Crescimento compensatório de alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) submetidos a restrição alimentar e realimentação

• Autor(a) principal: Marques, Agnes de Souza
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
• Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2771
• topic: Oreochromis niloticus; CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::RECURSOS PESQUEIROS E ENGENHARIA DE PESCA::AQUICULTURA; Crescimento compensatório; Alevinos; Compensatory growth; Fingerlings

Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do crescimento compensatório em alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), submetidos a diferentes períodos de jejum e realimentação. Durante 55 dias, 108 alevinos de tilápia do Nilo foram distribuídos aleatoriamente em 12 aquários de 15 litros cada um, em um sistema de recirculação de água, sob delineamento inteiramente casualizado, com três tratamentos e quatro repetições, sendo: Controle: peixes alimentados até a saciedade aparente durante todo período experimental; jejum 10: peixes alimentados até a saciedade aparente por 15 dias, seguidos de 10 dias de jejum e realimentação até a saciedade aparente por 30 dias; e jejum 15: peixes alimentados até a saciedade aparente por 15 dias, seguidos de 15 dias de jejum e realimentação até a saciedade aparente por 25 dias. Avaliou-se o desempenho zootécnico dos peixes por meio do consumo total de ração (CTR), ganho individual de peso (GP), comprimento total (CT), taxa de crescimento específico (TCE), sobrevivência (S) e fator de condição, além do crescimento muscular. A qualidade de água: pH, oxigênio dissolvido e condutividade elétrica permaneceram dentro das faixas consideradas adequadas ao bom desenvolvimento das espécies. Os peixes do tratamento Jejum 15 apresentaram resultados insatisfatórios de desempenho produtivo (P<0,05). Apesar das estratégias alimentares com ciclos de restrição e realimentação serem usadas para promover respostas compensatórias no desempenho produtivo de peixes, no presente estudo foi observado este efeito apenas para os peixes do tratamento Jejum 10, com pausa na alimentação durante 10 dias e realimentação por 30 dias. A restrição alimentar influenciou diretamente no crescimento das fibras musculares inferiores a 20 µm (P<0,05), sendo que os peixes do tratamento Jejum 15 apresentaram a menor frequência de fibras nesta classe de diâmetro. Conclui-se que a restrição alimentar nesta fase é compensada com ao menos 30 dias de realimentação após o jejum.