Mulheres assentadas produzindo movimentos nos espaços da reforma agrária
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFGD |
Texto Completo: | http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5337 |
Resumo: | Nesta pesquisa, analisam-se trajetórias de mulheres assentadas em Mato Grosso do Sul que, junto a seus movimentos sociais, conquistaram o direito de propor e de participar do Curso de Graduação em Ciências Sociais, na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) durante os anos de 2008 a 2012, ofertado para pessoas de assentamentos rurais do estado. Com a pesquisa, busca-se compreender os projetos que moveram as mulheres assentadas a participarem de um curso de ensino superior, em uma universidade pública, vencendo distâncias geográficas e sociais, que as separava da universidade, bem como entendendo o que este propiciou em suas vidas. Em um universo de 56 alunos e alunas participantes do referido curso, provenientes de diversos assentamentos, localizados em diferentes municípios e regiões de Mato Grosso do Sul, havia 33 mulheres, o que representou quase 60% do total de estudantes. Dentre elas, foram selecionadas 20 para a aplicação das entrevistas, observando um campo que contemplasse a totalidade das regiões de abrangência do curso, de onde eram oriundas. Parte-se da ideia de que as alunas construíram autonomia na luta pela terra, fato que as levou até a universidade em busca da ampliação na formação educacional, sem, no entanto, deixarem os assentamentos após a conclusão do curso, o que lhes possibilita seguirem nos plantios nos assentamentos. Ao concluírem o curso, não abandonaram a identidade de semterra, apenas a fortaleceram, tornando-se e/ou mantendo-se na condição de assentadas e professoras, numa estratégia para construírem seus lugares, de acordo com seus referenciais, o que implica na ampliação da defesa de uma educação no e do campo. Para alcançar este objetivo, fez-se uso da abordagem qualitativa, ouvindo os relatos de suas trajetórias, analisando documentos que tratam da organização do curso, bem como fotografias registradas por docentes durante a graduação. Realizaram-se análises à luz da contextualização bibliográfica referente ao tema da reforma agrária, da ação dos movimentos sociais e da educação do campo, especialmente, os materiais publicados durante o curso, os quais contêm análises de professores e alunos, apresentando os resultados dessa ação. Os resultados da pesquisa, com base nos referenciais teóricos e nos relatos das egressas do curso, evidenciaram que, por meio da educação, houve a ampliação da compreensão das estruturas da sociedade, movendo-as na reivindicação e na conquista de direitos, criando melhores condições de permanecerem na terra, sempre tendo presente a preocupação com as gerações futuras. Essa constatação está presente em todo o processo de análise dos seus relatos, quando detalham suas trajetórias e experiências, nas percepções, questionamentos, desafios, lutas e conquistas, plasmadas em todo o desenrolar do estudo. Os dados da pesquisa mostram a importância da luta coletiva, visto que os movimentos sociais protagonizaram ações coletivas, promovendo organizações internas com a formação de grupos de produção, cooperativas, lutando por direitos, ou pelo desenvolvimento da produção e da comercialização. Nesse coletivo, as mulheres egressas atuaram, foram protagonistas de ações, debatendo dilemas com vistas a mudar o cotidiano das relações sociais tidas como conflituosas, buscando relações de respeito, dignidade e equidade. |
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Com a pesquisa, busca-se compreender os projetos que moveram as mulheres assentadas a participarem de um curso de ensino superior, em uma universidade pública, vencendo distâncias geográficas e sociais, que as separava da universidade, bem como entendendo o que este propiciou em suas vidas. Em um universo de 56 alunos e alunas participantes do referido curso, provenientes de diversos assentamentos, localizados em diferentes municípios e regiões de Mato Grosso do Sul, havia 33 mulheres, o que representou quase 60% do total de estudantes. Dentre elas, foram selecionadas 20 para a aplicação das entrevistas, observando um campo que contemplasse a totalidade das regiões de abrangência do curso, de onde eram oriundas. Parte-se da ideia de que as alunas construíram autonomia na luta pela terra, fato que as levou até a universidade em busca da ampliação na formação educacional, sem, no entanto, deixarem os assentamentos após a conclusão do curso, o que lhes possibilita seguirem nos plantios nos assentamentos. Ao concluírem o curso, não abandonaram a identidade de semterra, apenas a fortaleceram, tornando-se e/ou mantendo-se na condição de assentadas e professoras, numa estratégia para construírem seus lugares, de acordo com seus referenciais, o que implica na ampliação da defesa de uma educação no e do campo. Para alcançar este objetivo, fez-se uso da abordagem qualitativa, ouvindo os relatos de suas trajetórias, analisando documentos que tratam da organização do curso, bem como fotografias