Liberdade e Natureza : o problema da finitude e infinitude da vontade na Introdução da Filosofia do Direito de Hegel

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RAMALHO, Julia Sebba
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFG
dARK ID: ark:/38995/00130000031kt
Texto Completo: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/775
Resumo: This study is an analysis of the development of the concept of free will in the introduction of Hegel's Philosophy of Law. In this text, Hegel discusses the concept of will in three figures (Gestalt) or three levels (Stufen), which are the natural will, free will and free will in and of itself. The first two figures reveal finitely freedom, while the latter expresses it so infinite. Therefore, the analysis of the development of these levels will focus on the problem of finitude and infinitude of manifestation and realization of freedom in the objective world of the spirit. The problem of this theme, in fact, is that the will, as a moment (Moment) of self-determination of free spirit, by its nature has the presupposition and starting point. Thus, to investigate the issue of freedom of the will in their different ways of expression, is to investigate, first of all, the relationship between freedom and nature, or rather, is to investigate the relationship between self-determination of the will with its contents volitional natural such as desires and inclinations. Therefore, the analysis of this thesis uses the theming of Hegel made in the Philosophy of Subjective Spirit, where the philosopher addresses the relationship between speculative nature and free spirit. The interpretative hypothesis argues that this work is the assertion that the problem of the finitude of freedom does not respect the fact that the will to self-determine content for natural, therefore, in Hegel, we can find a holistic consideration of the relationship between freedom and nature. Therefore, both the finite modes of development of freedom of will, and in its full and infinite mode, wanting to seek satisfaction is determined by content coming from nature, without thereby cease to be free and autonomous. Thus, this paper will seek to show that Hegel's conception of free will is not a purist design, which sought to establish the world's human spirit by exclusion of its relationship with the natural.
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Therefore, the analysis of the development of these levels will focus on the problem of finitude and infinitude of manifestation and realization of freedom in the objective world of the spirit. The problem of this theme, in fact, is that the will, as a moment (Moment) of self-determination of free spirit, by its nature has the presupposition and starting point. Thus, to investigate the issue of freedom of the will in their different ways of expression, is to investigate, first of all, the relationship between freedom and nature, or rather, is to investigate the relationship between self-determination of the will with its contents volitional natural such as desires and inclinations. Therefore, the analysis of this thesis uses the theming of Hegel made in the Philosophy of Subjective Spirit, where the philosopher addresses the relationship between speculative nature and free spirit. The interpretative hypothesis argues that this work is the assertion that the problem of the finitude of freedom does not respect the fact that the will to self-determine content for natural, therefore, in Hegel, we can find a holistic consideration of the relationship between freedom and nature. Therefore, both the finite modes of development of freedom of will, and in its full and infinite mode, wanting to seek satisfaction is determined by content coming from nature, without thereby cease to be free and autonomous. Thus, this paper will seek to show that Hegel's conception of free will is not a purist design, which sought to establish the world's human spirit by exclusion of its relationship with the natural.O presente trabalho é uma análise do desenvolvimento do conceito de vontade livre na Introdução da Filosofia do Direito de Hegel. Neste texto, Hegel aborda o conceito de vontade segundo três figuras (Gestalt) ou três níveis (Stufen), que são a vontade natural, o livre arbitrio e a vontade livre em si e para si. As duas primeiras figuras manifestam a liberdade finitamente, enquanto a última manifesta-a de modo infinito. Portanto, a análise do desenvolvimento destes níveis se centrará sobre o problema da finitude e infinitude da manifestação e realização da liberdade no mundo objetivo do espírito. O problema próprio deste tema, com efeito, é que a vontade, enquanto momento (Moment) de autodeterminação do espírito livre, tem a natureza por sua pressuposição e ponto de partida. Dessa maneira, investigar o tema da liberdade da vontade, em seus diferentes modos de manifestação, é investigar, antes de tudo, a relação entre liberdade e natureza, ou melhor, é investigar a relação entre a autodeterminação do querer com seus conteúdos volitivos naturais, tais como desejos e inclinações. Por isso, a análise da presente Dissertação recorre à tematização de Hegel feita na Filosofia do Espírito Subjetivo, onde o filósofo aborda a relação especulativa entre espírito livre e natureza. A hipótese interpretativa que defende este trabalho é a afirmação de que o problema da finitude da liberdade não concerne ao fato de a vontade de se auto-determinar por conteúdos naturais, pois, em Hegel, podemos encontrar uma consideração holística sobre a relação entre liberdade e natureza. Portanto, tanto nos modos finitos do desenvolvimento da liberdade da vontade, quanto em seu modo infinito e pleno, o querer busca satisfação, se determinando por conteúdos provindos da natureza, sem que por isso deixe de ser livre e autônomo. Desse modo, o presente trabalho procurará mostrar que a concepção de Hegel sobre a vontade livre não é uma concepção purista, que procurasse fundar o mundo humano do espírito por exclusão de sua relação com a naturalidade.Made available in DSpace on 2014-07-29T15:06:24Z (GMT). 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