Adubos verdes influenciam o cultivo de Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg, espécie nativa do cerrado
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFGD |
Texto Completo: | http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5138 |
Resumo: | Para preservação de plantas medicinais do Cerrado, é essencial seu manejo adequado in situ ou no cultivo ex situ. Dentre as espécies do Cerrado, a Campomanesia adamantium (guavira) tem sido explorada em seu habitat, para consumo dos seus frutos e das folhas, cujas propriedades medicinais são antinflamatórias, andiarreicas e antimicrobianas, o que, somado às queimadas e o desmatamento, levam-na ao risco de extinção. Daí, serem necessários estudos sobre o seu cultivo para a conservação da espécie. Dentre os manejos, o uso de plantas como adubos verdes contribui para o uso adequado dos recursos naturais, maximização do espaço com espécies de diferentes hábitos e o uso de materiais orgânicos. Assim, objetivou-se com este trabalho, avaliar o crescimento e produção das plantas de guavira cultivadas com adubos verdes e a influência nos atributos químicos e microbiológicos do solo. Foi estudada a planta de guavira em solo sob cobertura vegetal com três espécies de adubos verdes perenes: Stylosanthes macrocephala (estilosantes), Pueraria phaseoloides (kudzu tropical) e Calopogonium mucunoides (calopogônio) e uma semi-perene Cajanus cajan (feijão guandu), além das testemunhas vegetação espontânea e solo exposto (capinado). Os seis tratamentos foram arranjados no delineamento experimental blocos casualizados, com quatro repetições. Foram realizados dois cortes dos adubos verdes, sendo o primeiro aos 180 dias após o semeio (DAS), e o segundo, da rebrota, aos 390 DAS. O ciclo de cultivo das plantas de guavira foi de 730 dias após o transplantio. As plantas de calopogônio e vegetação espontânea tiveram maiores massas secas no segundo corte. A concentração de N foi maior nas massas do estilosantes, calopogônio, kudzu tropical e do feijão guandu no primeiro corte e na massa do kudzu tropical, no segundo corte. As plantas de calopogônio teve maior teor de P, no segundo corte. Os adubos verdes, exceto do feijão guandu tiveram maior teor de K no primeiro corte e o maior teor de Ca foi na massa do estilosantes nos dois cortes. O calopogônio e a vegetação espontânea tiveram maior teor de Mg. A massa das plantas de calopogônio teve rápida decomposição e menor tempo de meia vida nos dois cortes. O solo com calopogônio e kudzu tropical teve maior teor de P após o segundo corte. O maior teor de K no solo foi com kudzu tropical no primeiro corte e com feijão guandu e vegetação espontânea, no segundo corte. Após o segundo corte houve maior atuação dos microrganismos no processo bioquímico de decomposição dos resíduos orgânicos, com o aumento do C-BMS e do qMIC e a redução da C-CO2 e do qCO2. As plantas de guavira tiveram maior taxa de transpiração quando cultivadas com feijão guandu e maior condutância estomática e taxa fotossintética com os adubos verdes, exceto com a vegetação espontânea. As maiores eficiência instantânea do uso da água e a eficiência intrínseca do uso da água nas plantas de guavira foram com estilosantes e maior eficiência instantânea da carboxilação com calopogônio e feijão guandu. A máxima taxa fotossintética das plantas de guavira (15,13 µmol m-2 s -1 ) ocorreu aos 483 DAT; a mínima concentração intercelular de CO2 (144,54 µmol mol1 ), aos 392 DAT; a mínima taxa de transpiração (5,79 mmol m-2 s -1 ), aos 82 DAT e mínima condutância estomática (0,22 mol m-2 s -1 ), aos 55 DAT. A máxima eficiência instantânea da carboxilação (0,03 mol m-2 s -1 ) das plantas de guavira ocorreu aos 155 DAT; o mínimo índice de clorofila a (13,25), aos 430 DAT e mínimo índice de clorofila total (19,25), aos 418 DAT. Quanto à concentração de nutrientes das folhas das plantas da guavira, tiveram maior teor de N quando cultivadas com calopogônio e P, com estilosantes, feijão guandu e vegetação espontânea; maior teor de K com todos adubos verdes, exceto com a vegetação espontânea e o solo exposto. A maior altura das plantas de guavira foi com estilosantes e o diâmetro do caule, com calopogônio e estilosantes. A maior massa fresca das folhas foi com calopogônio e maior massa seca com calopogônio e estilosantes. As maiores massas frescas e secas dos caules foram com estilosantes. A área foliar das plantas de guavira foi maior no cultivo com calopogônio. As plantas de guavira responderam positivamente ao uso do adubo verde calopogônio, com aumento da produção de folhas. |