registradas por docentes durante a graduação. Realizaram-se análises à luz da contextualização bibliográfica referente ao tema da reforma agrária, da ação dos movimentos sociais e da educação do campo, especialmente, os materiais publicados durante o curso, os quais contêm análises de professores e alunos, apresentando os resultados dessa ação. Os resultados da pesquisa, com base nos referenciais teóricos e nos relatos das egressas do curso, evidenciaram que, por meio da educação, houve a ampliação da compreensão das estruturas da sociedade, movendo-as na reivindicação e na conquista de direitos, criando melhores condições de permanecerem na terra, sempre tendo presente a preocupação com as gerações futuras. Essa constatação está presente em todo o processo de análise dos seus relatos, quando detalham suas trajetórias e experiências, nas percepções, questionamentos, desafios, lutas e conquistas, plasmadas em todo o desenrolar do estudo. Os dados da pesquisa mostram a importância da luta coletiva, visto que os movimentos sociais protagonizaram ações coletivas, promovendo organizações internas com a formação de grupos de produção, cooperativas, lutando por direitos, ou pelo desenvolvimento da produção e da comercialização. Nesse coletivo, as mulheres egressas atuaram, foram protagonistas de ações, debatendo dilemas com vistas a mudar o cotidiano das relações sociais tidas como conflituosas, buscando relações de respeito, dignidade e equidade.This research analyzes the trajectories of women settled in Mato Grosso do Sul who, together with their social movements, won the right to propose and participate in the Undergraduate Course in Social Sciences at the Federal University of Grande Dourados (UFGD) during the years 2008 to 2012, offered to people from rural settlements in the State. The research seeks to understand the projects that moved women settlers to participate in a higher education course at a public university, overcoming geographical and social distances that separated them from the university, as well as understanding what this led to their lives. In a universe of 56 students participating in the aforementioned course, coming from different settlements, located in different municipalities and regions of Mato Grosso do Sul, there were 33 women, which represented almost 60% of the total number of students. Among them, 20 were selected for the application of the interviews, observing a field that included all the regions covered by the course, from which they came. It starts from the idea that the students-built autonomy in the struggle for land, a fact that took them to the university in search of expansion in educational training, without, however, leaving the settlements after completing the course, which allows them to continue in the plantations in the settlements. Upon completing the course, they did not abandon the landless identity, they only strengthened it, becoming and/or remaining in the condition of settlers and teachers, in a strategy to build their places, according to their references, which implies in the expansion of the defense of an education in and of the countryside. To achieve this objective, a qualitative approach was used, listening to reports of their trajectories, analyzing documents that deal with the organization of the course, as well as photographs taken by professors during graduation. Analyzes were carried out in light of the bibliographical contextualization regarding the theme of agrarian reform, the action of social movements and rural education, especially the materials published during the course, which contain analyzes of teachers and students, presenting the results of this action. The research results, based on theoretical references and on the reports of the graduates of the course, showed that, through education, there was an increase in the understanding of the structures of society, moving them in the claim and conquest of rights, creating better conditions to remain on earth, always bearing in mind the concern for future generations. This finding is present throughout the process of analyzing their reports, when they detail their trajectories and experiences, in the perceptions, questions, challenges, struggles and achievements, shaped throughout the course of the study. The survey data show the importance of collective struggle, as social movements have taken the lead in collective actions, promoting internal organizations with the formation of production groups, cooperatives, fighting for rights, or for the development of production and marketing. In this collective, the egress women acted, were protagonists of actions, debating dilemmas with a view to changing the daily life of social relations considered conflicting, seeking relationships of respect, dignity and equity.Submitted by Marcos Pimentel (marcospimentel@ufgd.edu.br) on 2023-03-03T20:51:05Z No. of bitstreams: 1 IvaneideTerezinhaMinozzo.pdf: 1075920 bytes, checksum: 8d076ed0634a1c5229ff1125514cb745 (MD5)Made available in DSpace on 2023-03-03T20:51:05Z (GMT). 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