Prevalência de polifarmácia na população idosa: uma investigação epidemiológica na atenção primária de saúde

• Autor(a) principal: Somensi, Everton Toigo
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
• Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4072
• topic: Medicalização; Idosos; Atenção primária à saúde

Descrever a prevalência de polifarmácia e verificar sua distribuição de acordo com características sociodemográficas, de saúde e hábitos de vida. Pesquisa transversal realizada em Passo Fundo/RS , entre maio e agosto de 2019, com adultos e idosos usuários da rede urbana de Atenção primária à Saúde. Os dados foram coletados por meio de aplicação de questionários nas unidades de saúde duplamente digitados e validados. A análise incluiu estatística descritiva, prevalência da polifamácia (IC95) e verificação da sua distribuição de acordo com as variáveis independente (qui-qudrado 5%). A amostra foi constituída de 1.443 participantes. A prevalência geral de polifarmácia foi de 15% (IC95 13-17), sendo 8% (IC95 06-10) entre adultos e, 33% (IC95 28-37) entre idosos. Considerando o total da amostra, foi observada diferença de ocorrência de polifarmácia de acordo com a faixa etária, exercer atividade remunerada, estado nutricional, consumo de bebida alcoólica, autopercepção de saúde, diagnóstico médico autorreferido de diabetes mellitus, de hipertensão arterial sistêmica, de hipercolesterolemia, de hipertrigliceridemia, de doença cardíaca e da doença da tireoide. Os dados obtidos com o estudo corroboram com os encontrados na literatura consultada, evidenciando a grande prevalência de polifarmácia. Essa realidade não deve ser negligenciada devido ao seu grande potencial iatrogênico. Especial atenção deve ser à população idosa e acometida por múltiplas comorbidades devido à forte associação entre estes fatores e a polifarmácia. Deve-se ter em foco o impacto causado pela polifarmácia no cuidado com o paciente. Interações medicamentosas, efeitos adversos inesperados, má adesão ao tratamento são alguns dos principais problemas encontrados diante dessa situação, podendo interferir na qualidade de vida e na efetividade do tratamento.