Incidência e fatores de risco para tuberculose latente e ativa na população privada de liberdade em Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paião, Dayse Sanches Guimarães
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/58
Resumo: O Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo, e a incidência da tuberculose entre essa população excede 2.000 casos por 100.000 habitantes. O estado de Mato Grosso do Sul tem o maior número de encarceramento do país, com 12.306 prisioneiros detidos em 37 instituições penais. Um estudo realizado em 2013 no estado detectou uma baixa prevalência de tuberculose latente (8%) em presos com menos de 1 mês de encarceramento, reflexo da baixa carga de tuberculose na população em geral, a alta prevalência de tuberculose ativa nessas instituições indica uma condição ideal para a transmissão da tuberculose. Apenas dois estudos avaliaram a incidência de infecção latente da tuberculose em prisões dos Estados Unidos e nenhum foi realizado em prisões em países com alta carga da doença. O objetivo deste estudo é determinar a incidência e os fatores de risco para a tuberculose na população carcerária do estado de Mato Grosso do Sul. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, que foi realizado em 12 penitenciárias em regime fechado, 8 masculinas e 4 femininas, nas cidades de Campo Grande, Corumbá, Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas. Este estudo utilizou uma amostra estratificada com base em um estudo transversal realizado em 2013, que realizou questionário, administrou teste tuberculínico e baciloscopia. Após um ano foi repetido questionário, teste tuberculínico e baciloscopia em todos os participantes que estavam com o teste tuberculínico negativo no início do estudo e ainda encarcerados. As variáveis avaliadas foram inseridas no REDCap e analisadas no SAS, a fração de porcentagem atribuída (PAF) foi calculada utilizando a fórmula Levin. Das 1.666 pessoas que permaneceram 1 ano encarceradas, 1.422 permaneceram na mesma prisão; entre 1060 indivíduos com teste tuberculínico negativo anteriormente, 272 converteram o teste tuberculínico (26%, 95% CI 23-29) em um ano. A taxa de conversão na população masculina variou de 14% (IC 95% 7-25) a 42% (IC 95% 33-53) e na feminina variou entre 3% (IC 95% 1-19) e 15% (IC 95% 7-28). A incidência média de tuberculose ativa entre os presos do Mato Grosso do Sul foi de 2,53%. Entre as 5 maiores cidades do Mato Grosso do Sul, Campo Grande e Dourados destacam-se apresentando maior PAF 25,86% e 35,54%, respectivamente. Observou-se uma elevada conversão do teste tuberculínico (26) e incidência da tuberculose (2.500 por 100.000 habitantes) nas prisões. A superlotação nas prisões, combinados com a elevada força de infecção, indicam que as prisões são importantes reservatórios de transmissão da doença para comunidade. Novas intervenções urgentes são necessárias para o controle da tuberculose nas prisões.
id UFGD-2_7c1c23d8e7924ec1464316e13018e504
oai_identifier_str oai:https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:prefix/58
network_acronym_str UFGD-2
network_name_str Repositório Institucional da UFGD
repository_id_str 2116
spelling Croda, Julio Henrique Rosahttp://lattes.cnpq.br/8158006454100275Negrão, Fábio Julianohttp://lattes.cnpq.br/3058224820874544Castro, Ana Rita Coimbra Mottahttp://lattes.cnpq.br/7268417031126615Pompílio, Maurício Antôniohttp://lattes.cnpq.br/1837672233521688Paião, Dayse Sanches Guimarães2018-08-02T18:30:18Z2018-08-02T18:30:18Z2015-09-01PAIÃO, Dayse Sanchez Guimarães. Incidência e fatores de risco para tuberculose latente e ativa na população privada de liberdade em Mato Grosso do Sul. 2015. 56 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)–Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2015.http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/58O Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo, e a incidência da tuberculose entre essa população excede 2.000 casos por 100.000 habitantes. O estado de Mato Grosso do Sul tem o maior número de encarceramento do país, com 12.306 prisioneiros detidos em 37 instituições penais. Um estudo realizado em 2013 no estado detectou uma baixa prevalência de tuberculose latente (8%) em presos com menos de 1 mês de encarceramento, reflexo da baixa carga de tuberculose na população em geral, a alta prevalência de tuberculose ativa nessas instituições indica uma condição ideal para a transmissão da tuberculose. Apenas dois estudos avaliaram a incidência de infecção latente da tuberculose em prisões dos Estados Unidos e nenhum foi realizado em prisões em países com alta carga da doença. O objetivo deste estudo é determinar a incidência e os fatores de risco para a tuberculose na população carcerária do estado de Mato Grosso do Sul. