Produção de biodiesel de microalgas cultivadas com vinhaça

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira Junior, Jairo Pereira de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5857
Resumo: A crescente busca pela mitigação do consumo de combustíveis fósseis, responsáveis por impactos ambientais negativos causados pela dispersão de seus poluentes atmosféricos, impulsionou a demanda por biocombutíveis nos últimos anos. Neste cenário, o biodiesel vem ganhando destaque, pois além de ser uma alternativa promissora em substituição aos derivados do petróleo, o mesmo pode ser produzido por diversas matérias-primas, como as microalgas. Esses microorganismos vêm sendo estudados para essa finalidade por possuírem um considerável teor lipídico, além de não necessitarem de grandes áreas para o seu cultivo. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi realizar o cultivo da microalga Chlorella sorokiniana com vinhaça diluída, verificando seu potencial de remediação de nutrientes e incremento de sua fração lipídica, para produzir um biodiesel segundo a regulamentação vigente. Dessa forma, estudaram-se diferentes diluições de vinhaça para o cultivo de Chlorella sorokiniana CTT 7727, sendo 5, 10 e 15% (v v-1) e N:P:K (20:5:20) 1% (v v-1) como padrão de comparação. O cultivo ocorreu por 30 dias, com intensidade luminosa controlada, aeração constante e fotoperíodo 12/12h (claro/escuro). Após esta etapa, realizou-se a recuperação da biomassa seguindo uma série de operações unitárias (coagulação/floculação/decantação/filtração/secagem). A partir da biomassa seca foi realizada a extração lipídica avaliando o potencial de extração de diferentes solventes em conjunto com a agitação magnética ou ultrassom. O biodiesel foi produzido por transesterificação direta e analisado por cromatografia gasosa acoplada a detector de ionização de chama, possibilitando a identificação e quantificação do perfil de ácidos graxos do mesmo. Os resultados obtidos indicaram que a vinhaça com diluição de 10% (v v-1) mostrou-se a mais promissora para aplicação como meio de cultivo desta espécie de microalga, uma vez que a mesma garantiu uma boa taxa de crescimento celular, bem como uma elevada produtividade de biomassa e rendimento lipídico. Além disso, a Chlorella sorokiniana alcançou taxas de remoção de nutrientes superiores a 75% para amônia, nitrito, nitrato e fosfato, tornando-se uma alternativa ao tratamento da carga orgânica da vinhaça. Considerando o biodiesel produzido, o mesmo enquadra-se nos padrões de regulamentação analisados dispostos pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), demonstrando potencial de uso em determinadas regiões do Brasil, como no Mato Grosso do Sul. Diante das circunstâncias aqui expressas, conclui-se que a Chlorella sorokiniana cultivada com vinhaça diluída é uma alternativa eficaz para a produção de biodiesel.
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Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental) – Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2021.http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5857A crescente busca pela mitigação do consumo de combustíveis fósseis, responsáveis por impactos ambientais negativos causados pela dispersão de seus poluentes atmosféricos, impulsionou a demanda por biocombutíveis nos últimos anos. Neste cenário, o biodiesel vem ganhando destaque, pois além de ser uma alternativa promissora em substituição aos derivados do petróleo, o mesmo pode ser produzido por diversas matérias-primas, como as microalgas. Esses microorganismos vêm sendo estudados para essa finalidade por possuírem um considerável teor lipídico, além de não necessitarem de grandes áreas para o seu cultivo. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi realizar o cultivo da microalga Chlorella sorokiniana com vinhaça diluída, verificando seu potencial de remediação de nutrientes e incremento de sua fração lipídica, para produzir um biodiesel segundo a regulamentação vigente. Dessa forma, estudaram-se diferentes diluições de vinhaça para o cultivo de Chlorella sorokiniana CTT 7727, sendo 5, 10 e 15% (v v-1) e N:P:K (20:5:20) 1% (v v-1) como padrão de comparação. O cultivo ocorreu por 30 dias, com intensidade luminosa controlada, aeração constante e fotoperíodo 12/12h (claro/escuro). Após esta etapa, realizou-se a recuperação da biomassa seguindo uma série de operações unitárias (coagulação/floculação/decantação/filtração/secagem). A partir da biomassa seca foi realizada a extração lipídica avaliando o potencial de extração de diferentes solventes em conjunto com a agitação magnética ou ultrassom. O biodiesel foi produzido por transesterificação direta e analisado por cromatografia gasosa acoplada a detector de ionização de chama, possibilitando a identificação e quantificação do perfil de ácidos graxos do mesmo. Os resultados obtidos indicaram que a vinhaça com diluição de 10% (v v-1) mostrou-se a mais promissora para aplicação como meio de cultivo desta espécie de microalga, uma vez que a mesma garantiu uma boa taxa de crescimento celular, bem