Análise de multiresíduos de agrotóxicos e aspectos estruturais de poços de captação de águas subterrâneas utilizadas para o abastecimento público em comunidades rurais de municípios da Região das Missões/RS

• Autor(a) principal: Frank, Jaíne Gabriela
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
• Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3987
• topic: Qualidade da água; Meio ambiente; Zona rural; Pesticidas; Poços; Região Missioneira

A água é um recurso fundamental para manutenção das necessidades básicas do ser humano, portanto, para o abastecimento público, a água deve apresentar ótimos índices de qualidade e potabilidade. No meio rural, comumente utiliza-se água captada de poços subterrâneos, sem tratamento, porém, resíduos de agrotóxicos podem estar presentes neste recurso, devido ao uso intensivo de agrotóxicos nestas áreas. Portanto, o objetivo deste estudo foi determinar resíduos de agrotóxicos em água de poços subterrâneos utilizados para abastecimento público no meio rural em 13 municípios da Região das Missões do estado do Rio Grande do Sul. O procedimento metodológico consistiu na realização de quatro coletas no ano de 2019 correspondentes às quatro estações do ano, em 13 poços subterrâneos da área rural de 13 municípios da Região das Missões/RS. Foram monitorados 24 agrotóxicos: 2,4-D, atrazina, azoxistrobina, bentazona, carbofurano, ciproconazol, clomazone, difenoconazol, epoxiconazol, fipronil, imazapique, imazetapir, malationa, metsulfurom-metílico, penoxsulam, piraclostrobina, pirazossulfurometílico, pirimicarbe, profenofós, propiconazol, simazina, tebuconazol, tiametoxam e trifloxistrobina nas amostras de água por meio de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplado à Espectrometria de Massas (CLAE/EM). Na estação verão identificou-se a presença de pirimicarbe, com concentração mínima 0,099 μg L-1 e máxima 0,182 μg L-1, malationa, com 0,231 μg L-1 e epoxiconazol, com 0,026 μg L-1. Na estação outono foi quantificado azoxistrobina, com concentração mínima 0,049 µg L-1 e máxima 0,418 µg L-1. Na estação inverno foi verificada a presença de atrazina, com concentração mínima 0,017 μg L-1 e máxima 0,846 μg L-1, fipronil, com concentração mínima 0,330 μg L-1 e máxima 2,404 μg L-1, trifloxistrobina, com concentração mínima 0,215 μg L-1 e máxima 0,823 μg L-1, difenoconazol com concentração de 0,109 μg L-1 e profenofós, com concentração de 0,851 μg L-1. Enquanto na primavera não foi quantificado agrotóxicos. Por fim, destaca-se que embora presentes, nenhum dos agrotóxicos apresentou valores acima do limite máximo estabelecido pela Portaria de Consolidação Nº 5/2017 do Ministério da Saúde (MS).