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, que foi realizado em 12 penitenciárias em regime fechado, 8 masculinas e 4 femininas, nas cidades de Campo Grande, Corumbá, Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas. Este estudo utilizou uma amostra estratificada com base em um estudo transversal realizado em 2013, que realizou questionário, administrou teste tuberculínico e baciloscopia. Após um ano foi repetido questionário, teste tuberculínico e baciloscopia em todos os participantes que estavam com o teste tuberculínico negativo no início do estudo e ainda encarcerados. As variáveis avaliadas foram inseridas no REDCap e analisadas no SAS, a fração de porcentagem atribuída (PAF) foi calculada utilizando a fórmula Levin. Das 1.666 pessoas que permaneceram 1 ano encarceradas, 1.422 permaneceram na mesma prisão; entre 1060 indivíduos com teste tuberculínico negativo anteriormente, 272 converteram o teste tuberculínico (26%, 95% CI 23-29) em um ano. A taxa de conversão na população masculina variou de 14% (IC 95% 7-25) a 42% (IC 95% 33-53) e na feminina variou entre 3% (IC 95% 1-19) e 15% (IC 95% 7-28). A incidência média de tuberculose ativa entre os presos do Mato Grosso do Sul foi de 2,53%. Entre as 5 maiores cidades do Mato Grosso do Sul, Campo Grande e Dourados destacam-se apresentando maior PAF 25,86% e 35,54%, respectivamente. Observou-se uma elevada conversão do teste tuberculínico (26) e incidência da tuberculose (2.500 por 100.000 habitantes) nas prisões. A superlotação nas prisões, combinados com a elevada força de infecção, indicam que as prisões são importantes reservatórios de transmissão da doença para comunidade. Novas intervenções urgentes são necessárias para o controle da tuberculose nas prisões.Brazil has the world’s fourth largest prison population with rates of tuberculosis consistently exceeding 2,000 cases per 100,000 inmates. The Central-Western state of Mato Grosso do Sul has the highest rate of incarceration in Brazil, with approximately 12,306 inmates in 37 penal institutions. A 2013 study conducted in this setting found a low prevalence (8%) of latent tuberculosis infection among inmates who had been imprisoned for less than 1 month. The high prevalence of active tuberculosis, points to how penal institutions may be providing the ideal environment for persistent tuberculosis transmission. Epidemiologic studies are severely lacking. Only two studies have evaluated the incidence of latent tuberculosis infection in prisons in the United State, and no studies in countries with high disease burden. The aim of this study was to estimate the cumulative incidence and risk factors for tuberculosis in the inmate population of the state of Mato Grosso do Sul. The cohort was held in 12 prisons, 8 male and 4 female, in the cities of Campo Grande, Corumbá, Dourados, Ponta Pora, and Três Lagoas. This study used a stratified sample based on a cross-sectional study conducted in 2013, being held questionnaire and administered the tuberculosis skin test and smear microscopy in the baseline. After a year in return and repeat questionnaire, tuberculosis skin test and smear microscopy was all participants who were negative tuberculosis skin test at baseline and still incarcerated. The variables were entered in REDCap and analyzed in SAS. The Population Attributable Fraction Percent was calculated using the Levin formula. Of the 1,666 individuals who remained jailed 1 year, 1,422 individuals remained in the same prison; among 1060 previous negative-tuberculosis skin test individuals, 272 convert the tuberculosis skin test (26%, 95% CI 23-29) in one year of follow-up. The conversion rates in male patients ranged from 14% (95% CI 7-25) to 42% (95% CI 33- 53) and female varied from 3% (95% CI 1-19) and 15% (IC 95% 7-28). The average incidence of active tuberculosis among prisoners of Mato Grosso do Sul was 2.53%. Among the five largest cities in Mato Grosso do Sul, Campo Grande and Dourados stand out showing higher Population Attributable Fraction Percent 25.86% and 35.54%, respectively. There was a high force of infection (26%) and incidence (2,500 per 100,000 population) in prisons. The high rate of incarceration combined with extraordinary infection rates, indicate that prisons are important drivers of TB infection at the general population