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Dentre as espécies do Cerrado, a Campomanesia adamantium (guavira) tem sido explorada em seu habitat, para consumo dos seus frutos e das folhas, cujas propriedades medicinais são antinflamatórias, andiarreicas e antimicrobianas, o que, somado às queimadas e o desmatamento, levam-na ao risco de extinção. Daí, serem necessários estudos sobre o seu cultivo para a conservação da espécie. Dentre os manejos, o uso de plantas como adubos verdes contribui para o uso adequado dos recursos naturais, maximização do espaço com espécies de diferentes hábitos e o uso de materiais orgânicos. Assim, objetivou-se com este trabalho, avaliar o crescimento e produção das plantas de guavira cultivadas com adubos verdes e a influência nos atributos químicos e microbiológicos do solo. Foi estudada a planta de guavira em solo sob cobertura vegetal com três espécies de adubos verdes perenes: Stylosanthes macrocephala (estilosantes), Pueraria phaseoloides (kudzu tropical) e Calopogonium mucunoides (calopogônio) e uma semi-perene Cajanus cajan (feijão guandu), além das testemunhas vegetação espontânea e solo exposto (capinado). Os seis tratamentos foram arranjados no delineamento experimental blocos casualizados, com quatro repetições. Foram realizados dois cortes dos adubos verdes, sendo o primeiro aos 180 dias após o semeio (DAS), e o segundo, da rebrota, aos 390 DAS. O ciclo de cultivo das plantas de guavira foi de 730 dias após o transplantio. As plantas de calopogônio e vegetação espontânea tiveram maiores massas secas no segundo corte. A concentração de N foi maior nas massas do estilosantes, calopogônio, kudzu tropical e do feijão guandu no primeiro corte e na massa do kudzu tropical, no segundo corte. 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As maiores eficiência instantânea do uso da água e a eficiência intrínseca do uso da água nas plantas de guavira foram com estilosantes e maior eficiência instantânea da carboxilação com calopogônio e feijão guandu. A máxima taxa fotossintética das plantas de guavira (15,13 µmol m-2 s -1 ) ocorreu aos 483 DAT; a mínima concentração intercelular de CO2 (144,54 µmol mol1 ), aos 392 DAT; a mínima taxa de transpiração (5,79 mmol m-2 s -1 ), aos 82 DAT e mínima condutância estomática (0,22 mol m-2 s -1 ), aos 55 DAT. A máxima eficiência instantânea da carboxilação (0,03 mol m-2 s -1 ) das plantas de guavira ocorreu aos 155 DAT; o mínimo índice de clorofila a (13,25), aos 430 DAT e mínimo índice de clorofila total (19,25), aos 418 DAT. Quanto à concentração de nutrientes das folhas das plantas da guavira, tiveram maior teor de N quando cultivadas com calopogônio e P, com estilosantes, feijão guandu e vegetação espontânea; maior teor de K com todos adubos verdes, exceto com a vegetação espontânea e o solo exposto. A maior altura das plantas de guavira foi com estilosantes e o diâmetro do caule, com calopogônio e estilosantes. A maior massa fresca das folhas foi com calopogônio e maior massa seca com calopogônio e estilosantes. As maiores massas frescas e secas dos caules foram com estilosantes. A área foliar das plantas de guavira foi maior no cultivo com calopogônio. As plantas de guavira responderam positivamente ao uso do adubo verde calopogônio, com aumento da produção de folhas.For the preservation of medicinal plants from the Cerrado, their proper management in situ or ex situ cultivation is essential. Among the Cerrado species, Campomanesia adamantium (guavira) has been exploited in its habitat to consume its fruits and leaves, whose medicinal properties are anti-inflammatory, andiarreic and antimicrobial, which, added to the burning and deforestation, lead it to the risk of extinction. Therefore, studies on its cultivation are necessary for the conservation of the species. Among the management, the use of plants as green manures contributes to the proper use of natural resources, maximization of space with species of different habits and the use of organic materials. Thus, the aim of this work was to evaluate the growth and production of guavira plants cultivated with green manures and the influence on the chemical and microbiological attributes of the soil. The guavira plant was studied in soil under plant cover with three species of perennial green manures: Stylosanthes macrocephala (Stylozanthes), Pueraria phaseoloides (tropical