DE HANNAH ARENDT A KARL MARX: O NOVO E PRECÁRIO MUNDO DO TRABALHO, NO SÉCULO XXI
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Poíesis Pedagógica |
Texto Completo: | https://www.revistas.ufg.br/poiesis/article/view/40104 |
Resumo: | A partir dos conceitos de ação, trabalho e labor Hannah Arendt elaborou uma das críticas mais contundentes aos pressupostos de Marx e à sua interpretação da sociedade moderna. Esses pressupostos de Arendt são apresentados a partir do ideário liberal e da tradição antiga que, em sua concepção, apontam para a glorificação do trabalho no âmbito da modernidade capitalista. No presente artigo procuramos demonstrar que a argumentação teórica da autora não se sustenta ao equiparar o estatuto do trabalho de Marx ao da Economia Política clássica, reduzindo a teoria social marxiana aos fundamentos teóricos do liberalismo que legitimam a propriedade privada a partir da defesa da “produtividade natural” do trabalho. Arendt desconsidera, assim, não apenas a crítica de Marx à Economia Política, como o cerne de seu projeto de emancipação do homem: a abolição da propriedade privada e do trabalho alienado. Somos da opinião de que a classe trabalhadora no século XXI, em plena era da globalização, é mais fragmentada, mais heterogênea e ainda mais diversificada. Pode-se constatar, neste processo, uma perda significativa de direitos e de sentidos, em sintonia com o caráter destrutivo do capital vigente. O sistema de metabolismo, sob controle do capital, tornou o trabalho ainda mais precarizado, por meio das formas de subempregado, desempregado, intensificando os níveis de exploração para aqueles que trabalham. |
id |
UFG-9_93c24aa4d695b1b4142c40644656f9af |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.ufg.br:article/40104 |
network_acronym_str |
UFG-9 |
network_name_str |
Poíesis Pedagógica |
repository_id_str |
|
spelling |
DE HANNAH ARENDT A KARL MARX: O NOVO E PRECÁRIO MUNDO DO TRABALHO, NO SÉCULO XXIA partir dos conceitos de ação, trabalho e labor Hannah Arendt elaborou uma das críticas mais contundentes aos pressupostos de Marx e à sua interpretação da sociedade moderna. Esses pressupostos de Arendt são apresentados a partir do ideário liberal e da tradição antiga que, em sua concepção, apontam para a glorificação do trabalho no âmbito da modernidade capitalista. No presente artigo procuramos demonstrar que a argumentação teórica da autora não se sustenta ao equiparar o estatuto do trabalho de Marx ao da Economia Política clássica, reduzindo a teoria social marxiana aos fundamentos teóricos do liberalismo que legitimam a propriedade privada a partir da defesa da “produtividade natural” do trabalho. Arendt desconsidera, assim, não apenas a crítica de Marx à Economia Política, como o cerne de seu projeto de emancipação do homem: a abolição da propriedade privada e do trabalho alienado. Somos da opinião de que a classe trabalhadora no século XXI, em plena era da globalização, é mais fragmentada, mais heterogênea e ainda mais diversificada. Pode-se constatar, neste processo, uma perda significativa de direitos e de sentidos, em sintonia com o caráter destrutivo do capital vigente. O sistema de metabolismo, sob controle do capital, tornou o trabalho ainda mais precarizado, por meio das formas de subempregado, desempregado, intensificando os níveis de exploração para aqueles que trabalham.Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão2016-03-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.ufg.br/poiesis/article/view/4010410.5216/rpp.v13i2.40104Poíesis Pedagógica; v. 13 n. 2 (2015): Poíesis Pedagógica; 66-862178-44421679-2319reponame:Poíesis Pedagógicainstname:Universidade Federal de Goiás (UFG)instacron:UFGporhttps://www.revistas.ufg.br/poiesis/article/view/40104/20496Copyright (c) 2016 Poíesis Pedagógicainfo:eu-repo/semantics/openAccessSoares, José de Lima2016-03-29T13:53:17ZRevistahttps://www.revistas.ufg.br/poiesisPUB |
