Avaliação da toxicidade de nanopartículas de prata para o microcrustáceo Daphnia magna - um estudo de múltiplas gerações
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS) |
Texto Completo: | https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4059 |
Resumo: | A nanotecnologia busca o desenvolvimento de novas metodologias para produção de produtos em nanoescala, auxiliando na resolução de problemas globais. Entretanto, com a enorme gama de produtos existentes atualmente utilizando nanopartículas (NP) é considerável a quantidade liberada nos ecossistemas aquáticos. Como exemplo de NP temos a prata, que é o metal mais tóxico encontrado nos corpos hídricos, podendo causar graves danos ao ser humano e ao meio ambiente. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar a toxicidade aguda e crônica de suspensões de nanopartículas de prata (AgNP), além de avaliar efeitos multigeracionais e os efeitos pós exposição ao agente tóxico, utilizando como organismo teste o microcrustáceo Daphnia magna. A síntese e caracterização das AgNP consistiu na metodologia tradicional de síntese química utilizando o PVA como agente estabilizante. A caracterização da NP mostrou que a suspensão de AgNP não estava em estado de aglomeração, confirmou-se o formato esférico característico às AgNP através do comprimento de onda de 401 nm e diâmetro médio de 4,6 nm. Os testes de toxicidade agudos indicaram valores de CE50,48h média de 0,13 µg·L-1 . Partindo deste resultado realizaram-se os testes crônicos, para a geração parental (F0) onde foram verificados efeitos significativos para o parâmetro longevidade, sendo a concentração de efeito observado (CEO) 0,065 µg. L-1 e na fecundidade com o aumento do número médio de filhotes/postura apresentando CEO 0,055 µg. L-1 . Diferente de F0, nos testes de toxicidade crônica pós exposição (F0PE), percebeu-se efeitos significativos na longevidade com redução no número de organismos nas menores concentrações, porém nas maiores houve a redução de praticamente 50% dos organismos, sendo assim obteve-se como CEO 0,025 μg. L −1 .Já na fecundidade e no número médio de posturas os organismos conseguiram retomar o número de filhotes, podendo entender esse aumento como um efeito de recuperação dos organismos. Os testes de toxicidade crônica para múltiplas gerações, foram definidos como primeira geração (F1) de neonatos da geração F0 e F4 a quarta geração. Ambas gerações se tornaram mais resistentes ao agente tóxico do que a geração F0, em decorrência do maior tempo em exposição das mães. Quanto a fecundidade, os organismos sofreram efeitos estressores, no qual ocasionou no aumento da reprodução, a fim de perpetuar a espécie. Os testes de pós exposição da multigeração, geração F1PE e F4PE , os organismos possuíram maior sensibilidade ao agente tóxico desde pequenas doses, ainda a taxa de sobrevivência foi menor do que os descendentes, visto o maior tempo em meio de teste, além de efeitos tóxicos no número médio de posturas. Assim, com base no estudo pôde-se concluir que os resultados refletem em efeitos multigeracionais e de pós exposição, visto as gerações apresentarem consequências em seu ciclo de vida. |
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Fuzinatto, Cristiane FunghettoSilva, Marlon Luiz Neves daHartmann, Marilia TeresinhaGoulart, Aline Vanessa2020-09-172021-04-16T13:43:58Z2021-10-012021-04-16T13:43:58Z2020https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4059A nanotecnologia busca o desenvolvimento de novas metodologias para produção de produtos em nanoescala, auxiliando na resolução de problemas globais. Entretanto, com a enorme gama de produtos existentes atualmente utilizando nanopartículas (NP) é considerável a quantidade liberada nos ecossistemas aquáticos. Como exemplo de NP temos a prata, que é o metal mais tóxico encontrado nos corpos hídricos, podendo causar graves danos ao ser humano e ao meio ambiente. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar a toxicidade aguda e crônica de suspensões de nanopartículas de prata (AgNP), além de avaliar efeitos multigeracionais e os efeitos pós exposição ao agente tóxico, utilizando como organismo teste o microcrustáceo Daphnia magna. A síntese e caracterização das AgNP consistiu na metodologia tradicional de síntese química utilizando o PVA como agente estabilizante. A caracterização da NP mostrou que a suspensão de AgNP não estava em estado de aglomeração, confirmou-se o formato esférico característico às AgNP através do comprimento de onda de 401 nm e diâmetro médio de 4,6 nm. Os testes de toxicidade agudos indicaram valores de CE50,48h média de 0,13 µg·L-1 . Partindo deste resultado realizaram-se os testes crônicos, para a geração parental (F0) onde foram verificados efeitos significativos para o parâmetro longevidade, sendo a concentração de efeito observado (CEO) 0,065 µg. L-1 e na fecundidade com o aumento do número médio de filhotes/postura apresentando CEO 0,055 µg. L-1 . Diferente de F0, nos testes de toxicidade crônica pós exposição (F0PE), percebeu-se efeitos significativos na longevidade com redução no número de organismos nas menores concentrações, porém nas maiores houve a redução de praticamente 50% dos organismos, sendo assim obteve-se como CEO 0,025 μg. L −1 .Já na fecundidade e no número médio de posturas os organismos conseguiram retomar o número de filhotes, podendo entender esse aumento como um efeito de recuperação dos organismos. Os testes de toxicidade