Biologia floral e reprodutiva de Petunia interior T. Ando & Hashim (SOLANACEAE)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Suzana dos Santos de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4169
Resumo: O gênero Petunia Juss é representado por espécies herbáceas caracterizadas, principalmente, por possuir flores hermafroditas com diferentes cores (brancas, vermelhas e tons púrpuros) e interações com diferentes grupos de polinizadores (mariposas, beija-flores e abelhas). Considerando a existência de interações especializadas entre espécies de Petunia e abelhas oligoléticas, e que a sobrevivência destes insetos depende da conservação de suas plantas preferidas, evidenciamos a necessidade de conhecer e divulgar informações sobre a biologia floral e reprodutiva de Petunia interior, uma espécie, cujas flores são polinizadas por abelhas. O estudo foi realizado em uma área pertencente a Universidade Federal da Fronteira Sul, no município de Cerro Largo (28°08'29.5"S; 54°45'42.2"W), Rio Grande do Sul, Brasil, onde ocorrem populações naturais de P. interior. Foram investigadas: a morfologia floral (medidas dos verticilos florais, número de óvulos e de grãos de pólen/flor, e substâncias presentes no fluído locular da antera), a biologia floral (número de flores abertas por hora, longevidade floral, período de deiscência das anteras, receptividade do estigma, autodeposição espontânea de pólen sobre o estigma, volume e concentração do néctar) e a biologia reprodutiva (modos de reprodução através de experimentos de polinização, e sucesso reprodutivo através da análise das varáveis dos frutos). As flores de P. interior são púrpuras e o pólen é violáceo e coberto por pollenkitt. Além disso, possuem um tubo floral largo e curto que mantém inclusos os estames heterodínamos e o estigma, que apesar de próximos raramente resultaram em autopolinização. A abertura e senescência das flores ocorreram de forma assincrônica e as plantas mantiveram um display floral diário de 16,8 flores/indivíduo. As flores apresentaram um longo período de receptividade estigmática, deiscência gradual das anteras e liberação contínua de baixos volumes de néctar. Quanto ao sistema reprodutivo, apesar do registro de frutos formatos por autogamia (10%), o ISI de 0,9 classificou a espécie como xenogâmica obrigatória. Assim, diante da ausência de déficit de polinização e da qualidade equivalente dos frutos formados no tratamento de polinização cruzada e polinização controle, concluímos que as características florais de P. interior foram essenciais para garantir a atratividade e consequente eficiência dos polinizadores na reprodução dessa espécie. Por fim, ressaltamos que este estudo foi de fundamental importância para conhecer a biologia de P. interior, que por apresentar interações com abelhas especializadas, deve ser alvo de preservação em seus ambientes naturais.
id UFFS_f26727f36ad207ce92cb572941e7b5aa
oai_identifier_str oai:rd.uffs.edu.br:prefix/4169
network_acronym_str UFFS
network_name_str Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
repository_id_str 3924
spelling Santos, Mardiore Tanara Pinheiro dosPelegrin, Carla Maria Garlet deBrito, Vinicius Lourenço Garcia deAgostini, KaynaSouza, Suzana dos Santos de2020-09-012021-05-24T20:52:31Z20212021-05-24T20:52:31Z2020https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4169O gênero Petunia Juss é representado por espécies herbáceas caracterizadas, principalmente, por possuir flores hermafroditas com diferentes cores (brancas, vermelhas e tons púrpuros) e interações com diferentes grupos de polinizadores (mariposas, beija-flores e abelhas). Considerando a existência de interações especializadas entre espécies de Petunia e abelhas oligoléticas, e que a sobrevivência destes insetos depende da conservação de suas plantas preferidas, evidenciamos a necessidade de conhecer e divulgar informações sobre a biologia floral e reprodutiva de Petunia interior, uma espécie, cujas flores são polinizadas por abelhas. O estudo foi realizado em uma área pertencente a Universidade Federal da Fronteira Sul, no município de Cerro Largo (28°08'29.5"S; 54°45'42.2"W), Rio Grande do Sul, Brasil, onde ocorrem populações naturais de P. interior. Foram investigadas: a morfologia floral (medidas dos verticilos florais, número de óvulos e de grãos de pólen/flor, e substâncias presentes no fluído locular da antera), a biologia floral (número de flores abertas por hora, longevidade floral, período de deiscência das anteras, receptividade do estigma, autodeposição espontânea de pólen sobre o estigma, volume e concentração do néctar) e a biologia reprodutiva (modos de reprodução através de experimentos de polinização, e sucesso reprodutivo através da análise das varáveis dos frutos). As flores de P. interior são púrpuras e o pólen é violáceo e coberto por pollenkitt. Além disso, possuem um tubo floral largo e curto que mantém inclusos os estames heterodínamos e o estigma, que apesar de próximos raramente resultaram em autopolinização. A abertura e senescência das flores ocorreram de forma assincrônica e as plantas mantiveram um display floral diário de 16,8 flores/indivíduo. As flores apresentaram um longo período de receptividade estigmática, deiscência gradual das anteras e liberação contínua de baixos volumes de