Des-encobrindo a América Latina: o re-existir e o in-surgir de Abya Yala – educação do campo, decolonialidade e pedagogias de resistência no Brasil
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFGD |
Texto Completo: | http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5381 |
Resumo: | A educação no meio rural, muito negligenciada pelo Estado brasileiro, fundamenta-se, quando ofertada, na lógica de um passado colonial que impôs a cultura e o conhecimento dos povos dominantes, os europeus, autointitulados como "superiores", àqueles povos em que a identidade, a cultura e o conhecimento se manifestavam distintos, rotulados como "inferiores". Historicamente, a educação hegemônica ofertada no meio rural além de ter como base um pensamento latifundista de dominação política sobre a terra e os povos que vivem nela e a primazia pelo produtivismo latifundiário, vincula-se também a um modelo de educação importado de currículos educacionais urbanos que não representam a identidade, a cultura, a diversidade, a realidade e as necessidades dos sujeitos do campo. Essa educação, conceituada como paradigma da Educação Rural, reforça a dicotomia rural-urbano e estigmatiza o campo como o "resto" da cidade, lugar atrasado, subdesenvolvido, inferior e, mais recentemente, como território do agronegócio. Como proposta contra-hegemônica à Educação Rural insurge, dos movimentos sociais camponeses, o Movimento por uma Educação do Campo na década de 1990. A Educação do Campo é um paradigma educacional que se constrói a partir da práxis do homem e da mulher do campo na luta pela terra e se desenvolve a partir da concepção do campo como um território de lutas políticas, de reflexões sociais e espaço-território dos sujeitos camponeses que têm identidade e cultura próprias, tradições e costumes diversos. A partir disso, a presente pesquisa busca compreender: a) as colonialidades existentes na educação ofertada para o meio rural e b) a Educação do Campo como um projeto decolonial do campo. Para isso, a pesquisa conta com a lente teórica dos Estudos Decoloniais Latino-Americanos e de autores que pensam a luta pela terra, a emancipação camponesa e a Educação do Campo no Brasil. Esta pesquisa é uma pesquisa qualitativa descritivo-exploratória. Por fim, conclui-se que sim, a Educação do Campo também é um projeto decolonial do campo porque traz em seu cerne o pensamento e a práxis decoloniais tais como a resistência e a luta pela libertação, a desobediência política e epistêmica de uma reflexão autêntica e crítica da realidade a partir e desde o lugar subalterno (o campo do campesinato); a afirmação do lugar subalterno enquanto lugar de produção de conhecimento e cultura; a superação de dicotomias (rural-urbano); a humanização dos povos e indivíduos subalternos (os camponeses); a libertação da terra e dos povos do campo das relações de desumanização e opressão; o desenvolvimento de pedagogias de resistência e a proposição de sociedades outras. |
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Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Relações Internacionais) – Faculdade de Direito e Relações Internacionais, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2021.http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5381A educação no meio rural, muito negligenciada pelo Estado brasileiro, fundamenta-se, quando ofertada, na lógica de um passado colonial que impôs a cultura e o conhecimento dos povos dominantes, os europeus, autointitulados como "superiores", àqueles povos em que a identidade, a cultura e o conhecimento se manifestavam distintos, rotulados como "inferiores". Historicamente, a educação hegemônica ofertada no meio rural além de ter como base um pensamento latifundista de dominação política sobre a terra e os povos que vivem nela e a primazia pelo produtivismo latifundiário, vincula-se também a um modelo de educação importado de currículos educacionais urbanos que não representam a identidade, a cultura, a diversidade, a realidade e as necessidades dos sujeitos do campo. Essa educação, conceituada como paradigma da Educação Rural, reforça a dicotomia rural-urbano e estigmatiza o campo como o "resto" da cidade, lugar atrasado, subdesenvolvido, inferior e, mais recentemente, como território do agronegócio. Como proposta contra-hegemônica à Educação Rural insurge, dos movimentos sociais camponeses, o Movimento por uma Educação do Campo na década de 1990. A Educação do Campo é um paradigma educacional que se constrói a partir da práxis do homem e da mulher do campo na luta pela terra e se desenvolve a partir da concepção do campo como um território de lutas políticas, de reflexões sociais e espaço-território dos sujeitos camponeses que têm identidade e cultura próprias, tradições e costumes diversos. A partir disso, a presente pesquisa busca compreender: a) as colonialidades existentes na educação ofertada para o meio rural e b) a Educação do Campo como um projeto decolonial do campo. Para isso, a pesquisa conta com a lente teórica dos Estudos Decoloniais Latino-Americanos e de autores que pensam a luta pela terra, a emancipação camponesa e a Educação do Campo no Brasil. Esta pesquisa é uma pesquisa qualitativa descritivo-exploratória. Por fim, conclui-se que sim, a Educação do Campo também é um projeto decolonial do campo porque traz em seu cerne o pensamento e a práxis decoloniais tais como a resistência e a luta pela libertação, a desobediência política e epistêmica de uma reflexão autêntica e crítica da realidade a partir e desde o lugar subalterno (o campo do campesinato); a afirmação do lugar subalterno enquanto lugar de produção de conhecimento e cultura; a superação de dicotomias (rural-urbano); a humanização dos povos e indivíduos subalternos (os camponeses); a libertação da terra e dos povos do campo das relações de desumanização e