(Entre) Wendy guerra(s): espera indômita, vida domada, a escrita de si em todos se vão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Ueslei Alves de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4557
Resumo: Este trabalho tem como perspectiva a análise do livro Todos se vão (2011) da autora contemporânea Wendy Guerra. Por meio do gênero textual autoficcional, a autora cria uma atmosfera onde a protagonista de seu livro, Nieve Guerra, narra por meio de dois diários, mantidos ao longo da diegese, os eventos cubanos que afetaram a sua vida pessoal e social. O objetivo desta pesquisa é compreender como a escrita literária feminina na obra Todos se vão aborda a denúncia de sujeitos aos quais sofrem com os deslocamentos, ditaduras e opressões domésticas. Questões como o medo, a subjugação de mulheres ou o não poder escrever, como é apresentado pela protagonista, correspondem ao mesmo tipo de poder e invasão, metafóricos ao período da colonização, responsáveis pela extinção de diversas culturas e saberes nas regiões conhecidas como Caribe e América Latina. Wendy Guerra reorganiza o poder literário de sua narrativa a fim de apresentar a opressão sofrida, correspondendo-a ao seu país de origem, no qual está reestruturado ao mundo contemporâneo que ainda busca maneiras de manter o domínio do corpo do outro. Os levantamentos teóricos necessários para esta pesquisa estão, em grande parte da dissertação, inseridos em outros textos latino-americanos e caribenhos cuja epistemologia também encontra na Colonialidade do Poder (2005) de Aníbal Quijano uma tentativa de desvalorizar a ciência produzida em outros lugares que não sejam os países hegemônicos liberalistas. Estudamos ainda com a perspectiva do totalitarismo (2012) e da violência (2020) por meio dos estudos de Hannah Arendt (2009) e de Xavier Crettiez (2009) e da escrita feminina pela análise de Rita Terezinha Schmidt (2000).
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Por meio do gênero textual autoficcional, a autora cria uma atmosfera onde a protagonista de seu livro, Nieve Guerra, narra por meio de dois diários, mantidos ao longo da diegese, os eventos cubanos que afetaram a sua vida pessoal e social. O objetivo desta pesquisa é compreender como a escrita literária feminina na obra Todos se vão aborda a denúncia de sujeitos aos quais sofrem com os deslocamentos, ditaduras e opressões domésticas. Questões como o medo, a subjugação de mulheres ou o não poder escrever, como é apresentado pela protagonista, correspondem ao mesmo tipo de poder e invasão, metafóricos ao período da colonização, responsáveis pela extinção de diversas culturas e saberes nas regiões conhecidas como Caribe e América Latina. Wendy Guerra reorganiza o poder literário de sua narrativa a fim de apresentar a opressão sofrida, correspondendo-a ao seu país de origem, no qual está reestruturado ao mundo contemporâneo que ainda busca maneiras de manter o domínio do corpo do outro. 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The objective of this research is to understand how female literary writing in the book Todos se vão develops the denunciation of subjects who suffer from displacements, dictatorships and domestic oppressions. Issues such as fear, the subjugation of women or not being authorized to write, as presented by the protagonist, correspond to the same type of power and invasion, metaphorical to the period of colonization, which were responsible for the extinction of diverse cultures and knowledge in the regions that we know it as the Caribbean and Latin America. Wendy Guerra reorganizes the literary power of her narrative in order to present the oppression suffered, corresponding to her country of origin, in which she is restructured to the contemporary world that still seeks ways to maintain the domain of the other's body. The theoretical surveys necessary for this research are, in large part of the dissertation, inserted in other Latin American and Caribbean texts whose epistemology also finds in Aníbal Quijano's Coloniality of Power (2005) an attempt to devalue the science produced in other places that be the hegemonic liberalist countries. We also studied with the perspective of totalitarianism (2012) and violence (2020) through the studies of Hannah Arendt (2009) and Xavier Crettiez (2009) and female writing through the analysis of Rita Terezinha Schmidt (2000).Este trabajo tiene como perspectiva el análisis del libro Todos se vão (2011) de la autora contemporánea Wendy Guerra. A través del género textual autoficticio, la autora crea una atmósfera donde la protagonista de su libro, Nieve Guerra, narra a través de dos diarios, mantenidos a lo largo de la diégesis, los hechos cubanos que afectaron su vida personal y social. El objetivo de esta investigación es comprender cómo la escritura literaria femenina del libro Todos se vão aborda la denuncia de sujetos que sufren desplazamientos, dictaduras y opresiones domésticas. Cuestiones como el miedo, el sometimiento de la mujer o no poder escribir, tal como lo presenta la protagonista, corresponden a un mismo tipo de poder e invasión, metafórica al período de la colonización, que fueron responsables de la extinción de diversas culturas y saberes en las regiones que lo conocemos como el Caribe y América Latina. Wendy Guerra reorganiza el poder literario de su narrativa para presentar la opresión sufrida, correspondiente a su país de origen, en la que se reestructura al mundo contemporáneo que aún busca formas de mantener el dominio del cuerpo del otro. Los levantamientos teóricos necesarios para esta investigación son, en gran parte de la disertación, insertos en otros textos latinoamericanos y caribeños cuya epistemología encuentra también en Colonialidad del poder (2005) de Aníbal Quijano un intento de devaluar la ciencia producida en lugares distintos a los países liberalistas hegemónicos. También estudiamos con la perspectiva del totalitarismo (2012) y la violencia (2020) a través de los estudios de Hannah Arendt (2009) y Xavier Crettiez (2009) y la escritura femenina a través del análisis de Rita Terezinha Schmidt (2000).Submitted by Marcos Pimentel (marcospimentel@ufgd.edu.br) on 2021-07-01T01:48:10Z No. of bitstreams: 1 UesleiAlvesdeOliveira.pdf: 1102811 bytes, checksum: ae03136703890638b6bac6879d40f3f8 (MD5)Made available in DSpace on 2021-07-01T01:48:10Z (GMT). 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