As Violências contra as mulheres indígenas
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFGD |
Texto Completo: | http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5460 |
Resumo: | Introdução: O estado do Mato Grosso do Sul concentra a segunda maior população indígena do país, são cerca de 83.241 pessoas das etnias Kaiowá, Guarani, Terena, Kadiwéu, Guató, Ofaié, Kinikinaw, Atikun e estão distribuídos por 29 municípios do estado, com maior concentração na região da Grande Dourados. No Mato Grosso do Sul, a partir do ano de 1915, foram criadas oito reservas indígenas, espaços delimitados pelo Estado para confinar os povos indígenas, o espaço dessas reservas não correspondem exatamente aos territórios tradicionais habitados pelos indígenas, mas uma mera delimitação do Estado sem a escuta da população indígena. Com o passar dos anos vão surgindo uma série de tensões dentro dessas reservas, conflitos étnicos, violência, fome, e o sentimento de não pertencimento aquele espaço pelos indígenas. É daí que surgem as primeiras retomadas indígenas na região, principalmente na região da grande Dourados, indígenas que saem dos limites das reservas na busca dos seus Tekoha (território tradicional) e na tentativa de uma vida melhor longe dos problemas sociais que envolvem o viver em confinamento. Objetivos: Esse trabalho tem como objetivo relatar a experiência do autor no atendimento de saúde em áreas de retomada indígena da região da Grande Dourados em diálogo com a literatura. Metodologia: O estudo foi realizado no método de relato de experiência, trazendo a vivência do autor na Residência Multiprofissional em Saúde com Ênfase em Atenção à Saúde Indígena, dialogando com a literatura da Saúde Coletiva, Antropologia e História Indígena. Resultados e discussão: Esse estudo foi escrito a partir da vivência do autor durante um dos rodízios aos cenários de prática do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde com Ênfase em Atenção à Saúde Indígena do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU/UFGD) que aconteceu durante o mês de novembro de 2021, rodízio do que se trata o presente texto é o denominado de Equipe Volante. Considerações finais: A saúde indígena no Brasil enfrenta uma série de dificuldades na sua efetivação, falta de profissionais, recursos financeiros e materiais, dificuldades de gestão, interferências políticas, uma gama de gargalos que impedem que os povos indígenas acessem uma saúde de qualidade dentro dos seus territórios. Nas áreas de retomada da região da grande Dourados esses desafios assumem proporções gigantes, cabendo ao Estado rever o seu papel diante desses problemas e buscar soluções em conjunto com as famílias indígenas em contexto de retomada, fazendo valer o direito à saúde para essa população. |
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No Mato Grosso do Sul, a partir do ano de 1915, foram criadas oito reservas indígenas, espaços delimitados pelo Estado para confinar os povos indígenas, o espaço dessas reservas não correspondem exatamente aos territórios tradicionais habitados pelos indígenas, mas uma mera delimitação do Estado sem a escuta da população indígena. Com o passar dos anos vão surgindo uma série de tensões dentro dessas reservas, conflitos étnicos, violência, fome, e o sentimento de não pertencimento aquele espaço pelos indígenas. É daí que surgem as primeiras retomadas indígenas na região, principalmente na região da grande Dourados, indígenas que saem dos limites das reservas na busca dos seus Tekoha (território tradicional) e na tentativa de uma vida melhor longe dos problemas sociais que envolvem o viver em confinamento. Objetivos: Esse trabalho tem como objetivo relatar a experiência do autor no atendimento de saúde em áreas de retomada indígena da região da Grande Dourados em diálogo com a literatura. Metodologia: O estudo foi realizado no método de relato de experiência, trazendo a vivência do autor na Residência Multiprofissional em Saúde com Ênfase em Atenção à Saúde Indígena, dialogando com a literatura da Saúde Coletiva, Antropologia e História Indígena. Resultados e discussão: Esse estudo foi escrito a partir da vivência do autor durante um dos rodízios aos cenários de prática do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde com Ênfase em Atenção à Saúde Indígena do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU/UFGD) que aconteceu durante o mês de novembro de 2021, rodízio do que se trata o presente texto é o denominado de Equipe Volante. Considerações finais: A saúde indígena no Brasil enfrenta uma série de dificuldades na sua efetivação, falta de profissionais, recursos financeiros e materiais, dificuldades de gestão, interferências políticas, uma gama de gargalos que impedem que os povos indígenas acessem uma saúde de qualidade dentro dos seus territórios. Nas áreas de retomada da região da grande Dourados esses desafios assumem proporções gigantes, cabendo ao Estado rever o seu papel diante desses problemas e buscar soluções em conjunto com as famílias indígenas em contexto de retomada, fazendo valer o direito à saúde para essa população.The state of Mato Grosso do Sul concentrates the second largest indigenous population in the country, there are about 83,241 people of the Kaiowá, Guarani, Terena, Kadiwéu, Guató, Ofaié, Kinikinaw, Atikun ethnic groups and are distributed across 29 municipalities in the state, with greater concentration in the Grande