Germinação, emergência e crescimento de Ormosia arborea (Vell.) Harms (Fabaceae) sob alagamento
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFGD |
Texto Completo: | http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1714 |
Resumo: | O alagamento do solo restringe a disponibilidade de oxigênio necessário para a germinação de sementes e o crescimento de plantas, no entanto, ajustes fisiológicos, morfológicos, anatômicos e/ou metabólicos adaptativos envolvendo respostas plásticas fenotípicas de indivíduos são mecanismos que auxiliam a ocupar áreas inundáveis e a ampla gama de estratégias desenvolvidas pelas plantas para sobreviver nestas condições dependem não só da espécie, mas também da intensidade e duração do estresse. Assim, esta pesquisa objetivou avaliar o efeito de diferentes períodos de alagamento na germinação, emergência e crescimento de Ormosia arborea. Para tanto, sementes escarificadas por 15 minutos em ácido sulfúrico ou intactas (sem tratamento pré germinativo) foram submersas por 0, 15, 30 e 45 dias e, após cada tempo de submersão, as sementes intactas foram escarificadas por 0, 5, 10 e 15 minutos em ácido sulfúrico, para então serem semeadas em tubetes e em papel Germitest®, para caracterizar emergência e germinação, respectivamente. Mudas também foram alagadas por diferentes períodos (0, 15, 30, 45 e 60 dias) e ao final de cada período de alagamento, estas foram drenadas para a avaliação da recuperação 75 dias após a saída das mudas do alagamento (pós-alagamento). Verificou-se que, sementes intactas são tolerantes a submersão, mas perdem rapidamente a viabilidade quando a dormência tegumentar é superada. Esta resposta indica que o tegumento impermeável e rígido da semente é uma importante característica para tolerar condições adversas e impedir a inviabilidade. As mudas de O. arborea sobreviveram sob alagamento, inclusive ao pós-alagamento apresentando hipertrofia lenticelar e mudanças no ângulo da folha, mas durante os períodos mais longos de alagamento as mudas reduziram a eficiência quântica do PSII e trocas gasosas (exceção da concentração interna de CO 2 que aumentou neste período). Durante o restabelecimento pós-alagamento o metabolismo foi retomado, no entanto as taxas fotossintéticas e eficiência da carboxililação não foram recuperadas completamente quando submetidas ao alagamento mais prolongado (60 dias), também não foi observada recuperação da condutância estomática e eficiência do uso da água ao nível do controle independente do período de alagamento. O Potencial hídrico foliar e a anatomia da folha permaneceram semelhante as mudas controle, apresentando apenas diferenças na espessura da nervura central, feixe vascular, abertura e índice estomático. Estes ajustes fisiológicos e morfoanatômicos apresentados não prejudicaram o crescimento de O. arborea que não deixou de acumular massa seca durante todo o experimento e investiu em altura pós-alagamento, demostrando sua plasticidade fenotípica e indicando potencial de sobrevivência e tolerância em áreas temporariamente inundadas. |
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Dissertação (Mestrado em Biologia Geral/Bioprospecção) – Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2016.http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1714O alagamento do solo restringe a disponibilidade de oxigênio necessário para a germinação de sementes e o crescimento de plantas, no entanto, ajustes fisiológicos, morfológicos, anatômicos e/ou metabólicos adaptativos envolvendo respostas plásticas fenotípicas de indivíduos são mecanismos que auxiliam a ocupar áreas inundáveis e a ampla gama de estratégias desenvolvidas pelas plantas para sobreviver nestas condições dependem não só da espécie, mas também da intensidade e duração do estresse. Assim, esta pesquisa objetivou avaliar o efeito de diferentes períodos de alagamento na germinação, emergência e crescimento de Ormosia arborea. Para tanto, sementes escarificadas por 15 minutos em ácido sulfúrico ou intactas (sem tratamento pré germinativo) foram submersas por 0, 15, 30 e 45 dias e, após cada tempo de submersão, as sementes intactas foram escarificadas por 0, 5, 10 e 15 minutos em ácido sulfúrico, para então serem semeadas em tubetes e em papel Germitest®, para caracterizar emergência e germinação, respectivamente. Mudas também foram alagadas por diferentes períodos (0, 15, 30, 45 e 60 dias) e ao final de cada período de alagamento, estas foram drenadas para a avaliação da recuperação 75 dias após a saída das mudas do alagamento (pós-alagamento). Verificou-se que, sementes intactas são tolerantes a submersão, mas perdem rapidamente a viabilidade quando a dormência tegumentar é superada. Esta resposta indica que o tegumento impermeável e rígido da semente é uma importante característica para tolerar condições adversas e impedir a inviabilidade. As mudas de O. arborea sobreviveram sob alagamento, inclusive ao pós-alagamento apresentando hipertrofia lenticelar e mudanças no ângulo da folha, mas durante os períodos mais longos de alagamento as mudas reduziram a eficiência quântica do PSII e trocas gasosas (exceção da concentração interna de CO 2 que aumentou neste período). Durante o restabelecimento pós-alagamento o metabolismo foi retomado, no entanto as taxas fotossintéticas e eficiência