Estudo sintático das preposições [PARA] e [A] em construções triargumentais na gramática de Chapecó e região
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS) |
Texto Completo: | https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1924 |
Resumo: | O presente estudo tem como objetivo descrever como se apresenta o uso das preposições [para] e [a] nas construções com verbos triargumentais na gramática dos chapecoenses e região. Diversos estudos sobre o fenômeno foram realizados, dentre eles, Silveira (1999), Berlinck (2007), Liz (2009), Berlinck (2011), TorresMorais (2010,2012), Campos (2010), Chaves (2013) confirmaram uma alternância de uso das preposições citadas com o apagamento da preposição [a] e a recategorização do pronome clítico [lhe]. A alternativa utilizada em lugar da preposição [a] é o uso da preposição [para] e, no lugar do clítico [lhe], os pronomes retos [ele/ela], tendo como consequência a perda de construções dativas categóricas no português brasileiro. Buscou-se, com este estudo, ampliar os contextos analisados e descrever quais os fatores que determinaram a escolha da preposição introdutora de argumento interno preposicionado, especificamente em construções com verbos triargumentais. Para tanto, como arcabouço teórico, seguiram-se os pressupostos da Teoria Gerativa; como metodologia, o corpus constitui-se por dados de dois programas de entrevistas televisivas com falantes de Chapecó e da região Oeste de Santa Catarina. As análises das sentenças produzidas nesses programas revelam uma preferência pela preposição [para] em detrimento de [a], corroborando os resultados de alguns estudos na área que indicam a perda da construção dativa no PB e, em seu lugar, o crescimento do uso de construções com argumento interno preposicionado introduzido por [para]. Do mesmo modo, o pronome clítico [lhe] não está mais presente na gramática do PB, pelos menos não como 3ª pessoa. Em seu lugar, há construções com a preposição [para] e os pronomes [ele/ela], [você], [a gente], entre outros. Algo que contribuiu para a variação das preposições foi as mudanças do quadro pronominal do PB, que explicam, em parte, a perda das construções dativas no PB. Fatores que influenciaram na preferência pelo uso da preposição [para] em relação à preposição [a] foram os valores sintáticos e semânticos da preposição [para], uma vez que assumiu-se, nesse estudo, tratar-se de uma preposição semilexical – termo definido por Littlefield (2006).Em outras palavras, a preposição [para] , ao ser classificada como semilexical, estaria disponível para ocorrer em contextos funcionais de verbos triargumentais. Dessa forma, o PB estaria perdendo o caso dativo e apresentando apenas o caso oblíquo nesses contextos. |
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Buscou-se, com este estudo, ampliar os contextos analisados e descrever quais os fatores que determinaram a escolha da preposição introdutora de argumento interno preposicionado, especificamente em construções com verbos triargumentais. Para tanto, como arcabouço teórico, seguiram-se os pressupostos da Teoria Gerativa; como metodologia, o corpus constitui-se por dados de dois programas de entrevistas televisivas com falantes de Chapecó e da região Oeste de Santa Catarina. As análises das sentenças produzidas nesses programas revelam uma preferência pela preposição [para] em detrimento de [a], corroborando os resultados de alguns estudos na área que indicam a perda da construção dativa no PB e, em seu lugar, o crescimento do uso de construções com argumento interno preposicionado introduzido por [para]. Do mesmo modo, o pronome clítico [lhe] não está mais presente na gramática do PB, pelos menos não como 3ª pessoa. Em seu lugar, há construções com a preposição [para] e os pronomes [ele/ela], [você], [a gente], entre outros. Algo que contribuiu para a variação das preposições foi as mudanças do quadro pronominal do PB, que explicam, em parte, a perda das construções dativas no PB. Fatores que influenciaram na preferência pelo uso da preposição [para] em relação à preposição [a] foram os valores sintáticos e semânticos da preposição [para], uma vez que assumiu-se, nesse estudo, tratar-se de uma preposição semilexical – termo definido por Littlefield (2006).Em outras palavras, a preposição [para] , ao ser classificada como semilexical, estaria disponível para ocorrer em contextos funcionais de verbos triargumentais. Dessa forma, o PB estaria perdendo o caso dativo e apresentando apenas o caso oblíquo nesses contextos.The present study aims at describe how the use of prepositions [para] and [a] in dative or oblique constructions with tri-argumentative verbs in the grammar of the chapecoenses and region is presented. Several studies on the phenomenon were carried out; among them Silveira (1999), Berlinck (2007), Liz (2009), Berlinck (2011), Torres-Morais (2010,2012), Campos (2010), Chaves (2013) confirm an alternation of use of the mentioned prepositions, with the erasure of the preposition [a] and the recategorization of the clitic pronoun [lhe]. The alternative used in place of the preposition [a] is the use of the preposition [para] and, instead of the clitic [lhe], the straight pronouns [ele/ela], resulting in the loss of categorical dative constructions in Brazilian Portuguese. The aim of this study is to broaden the contexts analyzed and to describe the factors that determined the choice of the introductory preposition for prepositional internal arguments, specifically in constructions with tri-argumentative verbs. For this, as a theoretical framework, the assumptions of the Generative Theory are followed; as a methodology, the corpus is constituted by data from two television talk shows with speakers from Chapecó and the Western region of Santa Catarina. The analyzes of the sentences produced in these programs show a preference for the preposition [para] to the detriment of [a], corroborating the results of some studies in the area that indicate the loss of the dative construct in BP and, instead, the growth in the use of constructs with internal prepositional argument introduced by [para]. Likewise, the clitic pronoun [lhe] is no longer present in the grammar of BP, at least not as 3rd person. In its place, there are constructions with the preposition [para] and the pronouns [ele/ela], [você], [a gente], among others. Something that contributed to the variation of the prepositions was the changes of the pronominal frame of the BP, that explain, in part, the loss of the constructions dativas in the BP. Factors that influenced in the preference for the use of the preposition [para] in relation to the preposition [a] were the syntactic and semantic values of the preposition [para], since it was assumed in this study to be a semilexical preposition defined by Littlefield (2006). In other words, the preposition [para], when classified as semilexical, would be available to occur in functional contexts of tri-argumentative verbs. In this way, BP would be losing the dative case and presenting only the oblique case in these contexts.Submitted by Jeferson Rodrigues de Lima (jeferson.lima@uffs.edu.br) on 2018-04-26T17:18:45Z No. of bitstreams: 1 SAMPAIO.pdf: 1529009 bytes, checksum: 5158b2952fb2c270455070b4367cccf4 (MD5)Approved for entry into archive by Diego dos Santos Borba (dborba@uffs.edu.br) on 2018-04-29T12:34:11Z (GMT) No. of bitstreams: 1 SAMPAIO.pdf: 1529009 bytes, checksum: 5158b2952fb2c270455070b4367cccf4 (MD5)Made available in DSpace on 2018-04-29T12:34:11Z (GMT). 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