Dinâmica populacional diurna e seletividade de inseticidas para Geocoris spp. (Hemiptera: Geocoridae), Zelus spp. (Hemiptera: Reduviidae) e Solenopsis spp. (Hymenoptera: Formicidae) na cultura da soja

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leal, Mateus Fuchs
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4996
Resumo: O predatismo é um fator determinante para o controle das populações de pragas. Portanto, entender o comportamento dos predadores a campo é fundamental dentro de uma estratégia conservacionista de Controle Biológico. Os inseticidas são defensivos fitossanitários que desempenham um importante papel na proteção de plantas do ataque de pragas. De outro lado, problemas podem advir do uso de inseticidas não seletivos aos inimigos naturais, como a ressurgência de pragas primárias, aumento de pragas secundárias e contribuição ao problema da resistência de pragas. Todavia, mesmo que a inocuidade de um produto possa ser definida em laboratório, é em condições de campo que a toxicidade pode ser confirmada, onde as espécies de inimigos naturais encontram as condições naturais de abrigo, proteção, alternativas de escape, alimentação e sobrevivência. No primeiro capítulo, o experimento objetivou analisar o comportamento de três predadores de pragas da soja (Geocoris sp., Zelus sp. e Solenopsis sp.) quanto à abundância, dominância relativa e distribuição temporal diurna. No segundo capítulo, os dois experimentos tiveram como objetivos, aplicar e validar a metodologia experimental de ensaios de seletividade proposta pela Comissão Brasileira de Pesquisa de Soja e avaliar e classificar os inseticidas mais utilizados regionalmente quanto a seletividade aos artrópodes predadores na cultura da soja. Os experimentos dos dois capítulos foram conduzidos na Fazenda Experimental de Ciências Agrárias (FAECA/UFGD). O delineamento experimental do estudo de dinâmica populacional temporal das três espécies mencionadas anteriormente foi o de blocos ao acaso com 5 tratamentos e 4 blocos (4 repetições ao longo do tempo). Nos dois experimentos de seletividade de inseticidas, o delineamento foi o de blocos ao acaso com 5 tratamentos e 5 repetições. No estudo de dinâmica populacional temporal (cap. 1) as espécies mais abundantes foram: Zelus sp. (37%); Geocoris sp. (27%) e Solenopsis sp. (27%). Os predadores mais dominantes, de acordo com o Índice de Simpson foram: Geocoris sp., seguidos por Zelus sp. e Solenopsis sp. Não foram constatadas diferenças significativas quanto a distribuição temporal diurna para o forrageamento de Zelus sp. Geocoris sp. tem preferência para o forrageamento a partir das 15h. A taxa de forrageamento de Solenopsis sp. aumenta a partir das 17h. Nos experimentos de seletividade de inseticidas (cap. 2), os táxons de artrópodes-predadores mais abundantes no primeiro experimento foram: Solenopsis sp. (47%), Geocoris sp. (16%) e Zelus sp. (9%). No segundo experimento, os artrópodes-predadores mais abundantes foram: Zelus sp. (79%), Geocoris sp. (6%) e Solenopsis sp. (4%). Proclaim® 50 WG e Premio® 200 SC foram os inseticidas mais seletivos ao complexo de predadores. Conclui-se que a metodologia é válida para discriminar o impacto dos inseticidas aos inimigos naturais ocorrentes a campo, no curto prazo, o que contribui para a implementação no Manejo Integrado de Pragas.
