos. Resultados: Entre os 73 casos inicialmente selecionados, 39 foram incluídos na análise. Destes, a densidade de VEAs e expressão de PD-L1 foram avaliadas por imuno-histoquímica, sendo detectados em 84,2% e 66,6% dos melanomas, respectivamente. Associações positivas foram encontradas entre nível de expressão do PD-L1 e positividade do LS, positividade do LS com a espessura de Breslow e com a presença de mitoses. Da mesma forma, verificou-se que o comprometimento do LS foi mais frequente em melanomas com menor intensidade de LITs. Conclusão: A quantificação de VEA, a verificação da expressão de PD-L1 e suas associações com o status do LS, permitem maiores informações acerca das características histopatológicas prognósticas em melanomas. Os resultados obtidos nesse estudo são de interesse, pois poderão permitir o aperfeiçoamento dos estudos para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas, no sentido de estímulo da resposta imune antitumoral através da facilitação da migração de LITs através das VEA e da desativação do mecanismo de escape tumoral do sistema imune pelo bloqueio do eixo PD1/PD-L1.