level. Urgent interventions are needed to address the unimpeded spread of tuberculosis in prisons globally.Submitted by Repositorio Institucional (repositorio@ufgd.edu.br) on 2018-08-02T18:30:18Z No. of bitstreams: 1 DeyseSanchezGuimaraesPaiao.pdf: 1620576 bytes, checksum: caed70e98ff96d136c3b00f68072003d (MD5)Made available in DSpace on 2018-08-02T18:30:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DeyseSanchezGuimaraesPaiao.pdf: 1620576 bytes, checksum: caed70e98ff96d136c3b00f68072003d (MD5) Previous issue date: 2015-09-01Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT)porUniversidade Federal da Grande DouradosPrograma de pós-graduação em Ciências da SaúdeUFGDBrasilFaculdade de Ciências da SaúdeCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICATuberculosePopulação carcerária - saúdeEpidemiologiaTuberculosisPrisoners - Health servicesEpidemiologyIncidência e fatores de risco para tuberculose latente e ativa na população privada de liberdade em Mato Grosso do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFGDinstname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDTEXTDeyseSanchezGuimaraesPaiao.pdf.txtDeyseSanchezGuimaraesPaiao.pdf.txtExtracted texttext/plain110564https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/58/3/DeyseSanchezGuimaraesPaiao.pdf.txt4de317a8e0c31c44adcf645afcab8e68MD53ORIGINALDeyseSanchezGuimaraesPaiao.pdfDeyseSanchezGuimaraesPaiao.pdfapplication/pdf1620576https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/58/1/DeyseSanchezGuimaraesPaiao.pdfcaed70e98ff96d136c3b00f68072003dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/58/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52prefix/582023-09-14 01:01:20.602oai:https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:prefix/58TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:8080/oai/requestopendoar:21162023-09-14T05:01:20Repositório Institucional da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Incidência e fatores de risco para tuberculose latente e ativa na população privada de liberdade em Mato Grosso do Sul
title Incidência e fatores de risco para tuberculose latente e ativa na população privada de liberdade em Mato Grosso do Sul
spellingShingle Incidência e fatores de risco para tuberculose latente e ativa na população privada de liberdade em Mato Grosso do Sul
Paião, Dayse Sanches Guimarães
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA
Tuberculose
População carcerária - saúde
Epidemiologia
Tuberculosis
Prisoners - Health services
Epidemiology
title_short Incidência e fatores de risco para tuberculose latente e ativa na população privada de liberdade em Mato Grosso do Sul
title_full Incidência e fatores de risco para tuberculose latente e ativa na população privada de liberdade em Mato Grosso do Sul
title_fullStr Incidência e fatores de risco para tuberculose latente e ativa na população privada de liberdade em Mato Grosso do Sul
title_full_unstemmed Incidência e fatores de risco para tuberculose latente e ativa na população privada de liberdade em Mato Grosso do Sul
title_sort Incidência e fatores de risco para tuberculose latente e ativa na população privada de liberdade em Mato Grosso do Sul
author Paião, Dayse Sanches Guimarães
author_facet Paião, Dayse Sanches Guimarães
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Croda, Julio Henrique Rosa
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8158006454100275
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Negrão, Fábio Juliano
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3058224820874544
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Castro, Ana Rita Coimbra Motta
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7268417031126615
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Pompílio, Maurício Antônio
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1837672233521688
dc.contributor.author.fl_str_mv Paião, Dayse Sanches Guimarães
contributor_str_mv Croda, Julio Henrique Rosa
Negrão, Fábio Juliano
Castro, Ana Rita Coimbra Motta
Pompílio, Maurício Antônio
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA
topic CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA
Tuberculose
População carcerária - saúde
Epidemiologia
Tuberculosis
Prisoners - Health services
Epidemiology
dc.subject.por.fl_str_mv Tuberculose
População carcerária - saúde
Epidemiologia
dc.subject.eng.fl_str_mv Tuberculosis
Prisoners - Health services
Epidemiology