como uma elevada produtividade de biomassa e rendimento lipídico. Além disso, a Chlorella sorokiniana alcançou taxas de remoção de nutrientes superiores a 75% para amônia, nitrito, nitrato e fosfato, tornando-se uma alternativa ao tratamento da carga orgânica da vinhaça. Considerando o biodiesel produzido, o mesmo enquadra-se nos padrões de regulamentação analisados dispostos pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), demonstrando potencial de uso em determinadas regiões do Brasil, como no Mato Grosso do Sul. Diante das circunstâncias aqui expressas, conclui-se que a Chlorella sorokiniana cultivada com vinhaça diluída é uma alternativa eficaz para a produção de biodiesel.The growing search for mitigating the consumption of fossil fuels responsible for negative environment impacts caused by the dispersion of their atmospheric pollutants, increased the demand for biofuels in recent years. In this scenario, biodiesel has been gaining prominence, as in addition to being a promising alternative to replace petroleum derivatives, it can be produced from various raw materials, such as microalgae. These microorganisms have been studied for this purpose because they have a considerable lipid content, also they do not require large areas for cultivation. Therefore, the purpose of this work was to carry out the cultivation of the microalgae Chlorella sorokiniana with diluted vinasse, verifying its potential for nutrient remediation and increase of its lipid fraction, to produce a quality biodiesel according to current regulations. Thus, different dilutions of vinasse were studied for the cultivation of Chlorella sorokiniana CTT 7727, being 5, 10 and 15% (v v-1) and N: P: K (20: 5: 20) 1% (v v -1) as a standard for comparison. Cultivation took place for 30 days, with controlled light intensity, constant airflow and 12/12h photoperiod (light/dark). After this step, biomass recovery was carried out following a series of unit operations (coagulation/flocculation/decantation/filtration/drying). From dry biomass, lipid extraction was performed, evaluating the potential of extraction of different solvents together with magnetic stirring or ultrasound. Biodiesel was produced by direct transesterification and analyzed through gas chromatography coupled with a flame ionization detector, enabling the identification and quantification of its fatty acid profile. The results obtained indicated that vinasse with a 10% dilution (v v-1) proved to be the most promising for application as a culture medium for this microalgae species, as it guaranteed a good cell growth rate, as well as a significant biomass productivity and lipid yield. In addition, Chlorella sorokiniana achieved nutrient removal rates above 75% for ammonia, nitrite, nitrate and phosphate, making it an alternative for treating the organic load of vinasse. Considering the biodiesel produced, it fits the regulatory standards of the National Agency for Petroleum, Natural Gas and Biofuels (ANP), demonstrating potential use in certain regions of Brazil, such as Mato Grosso do Sul. , it is concluded that Chlorella sorokiniana cultivated with diluted vinasse is an effective alternative for the production of biodiesel.Submitted by Givaldo Ramos da Silva Filho (givaldofilho@ufgd.edu.br) on 2024-08-29T17:58:54Z No. of bitstreams: 1 JairoPereiradeOliveiraJunior.pdf: 935054 bytes, checksum: 70afc725e9f2fef442c080cbc649dac8 (MD5)Made available in DSpace on 2024-08-29T17:58:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JairoPereiradeOliveiraJunior.pdf: 935054 bytes, checksum: 70afc725e9f2fef442c080cbc649dac8 (MD5) Previous issue date: 2021-08-31porUniversidade Federal da Grande DouradosPrograma de pós-graduação em Ciências e Tecnologia AmbientalUFGDBrasilFaculdade de Ciências Exatas e TecnologiaCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRAbiocombustívelefluentesremoção de nutrientesbiofuelstillageremoval of nutrientsProdução de biodiesel de microalgas cultivadas com vinhaçaProduction of biodiesel from microalgae grown with vinasseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFGDinstname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDTEXTJairoPereiradeOliveiraJunior.pdf.txtJairoPereiradeOliveiraJunior.pdf.txtExtracted texttext/plain122091https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/5857/3/JairoPereiradeOliveiraJunior.pdf.txt840e87b3c08a07fa3aeb028810042b93MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/5857/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ORIGINALJairoPereiradeOliveiraJunior.pdfJairoPereiradeOliveiraJunior.pdfapplication/pdf935054https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/5857/1/JairoPereiradeOliveiraJunior.pdf70afc725e9f2fef442c080cbc649dac8MD51prefix/58572024-08-30 01:13:16.15oai:https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:prefix/5857TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:8080/oai/requestopendoar:21162024-08-30T05:13:16Repositório Institucional da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false
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