kudzu) and Calopogonium mucunoides (calopogonium) and a semi-perennial Cajanus cajan (guandu beans), besides the witnesses spontaneous vegetation and exposed soil (grass). The six treatments were arranged in the experimental design of randomized blocks, with four repetitions. Two cuts of green manures were made, the first at 180 days after sowing (DAS), and the second, from regrowth, at 360 DAS. The cultivation cycle of guavira plants was 730 days after transplanting. The calopogonium plants and spontaneous vegetation had bigger dry masses in the second cut. The concentration of N was higher in the masses of the stylozanthes, calopogonium, tropical kudzu and guandu beans in the first cut and in the mass of tropical kudzu in the second cut. The calopogonium plants had higher P content in the second cut. The green manures, except for the guandu beans, had higher K content in the first cut and the higher Ca content was in the mass of the stylozanthes in both cuts. Calopogonium and spontaneous vegetation had higher Mg content. The mass of the calopogonium plants had fast decomposition and shorter half-life in both cuts. The soil with calopogonium and tropical kudzu had higher P content after the second cut. The highest K content in the soil was with tropical kudzu in the first cut and with guandu beans and spontaneous vegetation in the second cut. After the second cut there was a greater action of microorganisms in the biochemical process of decomposition of organic waste, with the increase of C-BMS and qMIC and the reduction of C-CO2 and qCO2. Guavira plants had higher perspiration rate when grown with guandu beans and higher stomach conductivity and photosynthetic rate with green manures, except with spontaneous vegetation. The highest instantaneous efficiency of water use and the intrinsic efficiency of water use in guavira plants were with stylozanthes and higher instantaneous efficiency of carboxylation with calopogonium and guandu beans. The maximum photosynthetic rate of guavira plants (15.13 µmol m-2 s -1 ) occurred at 483 DAT; the minimum intercellular concentration of CO2 (144.54 µmol mol-1 ), at 392 DAT; the minimum perspiration rate (5.79 mmol m-2 s -1 ), at 82 DAT; and minimum stomach conductance (0.22 mol m-2 s -1 ), at 55 DAT. The maximum instantaneous carboxylation efficiency (0.03 mol m-2 s-1) of guavira plants occurred at 155 DAT; the minimum chlorophyll index at (13.25), 430 DAT and minimum total chlorophyll index at (19.25), 418 DAT. As for the concentration of nutrients in the leaves of guavira plants, they had a higher N content when cultivated with calopogonium and P, with stylozanthes, guandu beans and spontaneous vegetation; higher K content with all green manures, except with spontaneous vegetation and exposed soil. The highest height of guavira plants occurred with stylozanthes and the diameter of the stem, with calopogonium and stylozanthes. The largest fresh mass of the leaves occurred with calopogonium, and the largest dry mass occurred with calopogonium and stylozanthes. The largest fresh and dry mass of the stems occurred with stylozanthes. The foliar area of guavira plants was larger in cultivation with calopogonium. Guavira plants responded positively to the use of green calopogonium manure, with increased leaf production.Submitted by Marcos Pimentel (marcospimentel@ufgd.edu.br) on 2022-08-04T18:20:35Z No. of bitstreams: 1 JaquelineSilvaNascimento.pdf: 2045319 bytes, checksum: ca583daf9bd5a1221e88061310f10fe8 (MD5)Made available in DSpace on 2022-08-04T18:20:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JaquelineSilvaNascimento.pdf: 2045319 bytes, checksum: ca583daf9bd5a1221e88061310f10fe8 (MD5) Previous issue date: 2020-05-27porUniversidade Federal da Grande DouradosPrograma de pós-graduação em AgronomiaUFGDBrasilFaculdade de Ciências AgráriasCNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA::FITOTECNIAFisiologia vegetalQualidade do soloPlant physiologySoil qualityAdubos verdes influenciam o cultivo de Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg, espécie nativa do cerradoGreen manures influence the crop of Campomanesia adamantium (Cambess.) O. 