da carboxililação não foram recuperadas completamente quando submetidas ao alagamento mais prolongado (60 dias), também não foi observada recuperação da condutância estomática e eficiência do uso da água ao nível do controle independente do período de alagamento. O Potencial hídrico foliar e a anatomia da folha permaneceram semelhante as mudas controle, apresentando apenas diferenças na espessura da nervura central, feixe vascular, abertura e índice estomático. Estes ajustes fisiológicos e morfoanatômicos apresentados não prejudicaram o crescimento de O. arborea que não deixou de acumular massa seca durante todo o experimento e investiu em altura pós-alagamento, demostrando sua plasticidade fenotípica e indicando potencial de sobrevivência e tolerância em áreas temporariamente inundadas.Soil flooding restricts the availability of oxygen required for seed germination and plant growth; however, adaptive physiological, morphological, anatomical and / or metabolic adjustments involving phenotypic plastic responses of individuals are mechanisms that help occupy flooded areas and the wide range of strategies developed by plants to survive in these conditions depend not only on the species, but also on the intensity and duration of stress. Thus, this research aimed to evaluate the effect of different periods of flooding on the germination, emergence and growth of Ormosia arborea. For this, seeds scarified for 15 minutes in sulfuric acid or intact (without pre-germination treatment) were submerged for 0, 15, 30 and 45 days and, after each submersion time, the intact seeds were scarified by 0, 5, 10 and 15 minutes in sulfuric acid, to be seeded in tubes and Germitest® paper, to characterize emergence and germination, respectively. Seedlings were also flooded for different periods (0, 15, 30, 45 and 60 days) and at the end of each flooding period, they were drained for recovery evaluation 75 days after leaving the floodplain (post-flooding). It has been found that intact seeds are tolerant to submersion, but rapidly lose viability when integument dormancy is overcome. This response indicates that the waterproof and rigid integument of the seed is an important characteristic to tolerate adverse conditions and to prevent inviability. O. arborea seedlings survived under flooding, including post-flooding, with lenticel hypertrophy and changes in leaf angle, but during the longer flooding periods the seedlings reduced the quantum efficiency of PSII and gas exchange (except for the internal concentration of CO 2, which increased in this period). During post-flooding restoration the metabolism was resumed, however photosynthetic rates and carboxylilation efficiency were not fully recovered when submitted to prolonged flooding (60 days), neither recovery of stomatal conductance nor water use efficiency was observed at the level of control regardless of the flooding period. The leaf water potential and the leaf anatomy remained similar to the control seedlings, presenting only differences in the thickness of the central vein, vascular bundle, opening and index stomatal. These physiological and morpho-anatomical adjustments did not affect the growth of O. arborea, which did not stop accumulating dry mass during the experiment and invested in height post-flooding, demonstrating its phenotypic plasticity and indicating potential for survival and tolerance in temporarily flooded areas.Submitted by Alison Souza (alisonsouza@ufgd.edu.br) on 2019-09-13T22:16:16Z No. of bitstreams: 1 FernandaSoaresJunglos.pdf: 3191084 bytes, checksum: 68a9d30498dc3b3c4115db46d53b140f (MD5)Made available in DSpace on 2019-09-13T22:16:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 FernandaSoaresJunglos.pdf: 3191084 bytes, checksum: 68a9d30498dc3b3c4115db46d53b140f (MD5) Previous issue date: 2016-02-16Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT)porUniversidade Federal da Grande DouradosPrograma de pós-graduação em Biologia Geral/BioprospecçãoUFGDBrasilFaculdade de Ciências Biológicas e AmbientaisOrmosia arboreaCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOLOGIA GERALEcofisiologia vegetalInundaçãoPlasticidade fenotípicaPlant ecophysiologyFloodingPhenotypic plasticityGerminação, emergência e crescimento de Ormosia arborea (Vell.) Harms (Fabaceae) sob alagamentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFGDinstname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDTEXTFernandaSoaresJunglos.pdf.txtFernandaSoaresJunglos.pdf.txtExtracted texttext/plain192477https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/1714/3/FernandaSoaresJunglos.pdf.txtbe15c8b8b1a6a88e077b9d4a6ed71b5fMD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/1714/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ORIGINALFernandaSoaresJunglos.pdfFernandaSoaresJunglos.pdfapplication/pdf3191084https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/1714/1/FernandaSoaresJunglos.pdf68a9d30498dc3b3c4115db46d53b140fMD51prefix/17142023-09-14 01:44:08.501oai:https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:prefix/1714TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:8080/oai/requestopendoar:21162023-09-14T05:44:08Repositório Institucional da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false |
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