Associação da positividade de HPV e proteína P16 em amostras de carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço

• Autor(a) principal: Ugalde, Luís Felipe Bortolotto
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
• Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4462
• topic: Papiloma; Reação em cadeia por polimerase; Neoplasias de cabeça e pescoço

INTRODUÇÃO: Os carcinomas de células escamosas (CCE) de cavidade oral e orofaringe têm sido amplamente estudados acerca de sua carcinogênese. Nesse sentido, pesquisas recentes demonstram aumento da incidência da infecção do Papilomavírus Humano (HPV) nesses tumores, o que sugere o papel etiológico do vírus na indução destas neoplasias. OBJETIVO: Determinar o perfil sociodemográfico e clinicopatológico de pacientes com CCE de cavidade oral e orofaringe e avaliar a associação da presença de HPV e expressão de proteína p16 nas amostras tumorais. MÉTODOS: Estudo transversal, no qual foram analisados casos de CCE de cavidade oral e orofaringe em que o diagnóstico ocorreu entre os anos de 2010 a 2016 e cujo exame anatomopatológico foi realizado no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), Passo Fundo RS. Os dados demográficos foram obtidos do prontuário dos pacientes, enquanto as características clinicopatológicas foram coletadas da descrição anatomopatológica. As amostras tumorais foram avaliadas quanto à expressão da proteína p16 pela técnica de imunoistoquímica e quanto à presença de DNA-HPV pela técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR). O teste do qui-quadrado foi utilizado para avaliar a associação entre a expressão proteica, infecção e as variáveis estudadas, e o nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: No período estudado, foram identificados 42 casos de CCE. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (73,8%), com idade média de 58 anos, cor de pele branca (90,5%), tabagista (76,1%) e/ou etilista (64%). Do total, obteve-se superexpressão da proteína p16 em sete casos e o DNA-HPV foi detectado em três amostras. Não houve associação estatística significativa entre essas variáveis. CONCLUSÃO: 7 casos apresentaram superexpressão de proteína p16, e, quanto a detecção positiva de DNA-HPV, 3 casos foram positivos. Estes dois grupos compartilham de semelhanças: perfil mais jovem, tumor com estadiamento avançado e lesões situadas, sobretudo, em orofaringe. Apenas um caso obteve coexistência de superexpressão e detecção de DNA-HPV, enquanto outros dois casos obtiveram a superexpressão com ausência de DNA-HPV e sem histórico de tabagismo. Esta última situação pode ser explicada pela falta de material genético para análise da presença do genoma viral.