crônica para múltiplas gerações, foram definidos como primeira geração (F1) de neonatos da geração F0 e F4 a quarta geração. Ambas gerações se tornaram mais resistentes ao agente tóxico do que a geração F0, em decorrência do maior tempo em exposição das mães. Quanto a fecundidade, os organismos sofreram efeitos estressores, no qual ocasionou no aumento da reprodução, a fim de perpetuar a espécie. Os testes de pós exposição da multigeração, geração F1PE e F4PE , os organismos possuíram maior sensibilidade ao agente tóxico desde pequenas doses, ainda a taxa de sobrevivência foi menor do que os descendentes, visto o maior tempo em meio de teste, além de efeitos tóxicos no número médio de posturas. Assim, com base no estudo pôde-se concluir que os resultados refletem em efeitos multigeracionais e de pós exposição, visto as gerações apresentarem consequências em seu ciclo de vida.Nanotechnology seeks to develop new methodologies for the production of nanoscale products, helping to solve global problems. However, with the huge range of products currently using nanoparticles (NPs), the amount released into aquatic ecosystems is considerable. As an example of NP we have silver, which is the most toxic metal found in water bodies, and can cause serious damage to humans and the environment. Thus, the present study aimed to evaluate the acute and chronic toxicity of silver nanoparticles (AgNPs) suspensions, in addition to evaluating multigenerational effects and the postexposure effects to the toxic agent, using the crustacean Daphnia magna as a test organism. The AgNPs synthesis and characterization consisted of the traditional chemical synthesis methodology using PVA as a stabilizing agent. The NPs characterization showed that the AgNPs suspension was not in a state of agglomeration, and the spherical shape, characteristic of the AgNPs, was confirmed through a wavelength of 401 nm and an average diameter of 4.6 nm. Acute toxicity tests indicated mean EC50,48h values of 0.13 µg·L-1 . Based on this result, chronic tests were performed for the F0 generation, where significant effects were verified for the longevity parameter, with the observed effect concentration (OEC) of 0.065 µg. L-1 and fertility with an increase in the average number of babies/posture and OEC of 0.055 µg. L-1 . Unlike F0, in the post-exposure chronic toxicity tests (F0PE), exposed only in M4 medium, significant effects on longevity were observed with a reduction in the number of organisms in the lowest concentrations, however in the largest there was a reduction of practically 50% of the organisms. Thus, 0.025 µg. L-1 was obtained as OEC. In terms of fertility and the average number of postures, the organisms managed to recover the number of babies, being able to understand this increase as an effect of the organism recovery. The chronic toxicity tests for multiple generations were defined as F1 the first generation of neonates of the generation F0, and F4 the fourth generation. Both generations became more resistant to the toxic agent than the F0 generation, due to the longer exposure time of mothers. As for fertility, the organisms suffered stressful effects, which caused an increase in reproduction in order to perpetuate the species. In the post-exposure tests of the multigeneration, generation F1PE and F4PE, the organisms had greater sensitivity to the toxic agent since small doses, and the survival rate was lower than the descendants, given the longer exposure time in the test medium, in addition to toxic effects in the average number of postures. Thus, based on this study, it was concluded that the results reflect multi-generational and post-exposure effects, since the generations have consequences in their life cycle.Submitted by Thiago Menezes Cairo (thiago.cairo@uffs.edu.br) on 2021-02-22T20:20:46Z No. of bitstreams: 1 tcc aline goulart.pdf: 887628 bytes, checksum: 7c93e4ae81e5c81a14db1bba990cb289 (MD5)Approved for entry into archive by Franciele Scaglioni da Cruz (franciele.cruz@uffs.edu.br) on 2021-04-16T13:43:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1 tcc aline goulart.pdf: 887628 bytes, checksum: 7c93e4ae81e5c81a14db1bba990cb289 (MD5)Made available in DSpace on 2021-04-16T13:43:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tcc aline goulart.pdf: 887628 bytes, checksum: 7c93e4ae81e5c81a14db1bba990cb289 (MD5) Previous issue date: 2020porUniversidade Federal da Fronteira SulUFFSBrasilCampus ErechimD. magnaPós exposiçãoToxicidade crônicaToxicidade agudaNanopartículas de prataAvaliação da toxicidade de nanopartículas de prata para o microcrustáceo Daphnia magna - um estudo de múltiplas geraçõesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)instname:Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)instacron:UFFSLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://rd.uffs.edu.br:8443/bitstream/prefix/4059/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ORIGINALtcc aline goulart.pdftcc aline goulart.pdfapplication/pdf887628https://rd.uffs.edu.br:8443/bitstream/prefix/4059/1/tcc+aline+goulart.pdf7c93e4ae81e5c81a14db1bba990cb289MD51prefix/40592022-01-11 12:30:48.648oai:rd.uffs.edu.br:prefix/4059TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://rd.uffs.edu.br/oai/requestopendoar:39242022-01-11T14:30:48Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS) - Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)false |
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