Avaliação da atividade antibiofilme do óleo essencial de Protium heptaphyllum

• Autor(a) principal: Valiente, Anna Carolina Miltos
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
• Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4839
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA; Biofilmes; Patógeno; Acinetobacter baumannii; Protium heptaphyllum; Biofilms; Pathogen

O controle à infecções causadas por Acinetobacter baumannii multirresistente ainda é um desafio para a saúde pública, uma vez que esse patógeno possui mecanismos intrínsecos e adquiridos de resistência, além de estar envolvido com aumento de taxa de morbidade e mortalidade principalmente em ambiente hospitalar. A Organização Mundial da Saúde designou A. baumannii resistentes a carbapenêmicos como grupo prioritário para pesquisa que visem o controle de sua disseminação bem como para o desenvolvimento de novos antibióticos capazes de controlar a infecção causada por este patógeno. O objetivo desse estudo foi avaliar a atividade antibiofilme do óleo essencial de Protium heptaphyllum (Breu branco) frente a isolados clínicos de A. baumannii multirresistente. Para a formação da unidade formadora de colônia (UFC), a diluição foi realizada em 1:100 (v/v) de culturas crescidas por 20 h de 8 cepas de A. baumannii multirresistente e apresentaram uma concentração de 8x105 - 2,3 x106 ufc.mL-1 . A capacidade de formação de biofilme entre as cepas foi determinada em três meios de culturas: Infusão de cérebro e coração (Brain Heart Infusion, BHI), Caldo Mueller Hinton (MH) e Caldo de Soja Triptonada (Trypticase Soy Broth, TSB). Foi determinada a concentração inibitória mínima (CIM) do óleo de P. heptaphyllum contra as cepas de A. baumannii multirresistente através da microdiluição em caldo MH. Observou-se também que houve uma maior tendência de formação de biofilme no meio BHI, e uma menor tendência de formação de biofilmes em meio TSB, sugerindo que diferenças em nutrientes podem influenciar a formação de biofilmes. O crescimento planctônico e a formação de biofilmes foram variáveis entre os isolados, quando considerado o mesmo meio de cultura, sugerindo que variações genéticas ou plasticidade fenotípica podem influenciar no crescimento de A. baumannii multirresistente. A diluição de 0,25% do óleo foi capaz de inibir células planctônicas de A. baumannii multirresistente, demonstrando eficácia antimicrobiana. A incapacidade de formar biofilme nessa mesma concentração e total capacidade de crescimento planctônico e formação de biofilmes em concentrações menores que 0,25% (v/v), indica a inexistência de atividade antibiofilme do óleo de P. heptaphyllum. Desta forma, esse óleo poderia potencialmente ser útil para combater bactérias resistentes oriundas de infecções de pele, por meio de pomadas ou para desinfecção de superfícies, porém, além de A. baumannii multirresiste, análises com outras espécies bacterianas precisam ser realizadas, assim como a segurança biológica do óleo.