Modos de produção de coletivos kaiowá na situação atual da Reserva de Amambai, MS
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFGD |
Texto Completo: | http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1589 |
Resumo: | A presente pesquisa parte da observação e descrição da vivência do pesquisador em sua própria parentela, como também das relações com outras parentelas com as quais compartilha a experiência de vida na reserva de Amambai, MS. Discute como a configuração de parentelas recolhidas na referida reserva se conectam com agências do Estado e da sociedade nacional. A proposta é discutir como uma parentela específicaconstrói as condições para sua produção social enquanto coletivo e como isto é realizado no contexto de relações cotidianas e intensas com outras parentelas e com diversos tipos de agentes e agências que atuam na reserva. A avaliação crítica da produção etnográfica realizada por pesquisadores não indígenas sobre os Kaiowá parte do reconhecimento da importância dessa produção acadêmica para os indígenas e para a própria academia, pois contém importantes elementos que ajudam a entender a história e as transformações pelas quais passaram tais coletivos. Entretanto, a pesquisa explora as possíveis insuficiências entre o que é apresentado nos textos e o que o pesquisador, enquanto indígena, observa na reserva onde vive, em especial, na rede conectada por sua própria parentela. A pesquisa conclui que, a despeito da situação de confinamento na reserva, as parentelas seguem se produzindo enquanto coletivos diferenciados, sendo que as diversas conexões com outras parentelas e com os agentes e agências externas se transformam em recursos para elaborar e afirmar distinções entre coletivos. O movimento de diferenciação entre parentelas está fortemente enraizado no modelo de produção social dos Kaiowá, apropriando-se de todos os recursos e materiais disponibilizados nas condições de vida em reserva. |
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A proposta é discutir como uma parentela específicaconstrói as condições para sua produção social enquanto coletivo e como isto é realizado no contexto de relações cotidianas e intensas com outras parentelas e com diversos tipos de agentes e agências que atuam na reserva. A avaliação crítica da produção etnográfica realizada por pesquisadores não indígenas sobre os Kaiowá parte do reconhecimento da importância dessa produção acadêmica para os indígenas e para a própria academia, pois contém importantes elementos que ajudam a entender a história e as transformações pelas quais passaram tais coletivos. Entretanto, a pesquisa explora as possíveis insuficiências entre o que é apresentado nos textos e o que o pesquisador, enquanto indígena, observa na reserva onde vive, em especial, na rede conectada por sua própria parentela. A pesquisa conclui que, a despeito da situação de confinamento na reserva, as parentelas seguem se produzindo enquanto coletivos diferenciados, sendo que as diversas conexões com outras parentelas e com os agentes e agências externas se transformam em recursos para elaborar e afirmar distinções entre coletivos. O movimento de diferenciação entre parentelas está fortemente enraizado no modelo de produção social dos Kaiowá, apropriando-se de todos os recursos e materiais disponibilizados nas condições de vida em reserva.The present research is based on the observation and description of the researcher's experience in his own extended family, as well as on the relationships with other relatives with whom he shares the life experience in the indigenous land called Terra Indígena Amambai, in the city of Amambai-MS. it Discuss how the configuration of relatives gathered in the said reservation connect with agencies of the State and the national society. The proposal is to discuss how a specific kinship to make the conditions for its social production as a collective and how it is happens out in the context of daily and intense relations with other relatives and with different types of agents and agencies that act in the indigenous land. The critical evaluation of the ethnographic production carried out by non indigenous researchers on the Kaiowá starts from the recognition of the importance of this academic production for the indigenous researchers and for the science, since it contains important elements that help to understand the history and the transformations by which these collective lived. However, the research explores the possible limits between what is presented described in the texts and what the researcher, as an indigenous person, observes in the reservation indigenous land where he lives, especially in t he own extended family connected by his relatives. The research concludes that, despite the situation of confinement in the indigenous land created by the State, the extended families continue to become differences between collectives, with the various connections with other extended families and external agents and agencies being transformed into means to elaborate and affirm distinctions between collectives. The movement of differentiation between kinship is strongly rooted in modes of social production of the Kaiowá, appropriating all the resources and materials available in living conditions in the indigenous land created by State.Submitted by Alison Souza (alisonsouza@ufgd.edu.br) on 2019-08-30T18:30:41Z No. of bitstreams: 1 CelunielAquinoValiente.pdf: 3606425 bytes, checksum: 1101795e8baf8e8150c0fb92c7c61017 (MD5)Made available in DSpace on 2019-08-30T18:30:41Z (GMT). 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