Prevalência de gravidez não desejada em puérperas diagnosticadas com depressão em um centro de atenção à saúde da mulher

• Autor(a) principal: Pedrão, Eduarda Dias
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
• Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4068
• topic: Gravidez; Transtornos Depressivos; Puerpério; Maternidade; Escala de depressão pós-parto Edinburg

As síndromes depressivas são motivo de grande preocupação para a saúde pública atingindo em torno de 2 a 5% da população. Sabe-se que eventos vitais marcantes, tais como gestação, parto ou puerpério podem preceder o início do quadro de depressão. Nessa pesquisa, com abordagem quantitativa descritiva, do tipo transversal, realizada com 55 mulheres, maiores de 18 anos, atendidas no Centro de Referência à Saúde da Mulher de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, no ano de 2019, objetivou-se inferir a prevalência de gravidez não desejada em puérperas diagnosticadas com depressão, bem como identificar associações entre gravidez não desejada e variáveis sociodemográficas. Os resultados mostraram que a média de idade da amostra foi de 29,6 anos (DP = 7,82). A grande maioria relatou ser branca (80%), natural de Passo Fundo (85,5%), solteira (40%), desempregada (67,3%), com renda entre 0 e 2 salários mínimos (65,5%). Quanto à escolaridade, houve a mesma prevalência de puérperas que apresentam ensino médio incompleto e completo, ambas as categorias com 38,2% de prevalência. Quantos aos hábitos de vida, aproximadamente 22% das puérperas relataram tabagismo durante a gestação; 38,2% ingesta de bebida alcoólica e 7,3% uso de drogas ilícitas. Foi possível inferir que cerca de 70% das puérperas não desejavam ter engravidado e que 60% apresentava diagnóstico de depressão pós-parto no momento da entrevista. Todavia, não foi encontrada associação significativa entre não desejar engravidar e o desenvolvimento de depressão pós-parto (p=1,17). A análise dos dados revelou que a grande maioria das variáveis sociodemográficas analisadas não foram preditivas para desejar ou não a gravidez, excetuando-se tabagismo e etilismo.