Do Que são feitas as viagens? pensamentos sobre afetos e deslocamentos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Mateus Janú de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5338
Resumo: O mundo e tudo o que há nele se constitui em um movimento ininterrupto, tanto do ponto de vista material como imaterial. As viagens, por sua vez, são também deslocamentos de ambos os aspectos da vida. Esse constante movimento impõe o cruzamento de diferentes trajetórias, que por sua vez constroem um emaranhado de situações geográficas únicas que produzem constantemente o espaço. Propomos compreender, a partir de análise fílmica e de trabalho de campo que constituiu uma viagem pelo Sul do Brasil, como as subjetividades são parte importante dessa produção contínua de geografias. Isso se dá pelo fato de, muitas vezes, as subjetividades serem deixadas de lado nas pesquisas, que encontram nas questões objetivas maior possibilidade de tangenciar questões relativos ao espaço. Os movimentos, sentimentos e afetos, por sua vez, são questões menos propícias à mensuração e delimitação. Os filmes escolhidos são: Família rodante (2004); Andarilho (2006); Viajo porque preciso, volto porque te amo (2009) e Diário de motocicleta (2004), e têm como tema viagens pela América do Sul, assim como o trabalho de campo. A partir desses materiais, trouxemos questões que, ao invés de serem taxativas e representarem uma visão de espaço fechado em si, são abertas e se apresentam como possibilidades. Não tivemos a pretensão de dar uma resposta inquestionável sobre o tema, pois isso representaria o oposto daquilo que buscamos. Propomos que os deslocamentos e, sobretudo, as viagens, podem ser vistas como muito mais do que mero movimento sobre a superfície, mas uma intensa troca entre todos os agentes que se encontram nesse constante movimento.
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Propomos compreender, a partir de análise fílmica e de trabalho de campo que constituiu uma viagem pelo Sul do Brasil, como as subjetividades são parte importante dessa produção contínua de geografias. Isso se dá pelo fato de, muitas vezes, as subjetividades serem deixadas de lado nas pesquisas, que encontram nas questões objetivas maior possibilidade de tangenciar questões relativos ao espaço. Os movimentos, sentimentos e afetos, por sua vez, são questões menos propícias à mensuração e delimitação. Os filmes escolhidos são: Família rodante (2004); Andarilho (2006); Viajo porque preciso, volto porque te amo (2009) e Diário de motocicleta (2004), e têm como tema viagens pela América do Sul, assim como o trabalho de campo. A partir desses materiais, trouxemos questões que, ao invés de serem taxativas e representarem uma visão de espaço fechado em si, são abertas e se apresentam como possibilidades. Não tivemos a pretensão de dar uma resposta inquestionável sobre o tema, pois isso representaria o oposto daquilo que buscamos. Propomos que os deslocamentos e, sobretudo, as viagens, podem ser vistas como muito mais do que mero movimento sobre a superfície, mas uma intensa troca entre todos os agentes que se encontram nesse constante movimento.The world and everything in it are constituted in an uninterrupted movement, both materially and immaterially. Travels, in turn, are also displacements of both aspects of life. This constant movement imposes the crossing of different trajectories, which in turn build a tangle of unique geographical situations that constantly produce space. We propose to understand, from film analysis and field research that constituted a trip through the South of Brazil, how subjectivities are an important part of this continuous production of geographies. This is because, many times, subjectivities are left aside in research, which finds in objective issues a greater possibility of tangenting issues related to space. The movements, feelings, and affections, on the other hand, are issues less prone to measurement and delimitation. The films chosen are: Família rodante (2004); Andarilho (2006); Viajo porque preciso, volto porque te amo (2009) and Diário de motocicleta (2004), and have as their theme travel in South America, as well as fieldwork. From these materials, we brought questions that, instead of being taxative and representing a vision of a space closed in itself, are open and present themselves as possibilities. We did not intend to give an unquestionable answer on the subject, as this would represent the opposite of what we seek. We propose that displacement, and especially travel, can be seen as much more than mere movement on the surface, but an intense exchange between all the agents that find themselves in this constant movement.El mundo y todo lo que hay en él está constituido en un movimiento ininterrumpido, tanto material como inmaterial. Los viajes, a su vez, son también desplazamientos de ambos aspectos de la vida. Este movimiento constante impone el cruce de diferentes trayectorias, que a su vez construyen una maraña de situaciones geográficas únicas que producen constantemente el espacio. Nos proponemos entender, a partir del análisis fílmico y del trabajo de campo que constituyó un viaje por el sur de Brasil, cómo las subjetividades son parte importante de esta producción continua de geografías. Esto se debe a que, muchas veces, las subjetividades son dejadas de lado en las investigaciones, que encuentran en las cuestiones objetivas una mayor posibilidad de tangibilizar las cuestiones relacionadas con el espacio. Los movimientos, los sentimientos y los afectos, por su parte, son cuestiones menos proclives a la medición y la delimitación. Las películas elegidas son: Família rodante (2004); Andarilho (2006); Viajo porque preciso, volto porque te amo (2009) y Diário de motocicleta (2004), y tienen como tema los viajes por Sudamérica, así como el trabajo de campo. A partir de estos materiales, aportamos cuestiones que, en lugar de ser taxativas y representar una visión del espacio cerrada en sí misma, son abiertas y se presentan como posibilidades. No pretendíamos dar una respuesta incuestionable sobre el tema, ya que esto representaría lo contrario de lo que buscamos. Proponemos que los desplazamientos y, sobre todo, los viajes, puedan ser vistos como mucho más que un mero movimiento en la superficie, sino un intenso intercambio entre todos los agentes que se encuentran en este constante movimiento.Submitted by Marcos Pimentel (marcospimentel@ufgd.edu.br) on 2023-03-03T20:55:23Z No. of bitstreams: 1 MateusJanúdeLima.pdf: 1817057 bytes, checksum: 03eae6f3b968674880980f2c15515445 (MD5)Made available in DSpace on 2023-03-03T20:55:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MateusJanúdeLima.pdf: 1817057 bytes, checksum: 03eae6f3b968674880980f2c15515445 (MD5) Previous issue date: 2022-12-05Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT)porUniversidade Federal da Grande DouradosPrograma de pós-graduação em GeografiaUFGDBrasilFaculdade de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA::GEOGRAFIA REGIONALDeslocamentosLugarAmérica do SulDisplacementsPlaceSouth AmericaDo Que são feitas as viagens? pensamentos sobre afetos e deslocamentosWhat Are travels made of? thoughts on affects and displacements¿De Qué están hechos los viajes? reflexiones sobre los afectos y los desplazamientosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFGDinstname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDTEXTMateusJanúdeLima.pdf.txtMateusJanúdeLima.pdf.txtExtracted texttext/plain123660https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/5338/3/MateusJan%c3%badeLima.pdf.txt1cf305ca29cb17cc04c30c8128448663MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/5338/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ORIGINALMateusJanúdeLima.pdfMateusJanúdeLima.pdfapplication/pdf1817057https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/5338/1/MateusJan%c3%badeLima.pdf03eae6f3b968674880980f2c15515445MD51prefix/53382023-09-14 02:59:27.249oai:https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:prefix/5338TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:8080/oai/requestopendoar:21162023-09-14T06:59:27Repositório Institucional da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false
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