néctar. Quanto ao sistema reprodutivo, apesar do registro de frutos formatos por autogamia (10%), o ISI de 0,9 classificou a espécie como xenogâmica obrigatória. Assim, diante da ausência de déficit de polinização e da qualidade equivalente dos frutos formados no tratamento de polinização cruzada e polinização controle, concluímos que as características florais de P. interior foram essenciais para garantir a atratividade e consequente eficiência dos polinizadores na reprodução dessa espécie. Por fim, ressaltamos que este estudo foi de fundamental importância para conhecer a biologia de P. interior, que por apresentar interações com abelhas especializadas, deve ser alvo de preservação em seus ambientes naturais.The genus Petunia Juss is represented by herbaceous species characterized mainly by having hermaphrodite flowers with different colors (white, red and purple tones) and interactions with different groups of pollinators (hawkmoths, hummingbirds and bees). Considering the existence of specialized interactions between Petunia species and oligolectic bees, and that the survival of these insects depends on the conservation of their favorite plants, we highlight the need to know and disseminate information about the floral and reproductive biology of Petunia interior, a species, whose flowers are pollinated by bees. The study was conducted at the Experimental Station of the Federal University of Southern Frontier, (28°08'29.5"S; 54°45'42.2"W), Cerro Largo, Rio Grande do Sul, Brazil, where natural populations of P. interior occur. Were investigated: floral morphology (measurements of floral whorls, number of ovules and pollen grains/flower, and substances present in the anther's locular fluid), floral biology (number of flowers opened per hour, floral longevity, dehiscence period of the anthers, receptivity of stigma, spontaneous self-deposition of pollen on the stigma, volume and concentration of nectar) and reproductive biology (modes of reproduction through pollination experiments, and reproductive success through the analysis of fruit variables). The flowers of P. interior are purple and the pollen is violet and covered with pollenkitt. In addition, they have a wide and short floral tube that keeps heterodynamic stamens and stigma included, which despite being close to each other rarely resulted in self-pollination. The opening and senescence of the flowers occurred asynchronously and the plants maintained a floral display of 16,8 flowers/individual. The flowers showed a long period of stigmatic receptivity, gradual dehiscence of the anthers and continuous release of low volumes of nectar. Regarding the reproductive system, despite the registration of set fruit by autogamy (10%), the ISI of 0.9 classified the species as obligatory xenogamous. Thus, given the absence of pollination deficit and the equivalent quality of the fruits formed in the treatment of cross-pollination and control pollination, we conclude that the floral characteristics of P. interior were essential to ensure the attractiveness and consequent efficiency of the pollinators in the reproduction of this species. Finally, we emphasize that this study was of fundamental importance to understand the biology of P. interior, which, due to its interactions with specialized bees, should be the target of preservation in its natural environments.Submitted by Jane Lecardelli (jane.lecardelli@uffs.edu.br) on 2021-05-24T20:43:07Z No. of bitstreams: 1 SOUZA.pdf: 1362928 bytes, checksum: 24aa995f4ad1e0c5b959d0d35fc3fe8f (MD5)Approved for entry into archive by Franciele Scaglioni da Cruz (franciele.cruz@uffs.edu.br) on 2021-05-24T20:52:31Z (GMT) No. of bitstreams: 1 SOUZA.pdf: 1362928 bytes, checksum: 24aa995f4ad1e0c5b959d0d35fc3fe8f (MD5)Made available in DSpace on 2021-05-24T20:52:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 SOUZA.pdf: 1362928 bytes, checksum: 24aa995f4ad1e0c5b959d0d35fc3fe8f (MD5) Previous issue date: 2020porUniversidade Federal da Fronteira SulPrograma de Pós-Graduação em Ambiente e Tecnologias SustentáveisUFFSBrasilCampus Cerro LargoBiologia vegetalReprodução vegetalFloresPetuniaPolinizaçãoBiologia floral e reprodutiva de Petunia interior T. Ando & Hashim (SOLANACEAE)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)instname:Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)instacron:UFFSLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://rd.uffs.edu.br:8443/bitstream/prefix/4169/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ORIGINALSOUZA.pdfSOUZA.pdfapplication/pdf1362928https://rd.uffs.edu.br:8443/bitstream/prefix/4169/1/SOUZA.pdf24aa995f4ad1e0c5b959d0d35fc3fe8fMD51prefix/41692021-09-29 15:20:42.099oai:rd.uffs.edu.br:prefix/4169TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://rd.uffs.edu.br/oai/requestopendoar:39242021-09-29T18:20:42Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS) - Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Biologia floral e reprodutiva de Petunia interior T. Ando & Hashim (SOLANACEAE)
title Biologia floral e reprodutiva de Petunia interior T. Ando & Hashim (SOLANACEAE)
spellingShingle Biologia floral e reprodutiva de Petunia interior T. Ando & Hashim (SOLANACEAE)
Souza, Suzana dos Santos de
Biologia vegetal
Reprodução vegetal
Flores
Petunia
Polinização
