Representações sócio-discursivas e identitárias no espaço escolar: etnias no con(texto)
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Data de Publicação: | 2011 |
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Resumo: | A cidade de Dourados apresenta uma complexa mistura de pessoas de várias regiões do país e do exterior. Dessa complexa mistura a cidade apresenta uma grande riqueza sócio-cultural, linguística e principalmente étnica. Desse modo, nos propomos a investigar como a linguagem medeia as relações sócio-discursivas sobre o negro no ambiente escolar, sabendo que as relações interétnicas são sempre complexas e nelas e, através delas, se “escondem” as relações de poder. Neste trabalho buscamos analisar as questões de poder e ideologias que estão implicadas no uso da linguagem em relação ao negro,bem como sua relação com a formação da identidade dos alunos negros ou afro-descendentes. No ambiente escolar há forças de embate que buscam determinar posições. O negro é posicionado socialmente através da linguagem que lhe faz referência. Professores e alunos reproduzem, em sala de aula, sua experiência na vida social, nos meios de comunicação ou em casa. Estão construindo sua identidade e determinando de que forma devem ser construída a identidade do outro, Woodward (2007). Desse modo, discussões sobre identidade, diferença, linguagem estereotipada e preconceito racial nortearam este trabalho. Também nós propomos a refletir sobre a possibilidade de uma educação pautada no olhar sobre o outro e na responsabilidade para com o outro. Utilizamo-nos dos conceitos da Análise Crítica do Discurso, cujos princípios são norteados pelas interações sociais e a linguagem e um senso de compromisso social e político com as causas sociais. O racismo ainda se esconde sob diversas formas. No contexto em questão observamos que questões raciais geralmente são atribuídas a problemas de indisciplina ou familiares. Observamos, ainda, que a escola apresenta dificuldade em lidar com tais situações, tendo em vista concepções equivocadas sobre a história do negro no Brasil. Outro ponto importante é a naturalização do racismo através de piadas contadas tanto por alunos quanto por professores de forma que se caracterizam como “brincadeiras” e não ofensas. |
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Desse modo, nos propomos a investigar como a linguagem medeia as relações sócio-discursivas sobre o negro no ambiente escolar, sabendo que as relações interétnicas são sempre complexas e nelas e, através delas, se “escondem” as relações de poder. Neste trabalho buscamos analisar as questões de poder e ideologias que estão implicadas no uso da linguagem em relação ao negro,bem como sua relação com a formação da identidade dos alunos negros ou afro-descendentes. No ambiente escolar há forças de embate que buscam determinar posições. O negro é posicionado socialmente através da linguagem que lhe faz referência. Professores e alunos reproduzem, em sala de aula, sua experiência na vida social, nos meios de comunicação ou em casa. Estão construindo sua identidade e determinando de que forma devem ser construída a identidade do outro, Woodward (2007). Desse modo, discussões sobre identidade, diferença, linguagem estereotipada e preconceito racial nortearam este trabalho. Também nós propomos a refletir sobre a possibilidade de uma educação pautada no olhar sobre o outro e na responsabilidade para com o outro. Utilizamo-nos dos conceitos da Análise Crítica do Discurso, cujos princípios são norteados pelas interações sociais e a linguagem e um senso de compromisso social e político com as causas sociais. O racismo ainda se esconde sob diversas formas. No contexto em questão observamos que questões raciais geralmente são atribuídas a problemas de indisciplina ou familiares. Observamos, ainda, que a escola apresenta dificuldade em lidar com tais situações, tendo em vista concepções equivocadas sobre a história do negro no Brasil. Outro ponto importante é a naturalização do racismo através de piadas contadas tanto por alunos quanto por professores de forma que se caracterizam como “brincadeiras” e não ofensas.The city of Dourados represents a complex mix of people from different regions of the country and the world. This complex blend the city offers a rich socio-cultural, linguistic and ethnic mostly. This way, we intend to investigate how language mediates discursive social relations about the black man in the school environment, knowing that interethnic relations are always complex and in them and through them, to "hide" the relations of power. This study aimed to examine the issues of power and ideologies that are involved in use of language with respect to black man as well as your relationship with the identity formation of black students or african descent. In the school environment there are shock forces that seek to determine the positions. The black man is positioned socially through language that refers to it. Teachers and students usually reproduce that see in the snack bar, on the television or at home. Are building their identity and determining in what way must be constructed the identity of others, Woodward (2007). In this way, discussions about identity, difference, race prejudice and stereotypical language orientated this work. Also we propose to think about the possibility of a ruled education in looking about the other and in the responsibility to each other. We make use concepts of Critical Discourse Analysis, whose principles are guided by the social interactions and language and a sense of social and political commitment to social causes. The racism still hide in many forms. In the context in question we observe that racial issues are generally attributed to problems of indiscipline or family. We also observed that school presents difficulty in dealing with situations of racism, in view of the mistaken conceptions about the black man history in Brazil. Other important point is the naturalization of racism through jokes told by both students and professors so that characterize them as "play" and not insults .Submitted by Repositorio Institucional (repositorio@ufgd.edu.br) on 2018-07-31T17:05:10Z No. of bitstreams: 1 MarinaOliveiraBarbozaBrandao-capitulo4.pdf: 878152 bytes, checksum: 769fbb7c62039b632978f7931f8e202e (MD5)Made available in DSpace on 2018-07-31T17:05:10Z (GMT). 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