Segurança do extrato aquoso das sementes de Aleurites moluccana (L.) Willd. em ensaios in vitro e in vivo
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Resumo: | As plantas são utilizadas popularmente como alternativa a medicamentos, entretanto, muitas espécies vegetais não possuem sua toxicologia elucidada. A falta desses estudos em conjunto com a capacidade das plantas apresentarem efeitos adversos alertam para essa prática que pode colocar em risco a saúde de seus consumidores. Aleurites moluccana, pertence a família Euphorbiaceae e possui uma semente popularmente conhecida como ―noz da Índia‖ que é utilizada como fonte de emagrecimento, entretanto, não há estudos que comprovem a segurança da sua ingestão. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi avaliar o potencial da toxicidade oral, citotoxicidade, mutagenicidade e genotoxicidade em ensaios in vitro e in vivo do extrato aquoso das sementes de Aleurites moluccana (EASAM). No teste de toxicidade oral aguda uma dose de 2000 mg/kg de EASAM foi administrado oralmente uma única vez a ratas Wistar e foram observadas durante 14 dias. Para a toxicidade oral a curto prazo, cometa e micronúcleo os animais foram tratados durante 28 dias e foram estabelecidos um grupo controle negativo, três grupos teste tratados com as doses de 100; 50 e 25 mg/kg do EASAM e um grupo controle positivo tratado com ciclofosfamida para o ensaio de micronúcleo. Além disso, somente para a toxicidade oral a curto prazo foi adicionado um grupo satélite tratado com a dose de 100 mg/kg e seu controle negativo tratado com solução salina que foram mantidos em observação durante 14 dias após o término do experimento a fim de observar efeitos tóxicos tardios, persistentes ou reversíveis. Para o teste de Ames foram utilizadas as concentrações de 5000; 1500; 500; 150 e 50 μg/placa frente as linhagens TA97a, TA98, TA 100 e TA 1535 com e sem ativação metabólica e as mesmas concentrações foram utilizadas para o ensaio do MTS frente a células tumorais (Hela e SiHa) e não-tumorais (Vero). No teste de toxicidade oral aguda o EASAM apresentou uma DL50 > 2000 mg/kg sendo avaliado como pouco tóxico. No teste de toxicidade oral a curto prazo, os animais que receberam as doses de 100, 50 e 25 mg/kg do EASAM não apresentaram alterações bioquímicas, hematológicas, histopatológicas e sinais clínicos de toxicidade. No teste do cometa e micronúcleo, as doses administradas do EASAM não causou danos ao DNA das células ou aumentou o número de micronúcleo nos eritrócitos dos animais quando comparado ao controle negativo. Além disso, as concentrações avaliadas do EASAM não apresentou potencial mutagênico in vitro pelo teste de Ames, pois o IM < 2. No ensaio de citotoxicidade, a dose de 5000 μg/placa do EASAM na maior concentração reduziu mais de 50% da viabilidade celular de todas as linhagens, e, nas menores concentrações, manteve a viabilidade das linhagens tumorais reduzidas (65 – 95%). De acordo com os resultados deste trabalho, o EASAM nas condições e concentrações avaliadas, não apresenta toxicidade oral aguda ou a curto prazo, potencial mutagênico in vitro e in vivo e genotóxico in vivo, mas demonstra um potencial antiproliferativo. |
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Aleurites moluccana, pertence a família Euphorbiaceae e possui uma semente popularmente conhecida como ―noz da Índia‖ que é utilizada como fonte de emagrecimento, entretanto, não há estudos que comprovem a segurança da sua ingestão. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi avaliar o potencial da toxicidade oral, citotoxicidade, mutagenicidade e genotoxicidade em ensaios in vitro e in vivo do extrato aquoso das sementes de Aleurites moluccana (EASAM). No teste de toxicidade oral aguda uma dose de 2000 mg/kg de EASAM foi administrado oralmente uma única vez a ratas Wistar e foram observadas durante 14 dias. Para a toxicidade oral a curto prazo, cometa e micronúcleo os animais foram tratados durante 28 dias e foram estabelecidos um grupo controle negativo, três grupos teste tratados com as doses de 100; 50 e 25 mg/kg do EASAM e um grupo controle positivo tratado com ciclofosfamida para o ensaio de micronúcleo. 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No teste do cometa e micronúcleo, as doses administradas do EASAM não causou danos ao DNA das células ou aumentou o número de micronúcleo nos eritrócitos dos animais quando comparado ao controle negativo. Além disso, as concentrações avaliadas do EASAM não apresentou potencial mutagênico in vitro pelo teste de Ames, pois o IM < 2. No ensaio de citotoxicidade, a dose de 5000 μg/placa do EASAM na maior concentração reduziu mais de 50% da viabilidade celular de todas as linhagens, e, nas menores concentrações, manteve a viabilidade das linhagens tumorais reduzidas (65 – 95%). De acordo com os resultados deste trabalho, o EASAM nas condições e concentrações avaliadas, não apresenta toxicidade oral aguda