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Para preservação de plantas medicinais do Cerrado, é essencial seu manejo adequado in situ ou no cultivo ex situ. Dentre as espécies do Cerrado, a Campomanesia adamantium (guavira) tem sido explorada em seu habitat, para consumo dos seus frutos e das folhas, cujas propriedades medicinais são antinflamatórias, andiarreicas e antimicrobianas, o que, somado às queimadas e o desmatamento, levam-na ao risco de extinção. Daí, serem necessários estudos sobre o seu cultivo para a conservação da espécie. Dentre os manejos, o uso de plantas como adubos verdes contribui para o uso adequado dos recursos naturais, maximização do espaço com espécies de diferentes hábitos e o uso de materiais orgânicos. Assim, objetivou-se com este trabalho, avaliar o crescimento e produção das plantas de guavira cultivadas com adubos verdes e a influência nos atributos químicos e microbiológicos do solo. Foi estudada a planta de guavira em solo sob cobertura vegetal com três espécies de adubos verdes perenes: Stylosanthes macrocephala (estilosantes), Pueraria phaseoloides (kudzu tropical) e Calopogonium mucunoides (calopogônio) e uma semi-perene Cajanus cajan (feijão guandu), além das testemunhas vegetação espontânea e solo exposto (capinado). Os seis tratamentos foram arranjados no delineamento experimental blocos casualizados, com quatro repetições. Foram realizados dois cortes dos adubos verdes, sendo o primeiro aos 180 dias após o semeio (DAS), e o segundo, da rebrota, aos 390 DAS. O ciclo de cultivo das plantas de guavira foi de 730 dias após o transplantio. As plantas de calopogônio e vegetação espontânea tiveram maiores massas secas no segundo corte. A concentração de N foi maior nas massas do estilosantes, calopogônio, kudzu tropical e do feijão guandu no primeiro corte e na massa do kudzu tropical, no segundo corte. As plantas de calopogônio teve maior teor de P, no segundo corte. Os adubos verdes, exceto do feijão guandu tiveram maior teor de K no primeiro corte e o maior teor de Ca foi na massa do estilosantes nos dois cortes. O calopogônio e a vegetação espontânea tiveram maior teor de Mg. A massa das plantas de calopogônio teve rápida decomposição e menor tempo de meia vida nos dois cortes. O solo com calopogônio e kudzu tropical teve maior teor de P após o segundo corte. O maior teor de K no solo foi com kudzu tropical no primeiro corte e com feijão guandu e vegetação espontânea, no segundo corte. Após o segundo corte houve maior atuação dos microrganismos no processo bioquímico de decomposição dos resíduos orgânicos, com o aumento do C-BMS e do qMIC e a redução da C-CO2 e do qCO2. As plantas de guavira tiveram maior taxa de transpiração quando cultivadas com feijão guandu e maior condutância estomática e taxa fotossintética com os adubos verdes, exceto com a vegetação espontânea. As maiores eficiência instantânea do uso da água e a eficiência intrínseca do uso da água nas plantas de guavira foram com estilosantes e maior eficiência instantânea da carboxilação com calopogônio e feijão guandu. A máxima taxa fotossintética das plantas de guavira (15,13 µmol m-2 s -1 ) ocorreu aos 483 DAT; a mínima concentração intercelular de CO2 (144,54 µmol mol1 ), aos 392 DAT; a mínima taxa de transpiração (5,79 mmol m-2 s -1 ), aos 82 DAT e mínima condutância estomática (0,22 mol m-2 s -1 ), aos 55 DAT. A máxima eficiência instantânea da carboxilação (0,03 mol m-2 s -1 ) das plantas de guavira ocorreu aos 155 DAT; o mínimo índice de clorofila a (13,25), aos 430 DAT e mínimo índice de clorofila total (19,25), aos 418 DAT. Quanto à concentração de nutrientes das folhas das plantas da guavira, tiveram maior teor de N quando cultivadas com calopogônio e P, com estilosantes, feijão guandu e vegetação espontânea; maior teor de K com todos adubos verdes, exceto com a vegetação espontânea e o solo exposto. A maior altura das plantas de guavira foi com estilosantes e o diâmetro do caule, com calopogônio e estilosantes. A maior massa fresca das folhas foi com calopogônio e maior massa seca com calopogônio e estilosantes. As maiores massas frescas e secas dos caules foram com estilosantes. A área foliar das plantas de guavira foi maior no cultivo com calopogônio. As plantas de guavira responderam positivamente ao uso do adubo verde calopogônio, com aumento da produção de folhas. |
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2020 |
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NASCIMENTO, Jaqueline Silva. Adubos verdes influenciam o cultivo de Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg, espécie nativa do cerrado. 2020. 70 f. Tese (Doutorado em Agronomia) – Faculdades de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 2020. |
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