A admirável arte dos quadrinhos: uma análise realista da ficção através da interpretação ficcionalizada da realidade na Graphic Novel V de Vingança

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baccin, Diego José
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3842
Resumo: No princípio, o que era considerado arte eram as manifestações relacionadas a dança, escultura, literatura, música, pintura e teatro. Depois, ao cinema, e foram surgindo outras. As Histórias em Quadrinhos são a nona arte. Com essa advertência, apresento a análise e a interpretação realizada da Graphic Novel V de Vingança, de Alan Moore e David Lloyd, sob os critérios perceptivos de Will Eisner e Scott McCloud, na compreensão dessa arte como sendo uma linguagem narrativa gráfica, um sistema idiomático que combina de forma justaposta e em sequência deliberada, imagens e palavras, com a intenção de comunicar algo. Compreendo os quadrinhos dessa forma e esse princípio permeia todo o problema proposto, que é entender de que modo a máscara oriunda da Graphic Novel V de Vingança, utilizada pelo libertário anarquista codinome “V”, foi objeto de uma apropriação simbólica representativa de contestação social. Realizo tal empreendimento analisando o contexto de desenvolvimento dos quadrinhos enquanto Arte Sequencial, demonstrando, em V de Vingança, a sua estrutura idiomática, seu conteúdo interpretável e o uso que o artefato cultural máscara de Guy Fawkes obteve principalmente entre 2008 a 2013. Para ler V de Vingança, foi utilizado o método proposto por Umberto Eco de análise da circularidade entre texto, contexto e intertextualidade perante a articulação de um conhecimento enciclopédico. Demonstrei, com isso, um processo de decodificação da história, mas, mais do que isso, a compreensão de seu conteúdo teórico, libertário e anarquista mediante a análise do personagem “V”. A isso, se agregou a apreciação crítica da máscara utilizada em diversas manifestações e por inúmeros manifestantes em diferentes partes do mundo – também atingindo notoriedade no Brasil –, devido à sua utilização nos eventos de 2013, conhecidos como Jornadas de Junho.
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Compreendo os quadrinhos dessa forma e esse princípio permeia todo o problema proposto, que é entender de que modo a máscara oriunda da Graphic Novel V de Vingança, utilizada pelo libertário anarquista codinome “V”, foi objeto de uma apropriação simbólica representativa de contestação social. Realizo tal empreendimento analisando o contexto de desenvolvimento dos quadrinhos enquanto Arte Sequencial, demonstrando, em V de Vingança, a sua estrutura idiomática, seu conteúdo interpretável e o uso que o artefato cultural máscara de Guy Fawkes obteve principalmente entre 2008 a 2013. Para ler V de Vingança, foi utilizado o método proposto por Umberto Eco de análise da circularidade entre texto, contexto e intertextualidade perante a articulação de um conhecimento enciclopédico. Demonstrei, com isso, um processo de decodificação da história, mas, mais do que isso, a compreensão de seu conteúdo teórico, libertário e anarquista mediante a análise do personagem “V”. A isso, se agregou a apreciação crítica da máscara utilizada em diversas manifestações e por inúmeros manifestantes em diferentes partes do mundo – também atingindo notoriedade no Brasil –, devido à sua utilização nos eventos de 2013, conhecidos como Jornadas de Junho.In the beginning, what was considered art were the manifestations related to dance, sculpture, literature, music, painting and theater. Then to the movies, and other things came up. Comics are the ninth art. With this caveat, I present the analysis and interpretation of the Novel Novel V of Revenge, by Alan Moore and David Lloyd, under the perceptive criteria of Will Eisner and Scott McCloud, in understanding this art as being a graphic narrative language, an idiomatic system which combines juxtaposed and deliberate sequence images and words with the intention of communicating something. I understand the comics in this way and this principle permeates the whole problem proposed, which is to understand how the mask originated from the Graphic Novel V of Vendetta, used by the anarchist libertarian codenamed "V", was object of a representative symbolic appropriation of social contestation. I carry out such an undertaking by analyzing the context of the development of comics as Sequential Art, demonstrating, in V for Vendetta, its idiomatic structure, its interpretable content and the use that the cultural artifact Mask of Guy Fawkes obtained mainly between 2008 and 2013. To read V of Vendetta, the method proposed by Umberto Eco was used to analyze the circularity between text, context and intertextuality before the articulation of an encyclopedic knowledge. I demonstrated, therefore, a process of decoding history, but more than that, the understanding of its theoretical content, libertarian and anarchist through the analysis of the character "V." Added to this was the critical appreciation of the mask used in various demonstrations and by numerous protesters in different parts of the world - also reaching notoriety in Brazil - due to its use in the events of 2013, known as Days of June.Submitted by Tania Ivani Rokohl (tania.rokohl@uffs.edu.br) on 2020-10-31T21:04:19Z No. of bitstreams: 1 BACCIN.pdf: 11741482 bytes, checksum: 9141d8b0cbfced70ad0cc3c46eb32e29 (MD5)Approved for entry into archive by Franciele Scaglioni da Cruz (franciele.cruz@uffs.edu.br) on 2020-11-27T13:26:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1 BACCIN.pdf: 11741482 bytes, checksum: 9141d8b0cbfced70ad0cc3c46eb32e29 (MD5)Made available in DSpace on 2020-11-27T13:26:17Z (GMT). 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