opressão; o desenvolvimento de pedagogias de resistência e a proposição de sociedades outras.La educación en las zonas rurales, muy descuidada por el Estado brasileño, se basa, cuando se ofrece, en la lógica de un pasado colonial que impuso la cultura y el conocimiento de los pueblos dominantes, los europeos, autodenominados como "superiores", a esos pueblos. en quien la identidad, la cultura y el conocimiento se manifestaron distintos, etiquetados como "inferiores". Históricamente, la educación hegemónica que se ofrece en el medio rural, además de basarse en un pensamiento latifundista de dominación política sobre la tierra y los pueblos que la habitan y la primacía del productivismo terrateniente, también está ligada a un modelo educativo importado de la educación urbana. currículos que no representen la identidad, cultura, diversidad, realidad y necesidades de los sujetos rurales. Esta educación, conceptualizada como paradigma de la Educación Rural, refuerza la dicotomía rural-urbana y estigmatiza al campo como el "resto" de la ciudad, un lugar atrasado, subdesarrollado, inferior y, más recientemente, como un territorio de agronegocios. Como propuesta contrahegemónica a la Educación Rural, el Movimiento por la Educación Rural surgió de los movimientos sociales campesinos en la década de 1990. La Educación Rural es un paradigma educativo que se construye desde la praxis del hombre y la mujer del campo en la lucha por la tierra y se desarrolla a partir de la concepción del campo como territorio de luchas políticas, reflexiones sociales y espacio-territorio de sujetos campesinos que tienen identidad y cultura propias, tradiciones y costumbres distintas. A partir de esto, esta investigación busca comprender: a) las colonialidades existentes en la educación ofrecida al medio rural yb) la Educación Rural como proyecto descolonial del campo. Para ello, la investigación tiene la lente teórica de Estudios Decoloniales Latinoamericanos y autores que piensan sobre la lucha por la tierra, la emancipación campesina y la Educación Rural en Brasil. Esta investigación es una investigación cualitativa descriptiva-exploratoria. Finalmente, se concluye que sí, la Educación Rural es también un proyecto rural descolonial porque trae en su núcleo el pensamiento y la praxis descolonial como la resistencia y la lucha por la liberación, la desobediencia política y epistémica de una auténtica reflexión y crítica de la realidad desde y desde el lugar subordinado (el campo del campesinado); la afirmación del lugar subordinado como lugar de producción de conocimiento y cultura; superación de dicotomías (rural-urbano); la humanización de los pueblos e individuos subalternos (los campesinos); la liberación de la tierra y los pueblos del campo de relaciones de deshumanización y opresión; el desarrollo de las pedagogías de resistencia y la propuesta de otras sociedades.Education in rural areas, much neglected by the Brazilian State, is based, when offered, on the logic of a colonial past that imposed the culture and knowledge of the dominant peoples, the Europeans, self-styled as "superior", to those peoples in whom the identity, culture and knowledge manifested themselves distinct, labeled as "inferior". Historically, the hegemonic education offered in rural areas, in addition to being based on a latifundist thought of political domination over the land and the peoples who live on it and the primacy of landowner productivism, is also linked to an education model imported from urban educational curricula that do not represent the identity, culture, diversity, reality and needs of rural subjects. This education, conceptualized as a paradigm of Rural Education, reinforces the rural-urban dichotomy and stigmatizes the countryside as the "rest" of the city, a backward, underdeveloped, inferior place and, more recently, as a territory of agribusiness. As a counterhegemonic proposal to Rural Education, the Movement for Rural Education in the 1990s emerged from peasant social movements. Rural Education is an educational paradigm that is built from the praxis of rural men and women in struggle for land and develops from the concept of the countryside as a territory of political struggles, social reflections and spaceterritory of peasant subjects who have their own identity and culture, traditions and different customs. From this, this research seeks to understand: a) the existing colonialities in the education offered to the rural environment and b) the Rural Education as a decolonial project of the countryside. For this, the research has the theoretical lens of Latin American Decolonial Studies and authors who think about the struggle for land, peasant emancipation and Rural Education in Brazil. This research is a descriptive-exploratory qualitative research. Finally, it is concluded that yes, Rural Education is also a decolonial rural project because it brings at its core decolonial thinking and praxis such as resistance and the struggle for liberation, political and epistemic disobedience of an authentic reflection and critique of reality from and from the subordinate place (the field of the peasantry); the affirmation of the subordinate place as a place of production of knowledge and culture; overcoming dichotomies (rural-urban); the humanization of subaltern peoples and individuals (the peasants); the liberation of the land and the peoples of the countryside from relations of dehumanization and oppression; the development of resistance pedagogies and the proposition of other societies.Submitted by Marcos Pimentel (marcospimentel@ufgd.edu.br) on 2023-04-05T19:46:52Z No. of bitstreams: 1 IsraelFerreiraMachado.pdf: 969406 bytes, checksum: 524a7cbe991145c2ee0856387909f907 (MD5)Made available in DSpace on 2023-04-05T19:46:52Z (GMT). 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