Dourados region. In Mato Grosso do Sul, from the year 1915, eight indigenous reserves were created, spaces delimited by the State to confine the indigenous peoples, the space of these reserves does not exactly correspond to the traditional territories inhabited by the indigenous people, but a mere delimitation of the State without listening to the indigenous population. Over the years, a series of tensions have arisen within these reserves, ethnic conflicts, violence, hunger, and the feeling of non-belonging to that space by the indigenous people. It is from there that the first indigenous retakes in the region arise, mainly in the Greater Dourados region, indigenous people who leave the limits of the reserves in search of their Tekoha (traditional territory) and in the attempt of a better life away from the social problems that involve living in lockdown. Objectives: This work aims to report the author's experience in health care in areas of indigenous recovery in the Grande Dourados region in dialogue with the literature. Methodology: The study was carried out using the experience report method, bringing the author's experience in the Multiprofessional Residency in Health with Emphasis on Indigenous Health Care, dialoguing with the literature of Collective Health, Anthropology and Indigenous History. Results and discussion: This study was written from the author's experience during one of the rotations to the practice scenarios of the Multiprofessional Residency Program in Health with Emphasis on Indigenous Health Care at the University Hospital of the Federal University of Grande Dourados (HU/UFGD) which took place during the month of November 2021, the rotation of which this text is about is called the Volante Team. Final considerations: Indigenous health in Brazil faces a series of difficulties in its effectiveness, lack of professionals, financial and material resources, management difficulties, political interference, a range of bottlenecks that prevent indigenous peoples from accessing quality health within the their territories. In the recovery areas of the greater Dourados region, these challenges take on gigantic proportions, leaving the State to review its role in the face of these problems and seek solutions together with indigenous families in the context of recovery, asserting the right to health for this population.Introducción: El estado de Mato Grosso do Sul concentra la segunda mayor población indígena del país, hay cerca de 83.241 personas de las etnias Kaiowá, Guaraní, Terena, Kadiwéu, Guató, Ofaié, Kinikinaw, Atikun y están distribuidas en 29 municipios en del estado, con mayor concentración en la región del Grande Dourados. En Mato Grosso do Sul, a partir del año 1915, se crearon ocho resguardos indígenas, espacios delimitados por el Estado para el confinamiento de los pueblos indígenas, el espacio de estos resguardos no corresponde exactamente a los territorios tradicionales habitados por los indígenas, sino a una mera delimitación del Estado sin escuchar a la población indígena. A lo largo de los años han surgido una serie de tensiones dentro de estas reservas, conflictos étnicos, violencia, hambre y el sentimiento de no pertenencia a ese espacio por parte de los indígenas. Es de allí que surgen las primeras retomas indígenas en la región, principalmente en la región del Gran Dourados, indígenas que salen de los límites de las reservas en busca de su Tekoha (territorio tradicional) y en el intento de una vida mejor lejos de la problemas sociales que implican vivir en confinamiento. Objetivos: Este trabajo tiene como objetivo relatar la experiencia del autor en el cuidado de la salud en áreas de recuperación indígena en la región del Grande Dourados en diálogo con la literatura. Metodología: El estudio se realizó utilizando el método de relato de experiencia, trayendo la experiencia de la autora en la Residencia Multiprofesional en Salud con Énfasis en Salud Indígena, dialogando con la literatura de Salud Colectiva, Antropología e Historia Indígena. Resultados y discusión: Este estudio fue escrito a partir de la experiencia del autor durante una de las rotaciones a los escenarios de práctica del Programa de Residencia Multiprofesional en Salud con Énfasis en Atención a la Salud Indígena en el Hospital Universitario de la Universidad Federal del Grande Dourados (HU/UFGD) que tuvo lugar durante el mes de noviembre de 2021, cuya rotación de la que trata este texto se denomina Equipo Volante. Consideraciones finales: La salud indígena en Brasil enfrenta una serie de dificultades en su efectividad, falta de profesionales, recursos financieros y materiales, dificultades de gestión, injerencia política, una serie de cuellos de botella que impiden que los pueblos indígenas accedan a una salud de calidad dentro de sus territorios. En las áreas de recuperación de la región del Gran Dourados, estos desafíos adquieren proporciones gigantescas, y corresponde al Estado revisar su papel frente a estos problemas y buscar soluciones junto con las familias indígenas en el contexto de la recuperación, haciendo valer el derecho a la salud de esta población.Submitted by Marcos Pimentel (marcospimentel@ufgd.edu.br) on 2023-04-25T13:24:52Z No. of bitstreams: 1 GabrieliLourençodosSantos.pdf: 419924 bytes, checksum: a6fa41de9058934abec52fc06f1c8a93 (MD5)Made available in DSpace on 2023-04-25T13:24:52Z (GMT). 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