dc.title.none.fl_str_mv |
DE HANNAH ARENDT A KARL MARX: O NOVO E PRECÁRIO MUNDO DO TRABALHO, NO SÉCULO XXI |
title |
DE HANNAH ARENDT A KARL MARX: O NOVO E PRECÁRIO MUNDO DO TRABALHO, NO SÉCULO XXI |
spellingShingle |
DE HANNAH ARENDT A KARL MARX: O NOVO E PRECÁRIO MUNDO DO TRABALHO, NO SÉCULO XXI Soares, José de Lima |
title_short |
DE HANNAH ARENDT A KARL MARX: O NOVO E PRECÁRIO MUNDO DO TRABALHO, NO SÉCULO XXI |
title_full |
DE HANNAH ARENDT A KARL MARX: O NOVO E PRECÁRIO MUNDO DO TRABALHO, NO SÉCULO XXI |
title_fullStr |
DE HANNAH ARENDT A KARL MARX: O NOVO E PRECÁRIO MUNDO DO TRABALHO, NO SÉCULO XXI |
title_full_unstemmed |
DE HANNAH ARENDT A KARL MARX: O NOVO E PRECÁRIO MUNDO DO TRABALHO, NO SÉCULO XXI |
title_sort |
DE HANNAH ARENDT A KARL MARX: O NOVO E PRECÁRIO MUNDO DO TRABALHO, NO SÉCULO XXI |
author |
Soares, José de Lima |
author_facet |
Soares, José de Lima |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Soares, José de Lima |
description |
A partir dos conceitos de ação, trabalho e labor Hannah Arendt elaborou uma das críticas mais contundentes aos pressupostos de Marx e à sua interpretação da sociedade moderna. Esses pressupostos de Arendt são apresentados a partir do ideário liberal e da tradição antiga que, em sua concepção, apontam para a glorificação do trabalho no âmbito da modernidade capitalista. No presente artigo procuramos demonstrar que a argumentação teórica da autora não se sustenta ao equiparar o estatuto do trabalho de Marx ao da Economia Política clássica, reduzindo a teoria social marxiana aos fundamentos teóricos do liberalismo que legitimam a propriedade privada a partir da defesa da “produtividade natural” do trabalho. Arendt desconsidera, assim, não apenas a crítica de Marx à Economia Política, como o cerne de seu projeto de emancipação do homem: a abolição da propriedade privada e do trabalho alienado. Somos da opinião de que a classe trabalhadora no século XXI, em plena era da globalização, é mais fragmentada, mais heterogênea e ainda mais diversificada. Pode-se constatar, neste processo, uma perda significativa de direitos e de sentidos, em sintonia com o caráter destrutivo do capital vigente. O sistema de metabolismo, sob controle do capital, tornou o trabalho ainda mais precarizado, por meio das formas de subempregado, desempregado, intensificando os níveis de exploração para aqueles que trabalham. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-03-29 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.ufg.br/poiesis/article/view/40104 10.5216/rpp.v13i2.40104 |
url |
https://www.revistas.ufg.br/poiesis/article/view/40104 |
identifier_str_mv |
10.5216/rpp.v13i2.40104 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.ufg.br/poiesis/article/view/40104/20496 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2016 Poíesis Pedagógica info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2016 Poíesis Pedagógica |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão |
dc.source.none.fl_str_mv |
Poíesis Pedagógica; v. 13 n. 2 (2015): Poíesis Pedagógica; 66-86 2178-4442 1679-2319 reponame:Poíesis Pedagógica instname:Universidade Federal de Goiás (UFG) instacron:UFG |
instname_str |
Universidade Federal de Goiás (UFG) |
instacron_str |
UFG |
institution |
UFG |
reponame_str |
Poíesis Pedagógica |
collection |
Poíesis Pedagógica |
repository.name.fl_str_mv |
|
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1733086329785286656 |