“Eu ando em terra alheia, procurando a minha aldeia”: territorialização dos Atikum em Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ulian, Gabriel
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/114
Resumo: A presente dissertação de mestrado tem como foco de investigação o processo de territorialização dos índios Atikum no município de Nioaque, Mato Grosso do Sul, Brasil. Os Atikum tiveram sua etnogênese e foram reconhecidos pelo Estado Nacional durante a década de 1940, reivindicando o usufruto das terras tradicionalmente ocupadas por eles na Serra de Umã, no município de Carnaubeira da Penha, antigo distrito de Floresta, no sertão de Pernambuco. Em meio a esse contexto, o ritual do toré teve importância central para o reconhecimento do grupo, operando até hoje como principal evidenciador da etnicidade Atikum. Segundo dados do Censo demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo étnico Atikum é composto por 7.499 indivíduos, localizados em sua maioria na Terra Indígena Atikum, a qual foi demarcada e homologada por decreto presidencial na região da Serra do Umã apenas durante os anos de 1990. O grupo abordado neste trabalho deixou essa localidade entre fins da década de 1970 e início da década de 1980, no decorrer de diversos fluxos migratórios. Atualmente se encontram na Terra Indígena Nioaque, terra de usufruto Terena no município sul-mato-grossense de mesmo nome, onde somam pouco mais de 100 pessoas.
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Os Atikum tiveram sua etnogênese e foram reconhecidos pelo Estado Nacional durante a década de 1940, reivindicando o usufruto das terras tradicionalmente ocupadas por eles na Serra de Umã, no município de Carnaubeira da Penha, antigo distrito de Floresta, no sertão de Pernambuco. Em meio a esse contexto, o ritual do toré teve importância central para o reconhecimento do grupo, operando até hoje como principal evidenciador da etnicidade Atikum. Segundo dados do Censo demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo étnico Atikum é composto por 7.499 indivíduos, localizados em sua maioria na Terra Indígena Atikum, a qual foi demarcada e homologada por decreto presidencial na região da Serra do Umã apenas durante os anos de 1990. O grupo abordado neste trabalho deixou essa localidade entre fins da década de 1970 e início da década de 1980, no decorrer de diversos fluxos migratórios. Atualmente se encontram na Terra Indígena Nioaque, terra de usufruto Terena no município sul-mato-grossense de mesmo nome, onde somam pouco mais de 100 pessoas.This master’s thesis has been focused on the territorialization process of the Atikum Indians inhabitants in Nioaque city, state of Mato Grosso do Sul, Brazil. The Atikum Indians had their ethnogenesis and have become officially recognized by the Nation’s government in the 1940s when they started demanding the rights of possession of the lands inhabitated by them in a place called Umã’s Ridge in Carnaubeira da Penha, former county of Floresta, in the far land of Pernambuco state. Among that context, the toré’s ritual was of great value for the recognizing process of the group, and so far, it has been the most important factor for the Atikum‘s ethnicity. According to the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), the Atikums are nowadays no more than 7.499 people, mostly settled in the Atikum Indian Reserve which was recognized by the constitution as being theirs in the Umã’s Ridge only during the 1990s. The group that was being assessed by this thesis left that place at the end of the 1970s and beginning of the 1980s in several migration groups. Nowadays they are living at the Indian Reserve of Nioaque, a Terena’s usufruct reserve in a municipal district of Mato Grosso do Sul state with the same name, where summarize few more than 100 people.La presente disertación de maestría tiene como foco de investigación el proceso de territorialización de los indios Atikum en el municipio de Nioaque, estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Los Atikum tuvieron su etnogénesis y fueron reconocidos por el Estado Nacional durante la década de 1940, reclamando el usufructo de las tierras tradicionalmente ocupadas por ellos en la Sierra del Umã, en el municipio de Carnaubeira da Penha, antiguo distrito del municipio de Floresta, en el interior del Estado de Pernambuco. En medio de este contexto, el ritual del toré tuvo importancia central para el reconocimiento del grupo, operando hasta hoy como el principal revelador de la etnicidad Atikum. Según los datos del Censo de población de 2010, realizado por el Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE), el grupo étnico Atikum es compuesto por 7.499 individuos, localizados en su mayoría en la Reserva Indígena Atikum, que fue demarcada y aprobada por decreto presidencial en la región de la Sierra del Umã sólo durante los años 1990. El grupo abordado por este trabajo dejó esta localidad entre finales de la década de 1970 y inicio de la década de 1980 en diversos flujos de migración. Actualmente se encuentran en la Reserva Indígena Nioaque, tierra de usufructo Terena en el municipio del estado de Mato Grosso do Sul de mismo nombre, donde suman poco más de 100 personas.Submitted by Repositorio Institucional (repositorio@ufgd.edu.br) on 2018-08-21T18:34:42Z No. of bitstreams: 1 GabrielUlian.pdf: 3867942 bytes, checksum: f194a25187f6eba99c9b4df9f2b800eb (MD5)Made available in DSpace on 2018-08-21T18:34:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 GabrielUlian.pdf: 3867942 bytes, checksum: f194a25187f6eba99c9b4df9f2b800eb (MD5) Previous issue date: 2013-05-30Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porUniversidade Federal da Grande DouradosPrograma de pós-graduação em AntropologiaUFGDBrasilFaculdade de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIAPovos indígenas - posse da terraPovos indígenas - AtikumIndigenous peoples - Land tenureIndigenous peoples - Atikum“Eu ando em terra alheia, procurando a minha aldeia”: territorialização dos Atikum em Mato Grosso do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFGDinstname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDTEXTGabrielUlian.pdf.txtGabrielUlian.pdf.txtExtracted texttext/plain262136https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/114/3/GabrielUlian.pdf.txtea8586736b07d5b1a437a19e7e5bdbc1MD53ORIGINALGabrielUlian.pdfGabrielUlian.pdfapplication/pdf3867942https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/114/1/GabrielUlian.pdff194a25187f6eba99c9b4df9f2b800ebMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/114/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52prefix/1142023-09-14 01:03:49.787oai:https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:prefix/114TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:8080/oai/requestopendoar:21162023-09-14T05:03:49Repositório Institucional da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false
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