Psicologia em movimento com os/as Kaiowá e Guarani: diálogos fronteiriços e desobedientes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Faria, Lucas Luis de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4658
Resumo: Este estudo está situado no Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) da Universidade Federal da Grande Dourados, no qual, ao habitar terras indígenas, problematizamos os impactos da realidade colonial experienciada pelos Kaiowá e Guarani do Mato Grosso do Sul, a partir das narrativas de movimentos étnicos sociais destes povos, com destaque para Aty Guasu. Para interpelar este cenário utilizamos das produções epistemológicas desobedientes dos Estudos Decoloniais e da Psicologia da Libertação. O primeiro como instrumental crítico à modernidade/colonialidade e seus desdobramentos na América Latina, e o segundo, no apontamento do necessário engajamento da Psicologia com as organizações/perspectivas populares e libertação dos esquemas de pensamento eurocêntricos. Para acessar as narrativas dos Kaiowá e Guarani nos aproximamos dos comunicados publicados pela Aty Guasu na internet, especificamente no blog criado pelo Movimento. Também compõe nosso campo de pesquisa/conhecimento a participação de eventos importantes de autoorganização indígena, tais como as Grandes Assembleias Kaiowá e Guarani, e as caminhadas pelos territórios ancestrais em solidariedade aos povos. As nossas idas aos acampamentos e reservas-aldeias estiveram marcadas pelo engajamento crítico, sensibilidade psicossocial e exercício da escuta descolonizada. Para compreensão dos processos organizativos dos Kaiowá e Guarani sistematizamos o percurso do Movimento Indígena do Brasil e seus enfrentamentos históricos às colonialidades. São os entendimentos e relação entre o Movimento Indígena e a Aty Guasu que nos auxiliam no processo de crítica à colonização, colonialismo e colonialidades. Analisamos as dimensões saúde, violência e resistência ao contexto colonial vivenciado pelos Kaiowá e Guarani, com destaque para as reivindicações e denúncias contidas nos documentos divulgados pela Aty Guasu. Consideramos que as colonialidades são estruturais e estruturantes da intersubjetividade latino-americana, principalmente, na invenção e imposição da inferioridade/desumanização dos povos originários, justificando, assim, a dominação e violência colonial. Nessa conjuntura, as desobediências indígenas, expressas pelos múltiplos modos de organização e práticas, configuram a resistência e (re)existência ancestral em direção a outros mundos possíveis, outras relações, outras psicologias e outras saúdes.
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Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2021.http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4658Este estudo está situado no Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) da Universidade Federal da Grande Dourados, no qual, ao habitar terras indígenas, problematizamos os impactos da realidade colonial experienciada pelos Kaiowá e Guarani do Mato Grosso do Sul, a partir das narrativas de movimentos étnicos sociais destes povos, com destaque para Aty Guasu. Para interpelar este cenário utilizamos das produções epistemológicas desobedientes dos Estudos Decoloniais e da Psicologia da Libertação. O primeiro como instrumental crítico à modernidade/colonialidade e seus desdobramentos na América Latina, e o segundo, no apontamento do necessário engajamento da Psicologia com as organizações/perspectivas populares e libertação dos esquemas de pensamento eurocêntricos. Para acessar as narrativas dos Kaiowá e Guarani nos aproximamos dos comunicados publicados pela Aty Guasu na internet, especificamente no blog criado pelo Movimento. Também compõe nosso campo de pesquisa/conhecimento a participação de eventos importantes de autoorganização indígena, tais como as Grandes Assembleias Kaiowá e Guarani, e as caminhadas pelos territórios ancestrais em solidariedade aos povos. As nossas idas aos acampamentos e reservas-aldeias estiveram marcadas pelo engajamento crítico, sensibilidade psicossocial e exercício da escuta descolonizada. Para compreensão dos processos organizativos dos Kaiowá e Guarani sistematizamos o percurso do Movimento Indígena do Brasil e seus enfrentamentos históricos às colonialidades. São os entendimentos e relação entre o Movimento Indígena e a Aty Guasu que nos auxiliam no processo de crítica à colonização, colonialismo e colonialidades. Analisamos as dimensões saúde, violência e resistência ao contexto colonial vivenciado pelos Kaiowá e Guarani, com destaque para as reivindicações e denúncias contidas nos documentos divulgados pela Aty Guasu. Consideramos que as colonialidades são estruturais e estruturantes da intersubjetividade latino-americana, principalmente, na invenção e imposição da inferioridade/desumanização dos povos originários, justificando, assim, a dominação e violência colonial. Nessa conjuntura, as desobediências indígenas, expressas pelos múltiplos modos de organização e práticas, configuram a resistência e (re)existência ancestral em direção a outros mundos possíveis, outras relações, outras psicologias e outras saúdes.This study is located in the Postgraduate Program in Psychology (PPGPsi) of the Federal University of Grande Dourados and we problematize the impacts of the colonial reality experienced by the Kaiowá and Guarani peoples of Mato Grosso do Sul, based on the narratives of these peoples' ethnic social movements, with emphasis on Aty Guasu. We use the disobedient epistemological productions of Decolonial Studies and Liberation Psychology. The first as a critical tool for modernity / coloniality and its developments in Latin America, and the second in the appointment of the necessary engagement with popular organizations / perspectives and liberation from the Eurocentrics thought schemes. To access the narratives of the Kaiowá and Guarani, we approach the communiqués published by the indigenous organization on the internet, specifically on the blog created by the movement. Also part of our field of research / knowledge is the participation of important events in the communities, the Great Assemblies Kaiowá and Guarani. Our trips to indigenous territories were marked by critical solidarity, psychosocial sensitivity and the exercise of decolonized listening to the demands of indigenous leaders and workers. To understand the organizational processes of the Kaiowá and Guarani, we systematized the course of the Indigenous Movement in Brazil and its historical confrontations with colonialities. It is the understandings and relationship between the Indigenous Movement and Aty Guasu that help us in the process of criticizing colonization, colonialism and colonialities. We analyzed the dimensions of health, violence and resistance to the colonial context experienced by the Kaiowá and Guarani, with an emphasis on the claims and denunciations contained in the documents released by Aty Guasu. We consider that colonialities are structural and structuring of Latin American intersubjectivity, mainly in the invention and imposition of the inferiority / dehumanization of the original peoples, thus justifying colonial domination and violence. In this context, indigenous disobediences, expressed by the multiple modes of organization and practices, configure resistance and ancestral (re) existence, inaugurating other possible worlds, other relationships, other psychologies and other health.Submitted by Marcos Pimentel (marcospimentel@ufgd.edu.br) on 2021-11-25T12:44:23Z No. of bitstreams: 1 LucasLuisdeFaria.pdf: 6437436 bytes, checksum: 797eecd9d9b03b1a44ee5ffebecb926a (MD5)Made available in DSpace on 2021-11-25T12:44:23Z (GMT). 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