Hipertensão arterial: perfil das pessoas privadas de liberdade no município de Chapecó/SC

• Autor(a) principal: Ramos, Alexandre Inácio
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
• Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4849
• topic: Cardiologia; Hipertensão; Doenças cardiovasculares; Doenças vasculares

A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial encontrada no mundo todo, caracterizada por níveis aumentados de pressão arterial. Esta é definida como a elevação persistente da pressão arterial acima dos limites considerados normais, ou seja, níveis iguais ou superiores a 140/90 mmHg. O risco para desenvolver hipertensão arterial está associado a diversos fatores, que podem ser classificados em modificáveis e não modificáveis, sendo tidos a hereditariedade, o sexo, a raça e a idade como fatores não modificáveis, e o álcool, o tabaco, o excesso de colesterol, a obesidade, o sedentarismo, os hábitos alimentares e o estresse, como os fatores modificáveis. Deste modo, ao analisar o atual cenário do sistema penitenciário brasileiro, observa-se um espaço configurado em insalubridade, superpopulação, confinamento permanente, falta de investimentos governamentais e violência, um espaço propício para o desenvolvimento da hipertensão arterial. O objetivo desse estudo é identificar o perfil das pessoas privadas de liberdade, em regime fechado, da Penitenciária Agrícola do município de Chapecó/SC, em relação aos fatores de risco para a hipertensão arterial. Trata-se de um estudo transversal, descritivo de abordagem quantitativa. Foram avaliados 240 homens adultos privados de liberdade. A maioria se apresentou normotenso, com circunferência abdominal normal (<94cm), apresentando sobrepeso e pelo menos algum nível de estresse na classificação do teste de Lipp. Já no histórico pessoal a maioria afirmou não possuir hipertensão arterial e/ou Diabetes Mellitus, e que não possuíam casos de hipertensão arterial na família. Contudo, todos apresentaram exposição a fatores de risco para hipertensão arterial, com predominância a exposição de 5 ou mais fatores. Deste modo, a hipertensão arterial constitui um sério problema de saúde entre os homens privados de liberdade, evidenciado não apenas por seus valores pressóricos fora dos níveis considerados normais, mas também por ter sido observado em suas características demográficas, antropométricas e comportamentos de saúde, dados que contribuem para o surgimento ou agravamento da hipertensão arterial.