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Portanto, entender o comportamento dos predadores a campo é fundamental dentro de uma estratégia conservacionista de Controle Biológico. Os inseticidas são defensivos fitossanitários que desempenham um importante papel na proteção de plantas do ataque de pragas. De outro lado, problemas podem advir do uso de inseticidas não seletivos aos inimigos naturais, como a ressurgência de pragas primárias, aumento de pragas secundárias e contribuição ao problema da resistência de pragas. Todavia, mesmo que a inocuidade de um produto possa ser definida em laboratório, é em condições de campo que a toxicidade pode ser confirmada, onde as espécies de inimigos naturais encontram as condições naturais de abrigo, proteção, alternativas de escape, alimentação e sobrevivência. No primeiro capítulo, o experimento objetivou analisar o comportamento de três predadores de pragas da soja (Geocoris sp., Zelus sp. e Solenopsis sp.) quanto à abundância, dominância relativa e distribuição temporal diurna. No segundo capítulo, os dois experimentos tiveram como objetivos, aplicar e validar a metodologia experimental de ensaios de seletividade proposta pela Comissão Brasileira de Pesquisa de Soja e avaliar e classificar os inseticidas mais utilizados regionalmente quanto a seletividade aos artrópodes predadores na cultura da soja. Os experimentos dos dois capítulos foram conduzidos na Fazenda Experimental de Ciências Agrárias (FAECA/UFGD). O delineamento experimental do estudo de dinâmica populacional temporal das três espécies mencionadas anteriormente foi o de blocos ao acaso com 5 tratamentos e 4 blocos (4 repetições ao longo do tempo). Nos dois experimentos de seletividade de inseticidas, o delineamento foi o de blocos ao acaso com 5 tratamentos e 5 repetições. No estudo de dinâmica populacional temporal (cap. 1) as espécies mais abundantes foram: Zelus sp. (37%); Geocoris sp. (27%) e Solenopsis sp. (27%). Os predadores mais dominantes, de acordo com o Índice de Simpson foram: Geocoris sp., seguidos por Zelus sp. e Solenopsis sp. Não foram constatadas diferenças significativas quanto a distribuição temporal diurna para o forrageamento de Zelus sp. Geocoris sp. tem preferência para o forrageamento a partir das 15h. A taxa de forrageamento de Solenopsis sp. aumenta a partir das 17h. Nos experimentos de seletividade de inseticidas (cap. 2), os táxons de artrópodes-predadores mais abundantes no primeiro experimento foram: Solenopsis sp. (47%), Geocoris sp. (16%) e Zelus sp. (9%). No segundo experimento, os artrópodes-predadores mais abundantes foram: Zelus sp. (79%), Geocoris sp. (6%) e Solenopsis sp. (4%). Proclaim® 50 WG e Premio® 200 SC foram os inseticidas mais seletivos ao complexo de predadores. Conclui-se que a metodologia é válida para discriminar o impacto dos inseticidas aos inimigos naturais ocorrentes a campo, no curto prazo, o que contribui para a implementação no Manejo Integrado de Pragas.Predatism is a determining factor for the control of pest populations. Therefore, understanding the behavior of predators in the field is fundamental within a conservation strategy of Biological Control. Insecticides are phytosanitary pesticides that play an important role in protecting plants from attack by pests. On the other hand, problems may arise from the use of non-selective insecticides to natural enemies, such as the resurgence of primary pests, an increase in secondary pests and a contribution to the problem of pest resistance. However, even if the innocuousness of a product can be defined in the laboratory, it is under field conditions that toxicity can be confirmed, where species of natural enemies find natural conditions for shelter, protection, escape alternatives, food and survival. In the first chapter, the experiment aimed to analyze the behavior of three soybean pest predators (Geocoris sp., Zelus sp. And Solenopsis sp.) Regarding abundance, relative dominance and diurnal temporal distribution. In the second chapter, the two experiments aimed to apply and validate the experimental methodology of selectivity tests proposed by the Brazilian Soy Research Commission and to evaluate and classify the most widely used insecticides regionally in terms of selectivity to predatory arthropods in soybean culture. The experiments in the two chapters were conducted at the Experimental Farm of Agricultural Sciences (FAECA / UFGD). The experimental design of the study of temporal population dynamics of the three species mentioned above was that of randomized blocks with 5 treatments and 4 blocks (4 repetitions over time). In the two experiments of selectivity of insecticides, the design was that of randomized blocks with 5 treatments and 5 repetitions. In the study of temporal population dynamics (ch. 1) the most abundant species were: Zelus sp. (37%); Geocoris sp. (27%) and Solenopsis sp. (27%). The most dominant predators, according to the Simpson Index, were: Geocoris sp., Followed by Zelus sp. and Solenopsis sp. No significant differences were found regarding the diurnal temporal distribution for the foraging of Zelus sp. Geocoris sp. has preference for foraging after 3pm. The foraging rate of Solenopsis sp. increases from 17h. In the insecticide selectivity experiments (chap. 2), the most abundant arthropod-predator taxa in the first experiment were: Solenopsis sp. (47%), Geocoris sp. (16%) and Zelus sp. (9%). In the second experiment, the most abundant arthropod predators were: Zelus sp. (79%), Geocoris sp. (6%) and Solenopsis sp. (4%). Proclaim® 50 WG and Premio® 200 SC were the most selective insecticides to the predator complex. It is concluded that the methodology is valid to discriminate the impact of insecticides to natural enemies occurring in the field, in the short term, which contributes to the implementation in Integrated Pest Management.Submitted by Marcos Pimentel (marcospimentel@ufgd.edu.br) on 2022-06-10T21:12:38Z No. of bitstreams: 1 MateusFuchsLeal.pdf: 1249173 bytes, checksum: 5f602b3db219d4c815a35fb80397fa7d (MD5)Made available in DSpace on 2022-06-10T21:12:38Z (GMT). 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