Aplicação de peroxidases não comerciais extraídas dos farelos de arroz e soja na descoloração de efluentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Camila Torbes
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1547
Resumo: O presente trabalho investigou a aplicação das enzimas peroxidases não comerciais, extraídas de subprodutos de atividades agroindustriais (farelos de arroz e soja), na descoloração de um efluente sintético, o qual utilizou um corante têxtil em sua composição. Para tal, as enzimas foram submetidas ao contato com o efluente em agitador orbital, utilizando diferentes condições, a fim de avaliar a concentração de peróxido de hidrogênio (H2O2) e o volume de extrato enzimático ótimos para a reação de descoloração, através do uso da metodologia de planejamento experimental. Foi necessário adicionar H2O2 para iniciar a reação de descoloração, pois a enzima peroxidase depende do H2O2 para se tornar ativa. O uso da enzima peroxidase extraída de farelo de arroz (AT: 27,25 U/mL) quando em contato com o efluente sintético, resultou em aproximadamente 46% de remoção de cor, quando foram utilizados maiores volumes de extrato enzimático (15 mL) em menores concentrações de H2O2 (20 e 40 mg/L) em 5h de reação. Para a enzima peroxidase extraída de farelo de soja não foram obtidos resultados satisfatórios de descoloração do efluente sintético. A partir dos resultados obtidos também foram analisados outros parâmetros do efluente sintético, a fim de investigar as modificações ocorridas no mesmo através do tratamento enzimático, onde foi possível observar, ao final do processo, que além da remoção de cor, a temperatura estava na faixa ambiente (25°C), o pH em torno de 7, a turbidez foi reduzida em aproximadamente 36%, os sólidos totais e fixos foram encontrados em menores quantidades e a concentração de H2O2 residual foi de apenas 0,5 mg/L. Os dados obtidos neste estudo sugerem que a enzima peroxidase obtida através de uma fonte não comercial (farelo de arroz) possui potencial na descoloração de efluentes, já que seu processo de obtenção é fácil e viável economicamente se compararmos com sua fonte comercial. Neste contexto o trabalho realizado é extremamente relevante, uma vez que devido aos altos custos das enzimas comerciais, cada vez mais se faz necessário à descoberta por outras fontes enzimáticas mais baratas, e que possam ser alternativas promissoras aos tratamentos convencionais de efluentes.
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O uso da enzima peroxidase extraída de farelo de arroz (AT: 27,25 U/mL) quando em contato com o efluente sintético, resultou em aproximadamente 46% de remoção de cor, quando foram utilizados maiores volumes de extrato enzimático (15 mL) em menores concentrações de H2O2 (20 e 40 mg/L) em 5h de reação. Para a enzima peroxidase extraída de farelo de soja não foram obtidos resultados satisfatórios de descoloração do efluente sintético. A partir dos resultados obtidos também foram analisados outros parâmetros do efluente sintético, a fim de investigar as modificações ocorridas no mesmo através do tratamento enzimático, onde foi possível observar, ao final do processo, que além da remoção de cor, a temperatura estava na faixa ambiente (25°C), o pH em torno de 7, a turbidez foi reduzida em aproximadamente 36%, os sólidos totais e fixos foram encontrados em menores quantidades e a concentração de H2O2 residual foi de apenas 0,5 mg/L. Os dados obtidos neste estudo sugerem que a enzima peroxidase obtida através de uma fonte não comercial (farelo de arroz) possui potencial na descoloração de efluentes, já que seu processo de obtenção é fácil e viável economicamente se compararmos com sua fonte comercial. Neste contexto o trabalho realizado é extremamente relevante, uma vez que devido aos altos custos das enzimas comerciais, cada vez mais se faz necessário à descoberta por outras fontes enzimáticas mais baratas, e que possam ser alternativas promissoras aos tratamentos convencionais de efluentes.This study investigated the use of non-commercial peroxidases extracted from by-products of agro-industrial activities (rice and soy bran) in the discoloration of a synthetic effluent, which used a textile dye in its composition. To this, the enzymes were subjected to contact with the effluent in an orbital shaker using different conditions in order to evaluate the optimum concentration of hydrogen peroxide (H2O2) and the optimum volume of enzymatic extract for the discoloration reaction, by the use of experimental design methodology. It was necessary to add H2O2 to start the discoloration reaction because the enzyme peroxidase depends on H2O2 to become active. The use of peroxidase enzyme extracted from rice bran (AT: 27.25 U/mL) when in contact with the synthetic effluent resulted in approximately 46% color removal when larger volumes of enzyme extract (15 mL) in smaller concentrations of H2O2 (20 and 40 mg/L) were used in 5h reaction. For the peroxidase extracted from soybean bran, satisfactory results were not obtained for the discoloration of the synthetic effluent. From the obtained results, other parameters of the synthetic effluent were also analyzed in order to investigate the changes that occurred in it due to the enzymatic treatment. It was possible to observe at the end of the process, that besides color removal, the temperature was in the environment range (25°C), pH of around 7, the turbidity was reduced by approximately 36%, total and fixed solids were found in lesser amounts and the residual H2O2 concentration was only 0.5 mg/L. The data from this study suggest that the peroxidase enzyme obtained from a non-commercial source (rice bran) has potential in effluents discoloration, since its obtaining process is easy and economically viable when compared to its commercial source. In this context, the study is extremely relevant, since due to the high cost of commercial enzymes, more and more it is necessary to discover other cheaper enzyme sources, which might be promising alternatives to conventional wastewater treatment.Submitted by Daniele Rosa Monteiro (daniele.monteiro@uffs.edu.br) on 2017-10-17T12:24:58Z No. of bitstreams: 1 MARQUES.PDF: 346733 bytes, checksum: aaeee09204b93d88007a2afdf5bc6e0f (MD5)Approved for entry into archive by Diego dos Santos Borba (dborba@uffs.edu.br) on 2017-10-19T10:06:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 MARQUES.PDF: 346733 bytes, checksum: aaeee09204b93d88007a2afdf5bc6e0f (MD5)Made available in DSpace on 2017-10-19T10:06:33Z (GMT). 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