ou a curto prazo, potencial mutagênico in vitro e in vivo e genotóxico in vivo, mas demonstra um potencial antiproliferativo.Plants are popularly used as an alternative to medicines, however, many plant species do not have their elucidated toxicology. The lack of these studies together with the ability of plants to have adverse effects warns of this practice that may endanger the health of their consumers. Aleurites moluccana, belongs to the Euphorbiaceae family and has a seed popularly known as "India nut" which is used as a source of weight loss, however, there are no studies proving the safety of its intake. In this sense, the objective of this work was to evaluate the potential of oral toxicity, cytotoxicity, mutagenicity and genotoxicity in vitro and in vivo assays of aqueous extract of Aleurites moluccana (EASAM) seeds. In the acute oral toxicity test the dose of 2000 mg/kg EASAM was orally administered once to Wistar rats and was observed for 14 days. For short term oral toxicity, comet and micronucleus the animals were treated for 28 days and was established a negative control group, three test groups treated with doses of 100; 50 and 25 mg/kg EASAM and a positive control group treated with cyclophosphamide for the micronucleus assay. In addition, only for short-term oral toxicity was added to a satellite group treated with the 100 mg/kg dose and its negative saline-treated control that was kept under observation for 14 days after the end of the experiment to observe late, persistent or reversible toxic effects. For the Ames test the concentrations of 5000 were used; 1500; 500; 150 and 50 μg/plate against TA97a, TA98, TA 100 and TA 1535 strains with and without metabolic activation and the same concentrations were used for the MTS assay against tumor (Hela and SiHa) and non-tumor (Vero) cells. In the acute oral toxicity test, the EASAM presented at LD50 > 2000 mg/kg and was evaluated as little toxic. In the short-term oral toxicity test, animals receiving doses of 100, 50 and 25 mg/kg of EASAM showed no biochemical, hematological, histopathological alterations and clinical signs of toxicity. In the comet and micronucleus test, the administered doses of EASAM did not cause DNA damage to cells or increase the number of micronucleus in the erythrocytes of animals when compared to the negative control. In addition, the concentrations evaluated of EASAM did not show in vitro mutagenic potential by the Ames test, because the IM < 2. In the cytotoxicity assay, the 5000 μg/plate dose of EASAM at the highest concentration reduced the cell viability of all strains by more than 50%, and at the lowest concentrations maintained the viability of the reduced tumor strains (65 - 95%). According to the results of this work, EASAM at the evaluated conditions and concentrations does not present short term oral toxicity, in vitro and in vivo mutagenic potential and in vivo genotoxic, but demonstrates an antiproliferative potential.Submitted by Alison Souza (alisonsouza@ufgd.edu.br) on 2020-01-22T15:50:42Z No. of bitstreams: 1 PamellaFukudadeCastilho.pdf: 3200536 bytes, checksum: 8bcbeb6eace8933cd7dcbe426954f066 (MD5)Made available in DSpace on 2020-01-22T15:50:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PamellaFukudadeCastilho.pdf: 3200536 bytes, checksum: 8bcbeb6eace8933cd7dcbe426954f066 (MD5) Previous issue date: 2019-10-02Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT)porUniversidade Federal da Grande DouradosPrograma de pós-graduação em Ciências da SaúdeUFGDBrasilFaculdade de Ciências da SaúdeAleurites moluccanaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDECitotoxicidadeGenotoxicidadeMutagenicidadeCytotoxicityGenotoxicityMutagenicitySegurança do extrato aquoso das sementes de Aleurites moluccana (L.) Willd. em ensaios in vitro e in vivoSafety of aqueous extract of Aleurites moluccana (L.) Willd seeds in vitro and in vivo assaysinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFGDinstname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDTEXTPamellaFukudadeCastilho.pdf.txtPamellaFukudadeCastilho.pdf.txtExtracted texttext/plain203162https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/2302/3/PamellaFukudadeCastilho.pdf.txt62c675bce130ac8671c5b760aed09ae3MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/2302/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ORIGINALPamellaFukudadeCastilho.pdfPamellaFukudadeCastilho.pdfapplication/pdf3200536https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/2302/1/PamellaFukudadeCastilho.pdf8bcbeb6eace8933cd7dcbe426954f066MD51prefix/23022023-09-15 01:10:11.642oai:https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:prefix/2302TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufgd.edu.br/jspui:8080/oai/requestopendoar:21162023-09-15T05:10:11Repositório Institucional da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false |
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