Das Estradas das águas à beira do quintal: um olhar para a mulher em movimento nas comunidades tradicionais do Paiaguás Pantanal – Corumbá-MS

• Autor(a) principal: Ferreira, Maria de Fatima
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
• Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5309
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICAS PUBLICAS; Comunidades tradicionais; Questões de gênero; Mulheres; Traditional communities; Gender issues; Women

Esta pesquisa traz em seu âmbito uma discussão que tem como objetivo a caracterização e análise do modo de vida das mulheres pantaneiras, seu desenvolvimento socioeconômico, a relação com o meio ambiente, as resistências e práticas diante do conjunto de diversidades que ditam o rumo da vida dentro do Pantanal. Neste contexto sociocultural, evidenciando as relações de gênero no âmbito de comunidades tradicionais, considerando a valorização da mulher como sujeito na unidade familiar na dinâmica de trabalho e território. Dentro desta perspectiva teórica apontando as preocupações de pesquisadores sobre a necessidade de compreender e identificar as relações que existem entre os gêneros na busca não só por uma história de mulheres, mas uma nova história onde essas mulheres estão inscritas. Este diálogo acontece junto às mulheres das comunidades Corixão, Cedrinho, Cedro, Limãozinho, Colônia São Domingos e Colônia Bracinho na sub-região Paiaguás no Pantanal de Mato Grosso do Sul, uma das maiores planícies de inundação do globo terrestre. Dentro deste universo para entender o processo de colonização das comunidades na região do Paiaguás é preciso reviver os caminhos percorridos pelos povos e pelas águas do Pantanal ao longo dos anos, nos momentos que antecedem a história das mulheres, homens, jovens e crianças que vivem nesta região. Evidenciando o movimento das mulheres pantaneiras que trazem no semblante o apego às tradições e costumes herdados da cultura dos povos indígenas, que existiram na região do Pantanal, diante do embrutecimento da natureza com suas modificações, essas mulheres com jeito simples e peculiar se movimentam em uma cultura que integra o social e o econômico dentro de uma rusticidade adquirida com as formas que a necessidade de estarem sempre em busca da sobrevivência e desenvolvimento pessoal proporciona, traçando estratégias que as fazem estar em sintonia com o trabalho o cuidado com a casa e o meio em que está inserido, não perdendo a sensibilidade do ser feminino, o gosto pelo embelezamento físico e do ambiente ao seu redor.