Efeitos da inter-relação entre a presença de visitantes florais e a produção na cultura da soja

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Fabíola de
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/246
Resumo: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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No. of bitstreams: 1 FabioladeOliveira.pdf: 684639 bytes, checksum: 3150249c21716e27c1daaa6574396dea (MD5) Previous issue date: 2016-03-24Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)A cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill) é de grande importância no mercado mundial, sendo uma das principais commodities agrícolas do Brasil, o qual ocupa o segundo lugar no ranking mundial de produção. O cultivo da soja tem ocorrência de muitas espécies de artrópodes que, frequentemente, ocasionam a redução na produtividade das lavouras, ou redução da qualidade das sementes e grãos e demandam a aplicação de inseticidas químicos. É preocupante os efeitos nocivos que os produtos inseticidas podem causar na polinização realizada por agentes entomófilos, o que, atualmente, vem sendo considerado essencial para a produção da cultura. Visando reduzir os efeitos danosos sobre insetos polinizadores, vem sendo motivada a restrição legal do uso de inseticidas nessa cultura. A utilização de plantas geneticamente modificadas resistentes às pragas vem sendo bastante adotada pelos agricultores; essas plantas possuem um ou mais genes da bactéria Bacillus thuringiensis (Berliner, 1915) (Bacillales: Bacillaceae) que codificam toxinas letais para determinados grupos de insetos. Existem preocupações sobre os desconhecidos efeitos associados a essa tecnologia em relação aos organismos não alvos, incluindo os visitantes florais. O objetivo desse trabalho foi o de investigar a composição e a diversidade de espécies de insetos visitantes florais e sua dinâmica populacional, avaliando seus benefícios para a produção da cultura de soja nas cultivares Bt e não Bt. Foram realizadas as coletas dos insetos visitantes florais durante todo o período de estádio reprodutivo da cultura. As amostragens foram de forma ativa com rede entomológica durante 15 minutos a cada hora, em total de 12 horas no período diurno, sendo feita uma amostragem a cada três ou quatro dias de intervalo. Também foi avaliado o efeito da presença desses visitantes florais sobre a produtividade da cultura. Para tanto, em cada cultivar no período de florescimento foram aleatoriamente escolhidas 150 plantas que compuseram 50 repetições (três plantas por repetição), nas quais foram colocadas gaiolas em 25 repetições para impedir a presença dos insetos visitantes florais. Foram coletados 549 espécimes de insetos visitantes florais, divididos em 30 famílias e 92 espécies. Desse total, 279 (50,81%) estavam presentes na cultivar Bt e 270 (49,18%) na cultivar não Bt. As espécies mais abundantes foram Apis mellifera (Linnaeus, 1758) (Hymenoptera: Apidae) (35,15%), Musca sp.1(Linnaeus, 1758) (Diptera: Muscidae) (10,01%) e Lagria villosa (Fabricius, 1783) (Coleoptera: Tenebrionidae) (5,28%), sendo a composição das espécies muito parecida entre as duas cultivares, mas, nos testes de Shannon-Wiener e Simpson, apresentou maior diversidade a cultivar não Bt (H=1,30280; D=0,86471) quando comparada com a cultivar Bt (H=1,22871; D=0,84557). Houve diferenças no número de espécIes amostradas nas quatro avaliações realizadas. Na terceira avaliação ocorreu o maior número de espécies, enquanto a segunda avaliação participou com o menor valor de espécies coletadas. Isso, provavelmente, é explicado pela maior oferta de recursos florais para os visitantes ocorrido na terceira avaliação. Os horarios com a maior riqueza de espécies foi entre ás 8h00min e 11h00min, sendo esse período de maior produção de recursos para os visitantes florais. Quando observada a dinâmica populacional de A. mellifera, essa espécie apresentou maior ocorrência nos horários entre as 10h00min e 14h00min. Com relação ao serviço de polinização realizado pelos insetos polinizadores, houve um incremento no peso de grãos da ordem de 84,22% na área aberta com presença livre dos visitantes florais na produção da cultivar Intacta, e 202,52% na cultivar não Bt. Também foi considerável o aumento no número de vagens, pois na cultivar Bt esse aumento foi da ordem de 45,72% na área aberta aos visitantes florais, e da ordem de 101,25% na cultivar não Bt, mostrando o importante papel dos visitantes florais para produção dessa cultura, mesmo a soja sendo uma cultura com elevado índice de autopolinização. Em ambos as cultivares houve maior produção de grãos e vagens nos terços superiores e médios, correspondendo a mais de 80% da produção da planta nessas partes das plantas, essa proporção é devido a maior produção de estruturas reprodutivas nesses locais. Os resultados obtidos nesta pesquisa demonstram uma grande diversidade de insetos visitantes florais na cultura da soja, independente se a cultivar é transgênica com resistência a insetos, ou não. Também fica evidente que a presença desses insetos, quando em elevada abundância, ocasiona um significativo aumento na produção da cultura.porUniversidade Federal da Grande DouradosPrograma de pós-graduação em Entomologia e Conservação da BiodiversidadeUFGDBrasilFaculdade de Ciências Biológicas e AmbientaisCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOLOGIA GERALGlycine maxPolinizaçãoPollinationEfeitos da inter-relação entre a presença de visitantes florais e a produção na cultura da sojainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFGDinstname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDTEXTFabioladeOliveira.pdf.txtFabioladeOliveira.pdf.txtExtracted texttext/plain87821https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/246/3/FabioladeOliveira.pdf.txta2936447b0ae13e5653944e35e15ccbaMD53ORIGINALFabioladeOliveira.pdfFabioladeOliveira.pdfapplication/pdf684639https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/246/1/FabioladeOliveira.pdf3150249c21716e27c1daaa6574396deaMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/246/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52prefix/2462023-09-14 01:08:22.314oai:https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:prefix/246TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:8080/oai/requestopendoar:21162023-09-14T05:08:22Repositório Institucional da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false
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