title_short Biologia floral e reprodutiva de Petunia interior T. Ando & Hashim (SOLANACEAE)
title_full Biologia floral e reprodutiva de Petunia interior T. Ando & Hashim (SOLANACEAE)
title_fullStr Biologia floral e reprodutiva de Petunia interior T. Ando & Hashim (SOLANACEAE)
title_full_unstemmed Biologia floral e reprodutiva de Petunia interior T. Ando & Hashim (SOLANACEAE)
title_sort Biologia floral e reprodutiva de Petunia interior T. Ando & Hashim (SOLANACEAE)
author Souza, Suzana dos Santos de
author_facet Souza, Suzana dos Santos de
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Santos, Mardiore Tanara Pinheiro dos
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Pelegrin, Carla Maria Garlet de
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Brito, Vinicius Lourenço Garcia de
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Agostini, Kayna
dc.contributor.author.fl_str_mv Souza, Suzana dos Santos de
contributor_str_mv Santos, Mardiore Tanara Pinheiro dos
Pelegrin, Carla Maria Garlet de
Brito, Vinicius Lourenço Garcia de
Agostini, Kayna
dc.subject.por.fl_str_mv Biologia vegetal
Reprodução vegetal
Flores
Petunia
Polinização
topic Biologia vegetal
Reprodução vegetal
Flores
Petunia
Polinização
description O gênero Petunia Juss é representado por espécies herbáceas caracterizadas, principalmente, por possuir flores hermafroditas com diferentes cores (brancas, vermelhas e tons púrpuros) e interações com diferentes grupos de polinizadores (mariposas, beija-flores e abelhas). Considerando a existência de interações especializadas entre espécies de Petunia e abelhas oligoléticas, e que a sobrevivência destes insetos depende da conservação de suas plantas preferidas, evidenciamos a necessidade de conhecer e divulgar informações sobre a biologia floral e reprodutiva de Petunia interior, uma espécie, cujas flores são polinizadas por abelhas. O estudo foi realizado em uma área pertencente a Universidade Federal da Fronteira Sul, no município de Cerro Largo (28°08'29.5"S; 54°45'42.2"W), Rio Grande do Sul, Brasil, onde ocorrem populações naturais de P. interior. Foram investigadas: a morfologia floral (medidas dos verticilos florais, número de óvulos e de grãos de pólen/flor, e substâncias presentes no fluído locular da antera), a biologia floral (número de flores abertas por hora, longevidade floral, período de deiscência das anteras, receptividade do estigma, autodeposição espontânea de pólen sobre o estigma, volume e concentração do néctar) e a biologia reprodutiva (modos de reprodução através de experimentos de polinização, e sucesso reprodutivo através da análise das varáveis dos frutos). As flores de P. interior são púrpuras e o pólen é violáceo e coberto por pollenkitt. Além disso, possuem um tubo floral largo e curto que mantém inclusos os estames heterodínamos e o estigma, que apesar de próximos raramente resultaram em autopolinização. A abertura e senescência das flores ocorreram de forma assincrônica e as plantas mantiveram um display floral diário de 16,8 flores/indivíduo. As flores apresentaram um longo período de receptividade estigmática, deiscência gradual das anteras e liberação contínua de baixos volumes de néctar. Quanto ao sistema reprodutivo, apesar do registro de frutos formatos por autogamia (10%), o ISI de 0,9 classificou a espécie como xenogâmica obrigatória. Assim, diante da ausência de déficit de polinização e da qualidade equivalente dos frutos formados no tratamento de polinização cruzada e polinização controle, concluímos que as características florais de P. interior foram essenciais para garantir a atratividade e consequente eficiência dos polinizadores na reprodução dessa espécie. Por fim, ressaltamos que este estudo foi de fundamental importância para conhecer a biologia de P. interior, que por apresentar interações com abelhas especializadas, deve ser alvo de preservação em seus ambientes naturais.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-09-01
dc.date.issued.fl_str_mv 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-05-24T20:52:31Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021
2021-05-24T20:52:31Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4169
url https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4169
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Fronteira Sul
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Tecnologias Sustentáveis
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFFS
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Campus Cerro Largo
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Fronteira Sul
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
instname:Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)
instacron:UFFS
instname_str Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)
instacron_str UFFS
institution UFFS
reponame_str Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
collection Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
bitstream.url.fl_str_mv https://rd.uffs.edu.br:8443/bitstream/prefix/4169/2/license.txt
https://rd.uffs.edu.br:8443/bitstream/prefix/4169/1/SOUZA.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
24aa995f4ad1e0c5b959d0d35fc3fe8f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS) - Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799765405537927168