Óxidos: uma alternativa ao calcário na correção da acidez do solo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wachtmann, Matheus Luis
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/7375
Resumo: A maioria dos solos brasileiros é naturalmente ácido devido ao processo de intemperismo ao longo do tempo. Para correção desta acidez geralmente é utilizado calcário, que é aplicado na superfície do solo em áreas sob plantio direto, corrigindo apenas os primeiros centímetros de solo. O objetivo foi avaliar a eficiência de óxidos em relação ao calcário na correção da acidez do solo. O experimento foi realizado em Giruá, RS, em um Latossolo Vermelho. Utilizou-se 5 tratamentos em delineamento blocos ao acaso (sem corretivo, ¼ SMP calcário, 1 SMP calcário, ¼ SMP óxido e 1 SMP óxido) aplicados superficialmente em solo sob sistema plantio direto há quase 30 anos. O calcário utilizado foi o calcário dolomítico PRNT 78% e o óxido possui PN 170. Após a aplicação dos corretivos foi implantado a cultura do milho (Zea mays). Na colheita da cultura foi avaliado a produtividade, o peso de mil grãos (PMG) e o pH do solo nas camadas 0–5 e 5–10 cm. O tratamento ¼ SMP óxido foi o que apresentou maior produtividade e o tratamento ¼ SMP calcário foi o que apresentou maior PMG, porém ambos não diferiram significativamente do tratamento sem corretivo. Após a colheita do milho, a aplicação de 1 SMP óxido e 1 SMP calcário aumentou o pH do solo da camada de 0-5 cm de 5,1 para 6,2 e 5,8, respectivamente. Nenhum dos tratamentos foi eficiente para corrigir a acidez na camada 5–10 cm durante o ciclo da cultura. A aplicação de corretivos aumentou em média 1175 kg ha - 1 a produtividade do milho em relação ao sem corretivo, entretanto, não diferindo significativamente. A aplicação de óxido proporcionou retorno financeiro superior em comparação a aplicação de calcário dolomítico. A utilização do óxido foi mais eficiente no aumento do pH do solo em relação ao calcário, porém não influenciou na produtividade do milho. No aumento do pH ao longo do tempo o óxido se mostrou superior até os 19 dias de incubação, aos 89 dias não houve diferença estatística entre óxido e calcário dolomítico.
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Após a aplicação dos corretivos foi implantado a cultura do milho (Zea mays). Na colheita da cultura foi avaliado a produtividade, o peso de mil grãos (PMG) e o pH do solo nas camadas 0–5 e 5–10 cm. O tratamento ¼ SMP óxido foi o que apresentou maior produtividade e o tratamento ¼ SMP calcário foi o que apresentou maior PMG, porém ambos não diferiram significativamente do tratamento sem corretivo. Após a colheita do milho, a aplicação de 1 SMP óxido e 1 SMP calcário aumentou o pH do solo da camada de 0-5 cm de 5,1 para 6,2 e 5,8, respectivamente. Nenhum dos tratamentos foi eficiente para corrigir a acidez na camada 5–10 cm durante o ciclo da cultura. A aplicação de corretivos aumentou em média 1175 kg ha - 1 a produtividade do milho em relação ao sem corretivo, entretanto, não diferindo significativamente. A aplicação de óxido proporcionou retorno financeiro superior em comparação a aplicação de calcário dolomítico. A utilização do óxido foi mais eficiente no aumento do pH do solo em relação ao calcário, porém não influenciou na produtividade do milho. No aumento do pH ao longo do tempo o óxido se mostrou superior até os 19 dias de incubação, aos 89 dias não houve diferença estatística entre óxido e calcário dolomítico.Most Brazilian soils are naturally acidic due to the weathering process over time. To correct this acidity, limestone is generally used, which is applied to the surface of the soil in areas under direct planting, correcting only the first few centimeters of soil. The objective was to evaluate the efficiency of oxides in relation to limestone in correcting soil acidity. The experiment was carried out in Giruá, RS, in a Red Oxisol. 5 treatments were used in a randomized block design (without amendment, ¼ SMP limestone, 1 SMP limestone, ¼ SMP oxide and 1 SMP oxide) applied superficially to soil under a direct planting system for almost 30 years. The limestone used was PRNT 78% dolomitic limestone and the oxide has PN 170. After applying the correctives, corn (Zea mays) was planted. At crop harvest, productivity, thousand grain weight (PMG) and soil pH were evaluated in layers 0–5 and 5–10 cm. The ¼ SMP oxide treatment was the one that showed the highest productivity and the ¼ SMP limestone treatment was the one that showed the highest PMG, but both did not differ significantly from the treatment without corrector. After corn harvest, the application of 1 SMP oxide and 1 SMP lime increased the soil pH of the 0-5 cm layer from 5.1 to 6.2 and 5.8, respectively. None of the treatments were efficient in correcting acidity in the 5–10 cm layer during the crop cycle. The application of correctives increased corn productivity by an average of 1175 kg ha-1 compared to that without corrective, however, it did not differ significantly. The application of oxide provided a higher financial return compared to the application of dolomitic limestone. The use of oxide was more efficient in increasing soil pH compared to limestone, but did not influence corn productivity. In the increase in pH over time, the oxide was superior until 19 days of incubation, at 89 days there was no statistical difference between oxide and dolomitic limestone.Submitted by Jane Lecardelli (jane.lecardelli@uffs.edu.br) on 2024-02-27T19:58:56Z No. of bitstreams: 1 WACHTMANN.pdf: 1206168 bytes, checksum: 78515f3f9fd8fdbedc578895d615cd76 (MD5)Approved for entry into archive by Franciele Scaglioni da Cruz (franciele.cruz@uffs.edu.br) on 2024-02-28T12:39:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 WACHTMANN.pdf: 1206168 bytes, checksum: 78515f3f9fd8fdbedc578895d615cd76 (MD5)Made available in DSpace on 2024-02-28T12:39:56Z (GMT). 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