Avaliação da assistência técnica da agricultura familiar no município de Quilombo -SC

• Autor(a) principal: Barp, Douglas
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
• Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4455
• topic: Agricultura familiar; Produção vegetal; Desenvolvimento rural; Economia agrícola

A assistência técnica rural é fundamental para o desenvolvimento da agricultura. Sem informação e conhecimento, os agricultores têm dificuldades para implementar inovações tecnológicas e práticas de manejo mais adequadas ao sucesso de sua atividade. A agricultura familiar é particularmente vulnerável a escassez de assistência técnica, principalmente pública. No estado de Santa Catarina, a agricultura familiar representa aproximadamente 80% dos estabelecimentos agropecuários, tendo grande importância econômica nas cadeias de produção de leite, suínos, aves e grãos. No entanto, somente 50% desses estabelecimentos recebem assistência técnica pública ou privada. O principal objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da assistência técnica prestada à agricultores no Município de Quilombo, SC. Os dados foram coletados no primeiro semestre de 2020 com suporte de um questionário semiestruturado. A amostra foi composta por 15 estabelecimentos da agricultura familiar da comunidade São José, escolhidos aleatoriamente. O estudo identificou que a maior parte das pessoas que residem no meio rural tem idade avançada (>56 anos) e baixo grau de escolaridade. As principais atividades agrícolas são produção de milho, soja e leite, desenvolvidas com mão de obra exclusivamente familiar. Todos os estabelecimentos rurais estudados realizam a proteção de nascentes. O descarte de embalagens de agrotóxicos é realizado conforme recomendação técnica (locais de compra ou pontos de recebimento). Outro aspecto observado quanto ao uso de agrotóxicos foi a falta de treinamento para regulagem de pulverizadores e a escassez de orientação para a introdução de controles menos nocivos ao meio ambiente, como produtos biológicos e armadilhas. Também há escassez de orientação quanto ao uso de EPI, o que pode explicar a baixa adesão dos agricultores - 100% das famílias visitadas não faz uso da proteção adequada para o manejo de agrotóxicos. A maioria das famílias assistidas por cooperativas segue parcialmente a recomendação técnica quanto a dose de agrotóxicos e fertilizantes (motivo: redução de custos), o que é um indicativo do potencial conflito de interesses, uma vez que o técnico da empresa quem faz a recomendação também vende o produto.