Efeitos de extrato e composto ativo da Centella asiatica em comportamento tipo depressivo, estresse oxidativo e inflamação em ratos submetidos a privação maternal

• Autor(a) principal: Oliveira, Tácio de
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
• Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/6133
• topic: Depressão; Estresse oxidativo; Centella asiatica; Transtorno depressivo maior; Privação maternal

A espécie medicinal Centella asiatica e seus princípios ativos isolados (ácido madecássico, madecasoide, madecassosideo) vem sendo estudados no contexto de transtorno depressivo maior (TDM), sendo relacionada a efeitos antidepressivos e com neuroproteção. Vários estudos vêm relatando efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e nootrópicos. O TDM está relacionado com aumento de citocinas inflamatórias e estresse oxidativo no sistema nervoso central (SNC) e periferia. A privação maternal (PM) em ratos filhotes é um modelo animal de reprodução de comportamentos e mecanismos biológicos relacionados ao TDM em humanos. Portanto, este trabalho utilizou ratos submetidos à PM nos primeiros dias de vida e tratados na vida adulta com extrato de Centella asiatica, ou ácido madecássico (AM), ou escitalopram (ESC), conforme descrição a seguir: 5 grupos com 10 ratos cada, sendo grupo 1 o controle sem estresse + veículo (controle), grupo 2 PM + veículo (controle negativo), grupo 3 PM + ESC (controle positivo), grupo 4 PM + extrato de Centella asiatica, grupo 5 PM + AM. Os animais foram submetidos à PM por 10 dias a partir do segundo dia de nascimento. Aos 60 dias de idade, foram tratados por 14 dias. Ao final do período foram realizados testes comportamentais e realizada eutanásia para aferição dos seguintes parâmetros: mieloperoxidase (MPO) no soro sanguíneo e hipocampo, susbtâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) (soro e hipocampo), interleucina-1β (IL-1β), interleucina-6 (IL-6) (hipocampo). A PM induziu comportamentos tipo depressivos na vida adulta, bem como aumentou a inflamação e estresse oxidativo. A intervenção com extrato de ESC, AM e Centella asiatica induziu reversão dos comportamentos tipo depressivos e proporcionou uma redução significativa nos níveis de MPO no soro nos grupos tratados. O tratamento com AM e ESC conseguiu manter níveis de TBARS no soro e hipocampo iguais aos do grupo controle sem PM. O tratamento com o extrato de Centella asiatica não reduziu significativamente os níveis de TBARS, tanto no soro quanto no hipocampo. Com relação à IL1β, o ESC e o AM reverteram os níveis no hipocampo. O extrato de Centella asiatica não reduziu significativamente. Todos os tratamentos reverteram o aumento de IL-6 no hipocampo. Estes resultados corroboram estudos com outros protocolos, sugerindo um potencial efeito antidepressivo, possivelmente envolvendo redução no estresse oxidativo e inflamação.