Representações do sofrimento social: um estudo sobre as mulheres rurais e o movimento de mulheres camponesas

• Autor(a) principal: Canan, Lauren Pieta
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
• Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3134
• topic: Sofrimento; Trabalho feminino

As ciências sociais adentraram ao longo dos anos diversas áreas do conhecimento, como a saúde. Nesta, busca-se compreender como a vida em sociedade, a cultura e a historicidade interferem ou interagem com a saúde e o adoecimento, e no sofrimento do sujeito social. Desta forma, o presente trabalho trata-se de um estudo qualitativo exploratório e pretende, através de conceitos das ciências sociais construir um diálogo entre as teorias a cerca do sofrimento – com foco no sofrimento social. O estudo objetiva compreender o Sofrimento Social das Mulheres Rurais participantes do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) do município de Quilombo/SC, e perceber como esse movimento tem auxiliado na ruptura do sofrimento e se construído como instrumento de luta na vida dessas mulheres. O MMC está há 35 anos envolto a lutas sociais e políticas, além de promover o cultivo e a utilização das plantas medicinais nos tratamentos de saúde. Sendo assim, através de pesquisas bibliográficas e trabalho de campo, há uma preocupação em compreender como as mulheres do Movimento enxergam o sofrimento, e se há a compreensão dentro de suas construções políticas que o sujeito que sofre é um sujeito social e que seu cotidiano interfere diretamente na saúde e no sofrimento. A escolha da amostra advém de altos índices de mulheres agricultoras em quadros de sofrimento. Segundo pesquisas, esse panorama está relacionado à rotina das agricultoras em situações de vulnerabilidades – pobreza, difícil acesso a educação, sobrecarga de trabalho, e violência. Por conseguinte, entende-se a necessidade de investigar se as ações do Movimento oportunizam a percepção do sofrimento, como também um sofrimento social.