description O Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo, e a incidência da tuberculose entre essa população excede 2.000 casos por 100.000 habitantes. O estado de Mato Grosso do Sul tem o maior número de encarceramento do país, com 12.306 prisioneiros detidos em 37 instituições penais. Um estudo realizado em 2013 no estado detectou uma baixa prevalência de tuberculose latente (8%) em presos com menos de 1 mês de encarceramento, reflexo da baixa carga de tuberculose na população em geral, a alta prevalência de tuberculose ativa nessas instituições indica uma condição ideal para a transmissão da tuberculose. Apenas dois estudos avaliaram a incidência de infecção latente da tuberculose em prisões dos Estados Unidos e nenhum foi realizado em prisões em países com alta carga da doença. O objetivo deste estudo é determinar a incidência e os fatores de risco para a tuberculose na população carcerária do estado de Mato Grosso do Sul. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, que foi realizado em 12 penitenciárias em regime fechado, 8 masculinas e 4 femininas, nas cidades de Campo Grande, Corumbá, Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas. Este estudo utilizou uma amostra estratificada com base em um estudo transversal realizado em 2013, que realizou questionário, administrou teste tuberculínico e baciloscopia. Após um ano foi repetido questionário, teste tuberculínico e baciloscopia em todos os participantes que estavam com o teste tuberculínico negativo no início do estudo e ainda encarcerados. As variáveis avaliadas foram inseridas no REDCap e analisadas no SAS, a fração de porcentagem atribuída (PAF) foi calculada utilizando a fórmula Levin. Das 1.666 pessoas que permaneceram 1 ano encarceradas, 1.422 permaneceram na mesma prisão; entre 1060 indivíduos com teste tuberculínico negativo anteriormente, 272 converteram o teste tuberculínico (26%, 95% CI 23-29) em um ano. A taxa de conversão na população masculina variou de 14% (IC 95% 7-25) a 42% (IC 95% 33-53) e na feminina variou entre 3% (IC 95% 1-19) e 15% (IC 95% 7-28). A incidência média de tuberculose ativa entre os presos do Mato Grosso do Sul foi de 2,53%. Entre as 5 maiores cidades do Mato Grosso do Sul, Campo Grande e Dourados destacam-se apresentando maior PAF 25,86% e 35,54%, respectivamente. Observou-se uma elevada conversão do teste tuberculínico (26) e incidência da tuberculose (2.500 por 100.000 habitantes) nas prisões. A superlotação nas prisões, combinados com a elevada força de infecção, indicam que as prisões são importantes reservatórios de transmissão da doença para comunidade. Novas intervenções urgentes são necessárias para o controle da tuberculose nas prisões.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-09-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-08-02T18:30:18Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-08-02T18:30:18Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv PAIÃO, Dayse Sanchez Guimarães. Incidência e fatores de risco para tuberculose latente e ativa na população privada de liberdade em Mato Grosso do Sul. 2015. 56 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)–Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2015.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/58
identifier_str_mv PAIÃO, Dayse Sanchez Guimarães. Incidência e fatores de risco para tuberculose latente e ativa na população privada de liberdade em Mato Grosso do Sul. 2015. 56 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)–Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2015.
url http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/58
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Grande Dourados
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFGD
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Ciências da Saúde
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Grande Dourados
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFGD
instname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
instacron:UFGD
instname_str Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
instacron_str UFGD
institution UFGD
reponame_str Repositório Institucional da UFGD
collection Repositório Institucional da UFGD
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/58/3/DeyseSanchezGuimaraesPaiao.pdf.txt
https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/58/1/DeyseSanchezGuimaraesPaiao.pdf
https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/58/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 4de317a8e0c31c44adcf645afcab8e68
caed70e98ff96d136c3b00f68072003d
43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798042042343882752